Os Dons na Igreja
Com efeito, eles terão e reconhecerão os dons que Cristo, o Senhor, dá para o ministério, conforme nos são indicados em Efésios 4:8-13; Romanos 12:6-8 e 1 Coríntios 12:28. Na primeira e na última destas passagens, os dons são as próprias pessoas que, por sua vez, possuem os diversos dons de graça. Os dons de apóstolo e de profeta já não subsistem agora, como é evidente, pelo menos no mesmo sentido que tinham no princípio; mas os de evangelistas, de mestres e de pastores permanecem para a edificação do corpo de Cristo. Não pretendemos dizer que nos diversos sistemas humanos não haja esses dons, pois Deus opera sempre em graça soberana; mas não se encontram no seu devido lugar. Por outro lado, indicamos simplesmente as bênçãos que obterão aqueles que se tiverem separado das organizações humanas. Eles terão tudo aquilo que é de Deus e de Deus provém e, em particular, o ministério dos dons que Cristo dispensa.
Guiados pela Palavra
E, enfim, aqueles que pela graça de Deus tiverem entrado no caminho de separação, terão a Palavra de Deus para os edificar, instruir e guiar nesse mesmo caminho. O Espírito Santo e a Sua ação, o Senhor e os Seus dons, a Palavra de Deus e a sua direção, tudo isso não será plenamente suficiente? Tinham porventura outra coisa os primeiros cristãos? Como crentes, tinham recebido o Espírito Santo "e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" (At 2:38 e 41-42). Tendo nós recebido o mesmo Espírito quando cremos, não poderemos fazer as coisas tal como eles as fizeram? Eles tinham os apóstolos, dirão vocês. E certo, mas nós temos as palavras dos apóstolos, acerca das quais um deles escreve: "O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo 1:3).
A doutrina dos apóstolos nós a temos na Palavra divinamente inspirada. Queríamos nós juntar-lhe algo mais, sob o pretexto de que Deus não nos disse tudo o que era preciso para a nossa edificação espiritual e para nos dirigir, e assim nos deixou a liberdade de nos organizarmos como melhor entendermos? Onde está escrito esse conceito? Onde o disse Deus? Todas as coisas devem ser aprovadas pela Sua Palavra. Ao que ela prescreve devemos obedecer, mas o que ela não autoriza importa deixá-lo. O que ela condena deve ser rejeitado. Pretenderemos nós ser mais sábios do que Deus? Não é a obediência em tudo precisamente o que mais nos convém? Poderemos nós supor que, se tal ou tal coisa estabelecida pelos homens tivesse estado nos desígnios de Deus. Ele não no-la teria dito — Ele que, para Israel, Seu povo na Terra, indicou até o número dos colchetes das cortinas do tabernáculo?
Com que propósito Reúnem-se os Crentes?
Acabamos de ver que aqueles que, por obediência à Palavra de Deus, se separam dos sistemas humanos têm tudo o que lhes é necessário para se congregarem e para o seu comportamento segundo a vontade do Senhor. E que a obrigação de se reunir existe para eles — a exortação contida em Hebreus 10:25 no-lo mostra claramente, assim como os exemplos dados pelos discípulos (At 20:7), e ainda as indicações fornecidas pelas epístolas (1 Co 11:18).
Todavia, quando os que desejarem realizar uma congregação segundo a vontade de Deus se reunirem, qual será o seu objetivo? Evidentemente, o seu primeiro e grande alvo, como também o seu mais precioso privilégio, será render culto a Deus. Porém, o culto não consiste em discursos precedidos e seguidos de orações, segundo liturgias e formulários preparados de antemão, lidos, recitados ou mesmo improvisados, mas sim em sincera adoração em espírito e em verdade (Jo 4:23-24), expressa por louvores e ações de graças, segundo a direção do Espírito e a verdade da Palavra, e provinda de corações cheios da presença de Deus e do gozo das Suas bênçãos. "Nós servimos a Deus no Espírito", diz o apóstolo (Fp 3:3), caracterizando assim os cristãos. E para render este culto a Deus, para Lhe oferecer estes sacrifícios espirituais, que Lhe são agradáveis por Jesus Cristo, todos os cristãos são sacerdotes (1 Pe2:5). Por conseguinte, o exercício dos dons não tem o seu lugar no culto. Aqueles a quem Deus os dá são os membros da assembléia, para se dirigir a Ele. Mas os crentes reunir-se-ão também para serem edificados, ensinados e exortados, e é aí que os dons de graça se exercerão, para o serviço de Deus, tendo em vista a perfeição dos santos (Ef 4:12).
