CASAMENTO
União de duas pessoas de sexos diferentes, para viverem de maneira agradável até que a morte os separe. Qualquer união fora deste padrão está fora do ideal divino, pois Deus o instituiu desta maneira “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a [ ]” (Gênesis 1.28).
É verdade que não fomos criados para vivermos sozinhos. “Disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; farlhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. (Gênesis 1.18) Mas o sentimento que aproxima as pessoas de sexo oposto a viverem juntas pelo casamento deve ser o amor.
O casamento (união entre um homem e uma mulher), do ponto de vista teológico, segundo Von Allmen (1972, p. 236), “é um elemento indispensável ao prosseguimento da raça humana”. É o princípio da existência da família, considerada a célula-mater da sociedade. Portanto, entende-se por extensão, que se a família vai bem logo toda a sociedade estará equilibrada em suas relações e afeições.
Leon – Dufour (1972, p.135) comentando sobre o texto bíblico “Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a [...]” (Gênesis 1.28), afirma que a “sexualidade encontra assim o seu sentido em traduzir na carne a unidade dos dois seres que Deus chama a ajudar-se mutuamente no amor recíproco”.
Drescher (2004) entende que o tempo, empenho, cooperação contínua e zelosa do casal, são elementos indispensáveis para ter-se um casamento amadurecido e satisfatório. Devem ser devotados o compartilhar e se interessar, o amar e ouvir, o doar-se e perdoar. Um casamento bem sucedido precisa ser constantemente monitorado, ajustado e fortalecido.
Causas, de conflitos e suas conseqüências no relacionamento conjugal
Falta de diálogo no casamento
Os sistemas atuais giram em torno da comunicação. Rádio, programas televisivos, internet, etc. E a cada dia que passa o mundo se faz pequeno, pois a facilidade na comunicação divulga rapidamente o comportamento dos vários povos, reduzindo as distâncias e aproximando as pessoas. Um episódio ocorrido em qualquer parte do mundo corta o espaço e o tempo em segundos ou instantaneamente, via satélite.
Mas apesar de todo avanço tecnológico na comunicação, as reclamações quanto a comunicação inter-pessoal tem aumentado. Todos estes elementos tecnológicos da comunicação roubam a possibilidade de diálogo pessoal, tão necessário ao
relacionamento familiar. As pessoas vão se tornando estranhas mesmo residindo
sob o mesmo teto, partilhando o mesmo quarto, dormindo na mesma cama.
Há certo consenso entre estudiosos do campo de aconselhamento pastoral de casais, de que grande parte das dificuldades de relacionamento conjugais deve-se ao fato de não saberem comunicar-se de maneira apropriada.
John Gray (1995) fala das diferenças marcantes entre homens e mulheres (física,
emocional e estruturalmente) e ilustra os conflitos que normalmente ocorre entre
eles, sendo um dos motivos, o fato de falarem “línguas diferentes”. Quando elas dizem: “Eu não me sinto ouvida”, não quer dizer que ninguém a escutou, e sim: “Eu me sinto como se você não entendesse tudo o que eu quero dizer ou não se importasse com o que sinto. Você me mostraria que está interessado no que eu tenho a dizer?”
A comunicação é indispensável na vida conjugal. Casais não são “ilhas” para viverem vidas isoladas. A falta de comunicação pode trazes danos irreparáveis ao casamento. Provavelmente se o primeiro casal humano tivesse conversado, sobre as vantagens e desvantagens de comerem do fruto da árvore que o Senhor disse que não deveriam comer certamente a conclusão seria outra. Mas não conversaram, Eva simplesmente comeu, e posteriormente deu para Adão, que acabou comendo também. Trazendo assim sérias conseqüências para o casal e toda a humanidade.
Visão equivocada do casamento
O mundo sofreu grandes transformações de cunho político, religioso e social nas
últimas décadas, e o casamento não foi exceção. É fato que sempre existiu, existe e
continuará ruptura nos casamentos. Mas os nossos dias tem sido marcado por
números alarmantes de separações e divórcios.. Influenciados por uma sociedade
permissiva, que prega e vive a liberdade sexual, influenciada pelos meios de
comunicação, especialmente a televisão que mostra como sendo normal a
infidelidade, a destituição do matrimônio e a possibilidade de uma nova união,
muitos lares estão se desfazendo. Não há um padrão a ser seguido, cada um tem
sua própria maneira de agir.Visão demasiadamente otimista
É a visão romântica demais, onde as mulheres falam de “príncipe encantado” e os
homens em “a mulher de meus sonhos” ou “ a mulher de minha vida”. As histórias
de amor desta linha focalizam quase sempre apenas a fase de conquista e terminam com a duvidosa e eufórica declaração: “e foram felizes para sempre”. A esse respeito é importante citar um parágrafo do artigo “Os casamentos de Charles” e “jogos subterrâneos”, do conhecido psicanalista Contardo Caligaris, publicado na Folha de São Paulo em 14 de abril de 2005.
