O ministério da Missão Portas Abertas no Brasil completará 35
anos de existência no próximo dia 1º de Maio, e as comemorações em torno da
data já começaram, ressaltando o amplo trabalho desenvolvido nesse período.
Douglas Monaco, ex-secretário geral da Portas Abertas no
Brasil e atual auditor interno da Open Doors International, entidade que
congrega e coordena as demais filias da missão no mundo, publicou no site da
revista Ultimato um artigo sobre os 35 anos de atividade no Brasil.
“Do trabalho solitário de um jovem holandês – conhecido como
Irmão André – que consistia em atravessar fronteiras comunistas com um fusca
azul repleto de Bíblias, nasceu o ministério que hoje é conhecido como Portas
Abertas. No Brasil esse ministério comemora 35 anos! Nossa missão é divulgar a
dura realidade vivida por cristãos, ao redor do mundo, que são perseguidos por
causa de Jesus. Encorajamos os cristãos brasileiros a serem um exemplo para o
mundo no socorro aos cristãos perseguidos de outros países, por meio de oração
e contribuições financeiras”, resume o missionário.
Monaco ressalta as dificuldades enfrentadas em 1978, quando a
irmã Elmira Pasquini se propôs a estruturar uma filial da missão no Brasil. “O
começo foi pequeno, mas o trabalho cresceu bastante. Ao entrar hoje na sede da
Missão em Vila Congonhas, cidade de São Paulo, não dá para imaginar aquele
início. Mesmo sem luxo, tudo é bonito, organizado e aconchegante. Há 36 pessoas
trabalhando no escritório e mais de 200 voluntários cadastrados”, enumera.
A extensão do trabalho da Missão Portas Abertas é relatada
por Douglas Monaco, que frisa a mobilização que a igreja evangélica brasileira
faz em torno do trabalho missionário: “Há cerca de 24 mil parceiros ativos. Por
ano, fazem-se dez viagens de parceiros ao campo, arrecadam-se 11 milhões de
reais e a campanha ‘Domingo da Igreja Perseguida’ mobiliza mais de 5.500
igrejas no Brasil inteiro”, diz.
Segundo Monaco, o resumo do trabalho da Missão Portas Abertas
é a oferta de oportunidade para que cristãos sejam transformados e a igreja
continue crescendo, sem fronteiras: “O compromisso final é com a transformação:
cristãos perseguidos mais capacitados no campo, cristãos livres mais
comprometidos em seus países, um Corpo de Cristo mais unido, mais fortalecido e
mais apto a cumprir a missão que Jesus nos deixou de, sendo um, mostrar ao
mundo que o Pai O enviou, conforme João 17”, pontua o auditor da Open Doors,
que finaliza: “Graças a Deus pela vida dos que militam na Missão hoje, desde
seu dirigente máximo até o mais simples colaborador. Que Deus os capacite e os
inspire a fazer um trabalho que o glorifique e cumpra seus propósitos. Graças a
Deus por todos, sem exceção, a quem ele mesmo concedeu o privilégio de terem
sido participantes dessa história”.
Confira abaixo, a íntegra do artigo “Perseguidos, mas
encorajados”, de Douglas Monaco, no site da Ultimato:
Do trabalho solitário de um jovem holandês – conhecido como
Irmão André – que consistia em atravessar fronteiras comunistas com um fusca
azul repleto de Bíblias, nasceu o ministério que hoje é conhecido como Portas
Abertas. No Brasil esse ministério
comemora 35 anos!
Nossa missão é divulgar a dura realidade vivida por cristãos,
ao redor do mundo, que são perseguidos por causa de Jesus. Encorajamos os cristãos brasileiros a serem
um exemplo para o mundo no socorro aos cristãos perseguidos de outros países,
por meio de oração e contribuições financeiras.
Em nosso 35º aniversário, celebre conosco mais um ano em
defesa da causa dos irmãos perseguidos.
Quando em 1977, irmã Elmira Pasquini levantou uma oferta para
o Irmão André na primeira visita que ele fazia ao Brasil. Ela não tinha ideia
das consequências daquele gesto. Ele disse a ela que o melhor destino para o
dinheiro seria começar o escritório da “Open Doors International” (ODI) no
Brasil.
Ela fez o que ele instruiu e, meses depois, em 1º de maio de
1978, registrava-se a fundação da Missão Portas Abertas, afiliada da ODI, que
durante um bom tempo funcionaria na casa da irmã Elmira. O começo foi pequeno,
mas o trabalho cresceu bastante. Ao entrar hoje na sede da Missão em Vila
Congonhas, cidade de São Paulo, não dá para imaginar aquele início. Mesmo sem
luxo, tudo é bonito, organizado e aconchegante. Há 36 pessoas trabalhando no
escritório e mais de 200 voluntários cadastrados. Há dois auditórios para a
realização de eventos e, ao todo, o prédio alugado tem quatro andares com 550
m2 de área construída.
Há cerca de 24 mil parceiros ativos. Por ano, fazem-se dez
viagens de parceiros ao campo, arrecadam-se 11 milhões de reais e a campanha
“Domingo da Igreja Perseguida” mobiliza mais de 5.500 igrejas no Brasil
inteiro.
A lembrança daquele início em comparação com o presente faz
pensar em duas coisas: transformação e relacionamento.
Transformação
As mudanças políticas, econômicas, sociais e tecnológicas nos
últimos 35 anos, forçaram a ODI e a Missão a se renovarem. O trabalho de campo
da ODI que, no começo, era só distribuição de Bíblias, adicionou treinamento,
desenvolvimento socioeconômico e ações institucionais. A Missão foi se
adaptando e engajando os parceiros brasileiros com essas atividades.
Além do crescimento e das mudanças nos métodos, uma
transformação mais fundamental vem ocorrendo: a consciência que a ODI e
afiliadas vêm ganhando sobre a essência do ministério que realizam.
O compromisso final é com a transformação: cristãos
perseguidos mais capacitados no campo, cristãos livres mais comprometidos em
seus países, um Corpo de Cristo mais unido, mais fortalecido e mais apto a
cumprir a missão que Jesus nos deixou de, sendo um, mostrar ao mundo que o Pai
O enviou, conforme João 17.
Essa é a grande transformação e é com ela que todos nós
estamos comprometidos.
Relacionamento
É fantástico o quanto de ensino há naqueles gestos da irmã
Elmira e do Irmão André. Ela, querendo ajudar, fez o que qualquer de nós faria:
uma doação.
Ele, revelando o tipo de engajamento que o ministério quer,
aceitou a doação, mas pediu algo mais: o relacionamento permanente. Afinal,
como formar mais uma afiliada da ODI sem um relacionamento, no mínimo,
duradouro?
A irmã Elmira ficou profundamente honrada pelo pedido do
Irmão André, fundou a Missão, recebeu-a na própria casa e, até hoje, é uma
voluntária, mesmo aos 85 anos de idade. Ela captou a importância do relacionamento.
E o exemplo dela nos serve de ensino: os irmãos perseguidos
não querem nosso dinheiro, eles querem nossa atenção, nossa oração, nosso amor.
Gratidão
Graças a Deus pela vida dos que militam na Missão hoje, desde
seu dirigente máximo até o mais simples colaborador. Que Deus os capacite e os
inspire a fazer um trabalho que o glorifique e cumpra seus propósitos. Graças a
Deus por todos, sem exceção, a quem ele mesmo concedeu o privilégio de terem
sido participantes dessa história.
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Douglas Monaco, atualmente auditor interno da Open Doors
International, ocupou o cargo de Secretário Geral da Portas Abertas Brasil
entre abril de 1990 e dezembro de 2009.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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