A Ceia do Senhor
Na Ceia do Senhor, estabelecida "até que Ele venha" (1 Co 11:26), os crentes têm o fundamento do culto cristão. Ela recorda os sofrimentos e a morte do Senhor, e fala-nos também da imensidade do amor de Deus, que nos deu Seu Filho unigênito, da abnegação de Jesus Cristo, que se entregou à morte por nós; e fala-nos ainda da nossa perfeita libertação pela Sua morte, e, conseqüentemente, da nossa separação do mundo pecador. A Ceia do Senhor, apresentando ao crente verdades tão sublimes, exercita-lhe os seus afetos, eleva-lhe os pensamentos para Deus, para o que Ele é e fez por nós, produzindo assim, em nosso coração, a adoração, os louvores e as ações de graças. Portanto, ela é, de fato, o centro do culto cristão. Mas é também, e ao mesmo tempo, o centro de comunhão para os crentes. Nelas eles afirmam que, estando em comunhão com Cristo, também estão em comunhão uns com os outros, como membros de um só corpo, de acordo com o que diz o apóstolo: "Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo porque todos participamos do mesmo pão" (1 Co 10:16-17). Encontram-se desse modo sobre o terreno da unidade e que, bem compreendida, faria desaparecer as seitas, as denominações e o sectarismo. A Ceia do Senhor é, portanto, a preciosa ordenança estabelecida pelo próprio Cristo (1 Co 11:28) — e que terão como centro do seu culto todos aqueles que se reunirem em nome de Jesus.
Detenhamo-nos ainda mais um momento sobre este ato tão importante — a Ceia do Senhor. Em primeiro lugar, quanto à sua celebração, não vemos nada na Palavra do Senhor que nos autorize a pensar que havia uma classe de pessoas consagradas e designadas por um sínodo ou qualquer outra autoridade eclesiástica, a quem fosse conferida a função de dar graças pela Ceia e de a distribuir. No entanto, que vemos nós na quase totalidade dos sistemas religiosos? Ponho de lado o passado. Sabemos em que monstruosas aberrações ele caiu relativamente à Ceia do Senhor, que foi convertida em missa — ato de verdadeira idolatria, herdado, aliás, do paganismo greco-romano. Mas, nas diversas frações do protestantismo, o cargo de dar graças e de distribuir a ceia pertence exclusivamente — assim como a administração do batismo — a homens para tal estabelecidos, a ministros consagrados ou pastores ordenados, como popularmente se diz. Tem isto, porventura, base alguma nas Escrituras? Não! A Epístola aos Coríntios mostra-nos que a desordem se introduzira na assembléia com respeito à Ceia do Senhor. Tinha-se olvidado o seu significado e o seu alcance. O apóstolo repreende a um ou a vários ministros que se teriam esquecido de cumprir fielmente o seu cargo? Ou então estabelece uma autoridade qualquer para manter a ordem? Não! E à assembléia que ele se dirige, ele repreende e torna responsável pelo que acontece, não só quanto à Ceia do Senhor, mas também quanto à ordem que em tudo devia ser observada (ver 1 Co 11:17-34; 14:26-40). Portanto, a quem pertence dar graças e distribuir a Ceia do Senhor? Aqueles a quem Deus, pelo Seu Espírito, lhes põe no coração que o façam e que, nesta ocasião, se tornam porta-vozes da assembléia, de sorte que ela dirá "Amém" à sua ação de graças. Ter-se-á talvez cumprido, pelo menos até um certo ponto e só nalgumas congregações, o que acabamos de dizer; e, cedendo à evidência da Palavra do Senhor, ter-se-á permitido a um ancião — dos eleitos pela congregação! — abençoar e distribuir a Ceia. Mas é ainda um membro do presbitério, do clero, para dizer a palavra exata — e onde veremos isso nas Escrituras?