Romances e filmes de amor, em sua esmagadora maioria, narram as peripécias dos amantes até que consigam se juntar. Depois disso, parece óbvio que eles vivam “felizes para sempre”. Infeliz e frequentemente nos consultórios de psicoterapeutas e psicanalistas, a história dos casais depois do cartão inicial é contada em versões bem menos sorridentes.Está dentro desse contexto à história do índio Peri e da não-índia Ceci, no romance O Guarani, de José de Alencar, escrito em 1857, e também a história dos adolescentes Romeu e Julieta, que se apaixonaram num baile de máscaras em Verona, e no dia seguinte se casaram em segredo, já que suas famílias eram inimigas entre si. O romance dramático de William Shakespeare escrita em 1595 termina em tragédia: primeiro Romeu comete suicídio na suposição de que a amada esteja morta; depois Julieta, em face da morte do amado, também se mata.A desvantagem da visão exageradamente otimista é que os nubentes são muito ingênuos e se casam despreparados. Não admitem dificuldade posterior alguma e não tomam medidas preventivas (CESÁR, 2005, p .22).
Fica evidente nesta visão o despreparo dos nubentes, e a grande possibilidade de
aumentar as estatísticas de separações e divórcios. Isto só vem reforçar a importância do aconselhamento pastoral antes do casamento. Assim como os noivos se preparam para aquisição de móveis, compra ou aluguel de casa, subsistência financeira, etc., devem também se prepararem através de aconselhamentos e cursos que visem o bom relacionamento conjugal.
Visão demasiadamente pessimista
Se por um lado existem aqueles que vêem o casamento apenas numa perspectiva romântica e sem dificuldade alguma. Por outro lado existe também aqueles que vêem a união apenas de maneira negativa. Nessa circunstância a fidelidade e felicidade é praticamente impossível, pois as discussões se intensificam, os pontos fracos freqüentemente são mencionados, as acusações se tornam comuns, o respeito não mais existe, o amor desaparece, e normalmente o casamento fica em cheque. Para os adeptos desta visão, a solução do problema, geralmente vem através da separação, é mais fácil descartar, que gastar tempo concertando. Veja o que diz o jornalista Elben M. Lenz César.
Em vez de frases românticas, colecionam ditados e conceitos chocantes: “o amor é eterno enquanto dura”, “Quando a pobreza bate à porta, o amor voa pela janela”, “O amor faz passar o tempo, e o tempo faz passar o amor”.E por que não citar os absurdos conselhos de ilustres famosos: “Se não fosse bobamente moralista, teria tido mais amantes e menos maridos” (Elizabeth Taylon - Atriz); “hoje o que eu consideraria ideal seria poder ter duas, três, quatro mulheres, amigas, namoradas eventuais, e elas terem dois três, quatro homens” (José Ângelo Gaiasa - Psiquiatra). “Se a gente pensar bem, casamento nunca foi necessário” (Flávio Gikovate - Psicoterapeuta).
Por razões como estas, se casa cada vez menos e cada vez mais tarde. Ao mesmo tempo em também crescem os números de separações (CESÁR, 2005, p.22).
Fonte:
ACONSELHAMENTO PASTORAL PARA CASAIS DA IGREJA
METODISTA CENTRAL EM VITÓRIA DA CONQUISTA BAHIA
RECIFE
Autor:
DILSON SOARES DIAS
Pesquisa: Pastor Charles Maciel Vieira
Muito obrigado pela visita e comentario no meu blog, o conteudo do blog do senhor e de fundamental importancia pra quem quer crescer no conhecimento da palavra de Deus.Eu fiz um pesquisa sobre os maleficios da televisão e postei no meu blog, desejaria muito que o senhor por ser tão abalizado nas escrituras desse uma olhada e deixasse um comentario com a sua posição em relação ao tema.
ResponderExcluirObrigado irmão e amigo Geraldo. Deus te bendiga.
ResponderExcluir