O Primeiro Dia da Semana
Direi também uma palavra acerca do dia em que convém partir o pão. Em muitas "igrejas" toma-se a Ceia do Senhor umas quatro ou cinco vezes por ano, nas grandes festas — como são chamadas, sem nenhuma sanção escriturística para serem estabelecidas. Noutras congregações toma-se uma vez por mês. Mas é também uma convenção humana, visto que uma simples leitura da Palavra do Senhor nos mostra que o partir do pão se fazia no primeiro dia da semana — o dia da ressurreição do nosso bendito Salvador. Vemos de igual modo que o partir do pão era o fim principal da reunião dos discípulos (At 20:7).
Por conseguinte, aqueles que desejam entrar no caminho de separação a que as Escrituras chamam os crentes terão também para eles o que lhes recorda o estreito laço que os une a Cristo presente no meio deles; terão o memorial de Seus sofrimentos e de Sua morte.
A Responsabilidade da Igreja
Mas à Mesa do Senhor prende-se ainda outra coisa que envolve a responsabilidade da assembléia: É a disciplina. E evidente que os verdadeiros crentes têm o seu lugar à Mesa do Senhor, porque somente eles são resgatados pelo Seu sangue e membros do Seu corpo. Suponhamos então a Mesa do Senhor posta no meio daqueles que são separados dos vasos de desonra. Por triste e humilhante que seja, forçoso será reconhecer que um cristão pode, por falta de vigilância, cair em pecado. Nesse caso, que deve fazer a assembléia? Purificar-se de um mal que a mancharia por completo se, uma vez reconhecido, ela o tolerasse. Encontramos a esse respeito um claro e precioso ensinamento em 1 Coríntios 5. Esse capítulo termina com as seguintes palavras: "Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo". Excluído da assembléia, é-o também, e necessariamente, da Ceia do Senhor, que é a expressão da comunhão de uns com os outros. Nesse capítulo de Coríntios trata-se de uma questão de mal moral; mas que se poderá dizer do mal doutrinai, do erro que ataca a Cristo e à Sua Palavra? As Escrituras não são menos claras a esse respeito, pois dizem-nos que é preciso rejeitar o homem herético ou sectário, após uma primeira e uma segunda admoestação (Tt 3:10-11), e que não se deve receber em casa, nem mesmo saudar aquele que não traz a doutrina de Cristo (2 Jo 10).
A Disciplina na Igreja
Ora, a respeito de disciplina, que vemos nós na maior parte das denominações cristãs? Cada qual toma a ceia sob a sua própria responsabilidade, e a mesa do Senhor, ou aquilo que assim é chamado, está aberta a incrédulos e a homens que professam erros anticristãos!
Foi a minha intensão demonstrar, segundo as Escrituras, o que possuem aqueles que desejam andar no caminho da fé e da obediência, separando-se do mal que invadiu a cristandade. Ao mesmo tempo pudemos ver a simplicidade das ordenanças e das direções dadas na Palavra de Deus a fim de manter a ordem que deve ser observada numa congregação formada em nome do Senhor. Acrescente-se que, se todos estes pontos que passamos em revista têm a sua aprovação na Palavra de Deus, todos os cristãos verdadeiramente desejosos de obedecer ao Senhor têm o lugar com aqueles que se encontram sobre este terreno. Ele é suficientemente amplo para conter a todos. Por outro lado, nenhum cristão tem o direito de insistir para fazer aceitar o que não está claramente estabelecido nas Escrituras e menos ainda de pô-lo como condição de comunhão. Tal seria o caso, por exemplo, se quisesse impor o batismo dos adultos. Seria ultrapassar os limites que a Palavra do Senhor nos estabelece. E de igual modo seria desobedecer, se deixássemos de lado o que quer que seja que as Escrituras estabelecem. Assim, repito, o terreno é bastante vasto para receber todos aqueles que desejam sinceramente andar em obediência ao Senhor.
A Manifestação da Unidade dos Crentes
Ainda há mais: a unidade, que caracterizava outrora os crentes, de uma maneira visível e palpável, já não existe atualmente. Todavia, o princípio dessa unidade reencontrará a sua manifestação prática pela obediência à Palavra de Deus. Suponhamos que, de fato, em diferentes lugares se formaram congregações de crentes reunidos sob os mesmos princípios, aceitando tudo o que a Palavra de Deus prescreve — e nada mais. Essas diferentes congregações não estarão em comunhão umas com as outras, seja qual for a distância que as separa e qual for o país onde se encontrem? Evidentemente que sim! E como estarão reunidas em torno de um mesmo centro — Jesus —, e como têm o mesmo Espírito que as une a Ele e que as conduz, todos os seus membros em plena comunhão achar-se-ão também a uma só e mesma mesa — a Mesa do Senhor. E também os dons que houver entre eles terão o seu livre exercício em todas essas congregações, onde quer que elas se encontrem. E a disciplina exercida por uma assembléia não poderá deixar de ser acatada por todas as outras. É assim que a unidade será mantida na prática.
O que é uma Seita?
Desejo agora tratar de uma objeção que se poderia fazer. Dir-se-á: "Você afirma que a cristandade está dividida em seitas, e que isso é um grande mal. Mas querendo congregar-se da maneira como você diz, não formaria uma nova seita a juntar a todas as outras já existentes?" De maneira nenhuma, e espero poder demonstrá-lo. Em primeiro lugar, o que é uma seita? Não será um agrupamento de pessoas reunidas pelos mesmos pontos de vista sobre um determinado assunto mais ou menos particular?! Posto isto, que vemos nós na cristandade, senão um grande número de igrejas separadas umas das outras por diferenças de organização, de doutrina ou de disciplina? E são precisamente esses pontos de vista particulares que distinguem cada igreja e formam o traço de união entre os membros que a compõem. Assim, as igrejas presbiterianas são aquelas cujos membros pensam que a melhor forma de governo para uma igreja é aquela em que esse governo é exercido por um corpo de anciãos ou presbíteros. É esse ponto de vista particular que os separa dos outros cristãos. As igrejas independentes ou livres são fundadas sobre o princípio da emancipação do controle do estado quanto ao salário do clero e quanto ao governo da igreja. Pois bem! Mas é isso o que deve constituir o traço de união?! E um ponto de vista particular. E se me disserem: "Fazemo-lo por obediência a Cristo, o Cabeça da Igreja", então responderei: "Nesse caso, obedeçam a Cristo em tudo, e que seja Ele, de fato, o seu centro de união."
Suponhamos agora uma igreja batista. E uma corporação de pessoas reunidas pelo enfoque particular de que o verdadeiro modo de batismo é por imersão, e ministrado a pessoas maduras o suficiente para crerem (Embora seja correto segundo as Escrituras, este aspecto da verdade é colocado em destaque acima de outros igualmente importantes — nota do editor). Poderíamos passar em revista todas as outras denominações do protestanismo e veríamos que o reunir-se em torno de um ponto de vista particular da verdade é comum a todas, e que por isso, como, aliás, muitos o reconhecem, são seitas todas elas. Mas poder-se-á, de igual modo, qualificar de seita os que rejeitam todo ponto de vista particular, para se reunirem somente em nome de Jesus, subordinando-se unicamente ao que a Palavra de Deus ensina claramente?
Como já tive oportunidade de o recordar, é-nos dito e bem explicitamente: "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas" (Ap 18:4). Saiamos, pois, fora do arraial, saiamos para Jesus! E isto que todos os verdadeiros cristãos devem fazer — não formar campos separados, cada um sob a sua bandeja particular.
E verdade que entre muitos cristãos se tem feito sentir a necessidade da união. Tem-se falado muito nisso e fala-se também dos meios de a conseguir. Suponhamos, por um momento, que membros de diversas denominações ou sistemas religiosos se reunissem para examinar a questão. Não é verdade que seria necessário, e desde logo, que cada um pusesse de parte tudo o que caracteriza o seu sistema? E se fossem até o fim, e abandonassem inteiramente todos os pontos de vista que os separam; se conviessem todos em não mais seguir senão aquilo que está de acordo com a Palavra de Deus
— e nada mais além da Palavra de Deus —, não se encontrariam eles, todos eles, precisamente sobre o terreno que temos indicado?
Dir-se-á talvez: "É o que se faz na Aliança Evangélica! Reunimo-nos para orar juntos, e cada um põe de lado os seus pontos de vista particulares para estar lá somente como cristão". Está bem, mas o que se faz logo após esses dias de reunião? Cada qual retorna ao seu sistema e continua como se nada tivesse acontecido. A confusão existente é desse modo posta mais ainda em evidência. Ora, se foi bom despojarem-se durante uns oito dias do seu caráter de seita, por que não se despojam para sempre?! Se todos os crentes se reunissem, pondo inteiramente de lado tudo o que os distingue e separa, os nomes que as diversas denominações tomam perderiam a sua razão de.ser
— tornar-se-iam inúteis! Não haveria mais do que o nome de Cristo, e dir-nos-íamos simplesmente cristãos, irmãos no Senhor, tal como sucedia nos primeiros tempos do cristianismo.
O Lugar está fora do Arraial
Permita-me fazer ainda outra suposição. Se o Senhor Jesus voltasse agora, para pôr as coisas em ordem, segundo as Escrituras, e restabelecer a unidade da Igreja, pensam vocês que Ele ia tomar o Seu lugar nesta ou naquela denominação, com exclusão de todas as outras? Não! Mas como outrora Moisés levantou fora do acampamento a tenda do testemunho ou da congregação (Êx 33:7), também o Senhor, fora de todos os sistemas, chamaria a Si todos aqueles que O amam de coração puro. E eles deixariam as suas diversas organizações para ir ao encontro dEle e se congregar em Seu nome, tendo Ele próprio e o Seu Espírito no meio deles. Ele distribuiria então diversos dons de graça, segundo os Seus divinos planos, e eles teriam também as Escrituras como guia infalível para o que tivessem de fazer. Ora, como o Senhor não está corporalmente no meio de nós, o princípio da Sua presença encontra-se nas Escrituras. Ele disse que, se nos reunirmos em Seu nome — e somente em Seu nome! — Ele estará no meio de nós. Temos, portanto, de atuar de acordo com esta Palavra.
E evidente que se todos os verdadeiros cristãos se congregassem assim em volta de Jesus, reunindo-se em Seu nome, haveria algo como uma nova manifestação prática da Igreja, como um só corpo, não tendo outro nome senão o de Cristo, outro centro e outro chefe senão Cristo; não tendo outra regra de fé além da Sua Palavra, outro ministério além dos dons diretamente dados por Ele para serem exercitados sempre na liberdade e no poder do Espírito Santo.
Porém, meu querido leitor, não devemos esperar que outros, ou que todos sigam este caminho, para nós também o seguirmos e nele perseverarmos até o fim. Cada qual, pessoalmente, tem o dever de obedecer ao Senhor, sejam quais forem as conseqüências terrenas disso resultantes — ainda que tivéssemos de ficar sós nesse Caminho!
Se você reconhece que as coisas que procurei colocar sob o seu olhar são segundo a Palavra do Senhor, e se quer ser fiel, então não pode seguir senão um caminho: o caminho da separação do mundo e obediência ao Senhor, de acordo com as Escrituras.
Fonte: A. Ladrierre - O Caminho de Deus em Tempos Difíceis
Pesquisa: Pr. Charles Maciel Vieira
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