Após o anúncio de Bento XVI de que irá renunciar ao papado no
próximo dia 28 de fevereiro, alguns cristãos pararam para refletir a respeito
das profecias do apocalipse e de um santo católico, chamado São Malaquias, que
lista o próximo líder da Igreja Católica como o úlitmo a exercer o mandato como
Papa.
Os textos de São Malaquias estão expostos no Vaticano, e
tratam da sucessão dos Papas. Em suas previsões, o santo católico atribuiu
pequenas frases como síntese do mandato de diversos papas, listados em sequência
por ele.
Em 1139, ele divulgou uma lista com 112 pontífices que
assumiriam o posto de líder máximo da igreja romana após o término do do
pontificado do então Papa Celestino II, que ocorreu em 1143.
Há grandes similaridades entre as frases atribuídas por São
Malaquias aos três papas mais recentes, e seus mandatos na prática.
Sobre João Paulo I, o 109º Papa da lista, a frase usada pelo
santo para definir o mandato foi “De Medietate Lunae” (Da Meia-lua, em tradução
do latim). A semelhança está no fato de que o nome do Papa João Paulo I era
Albino Luciani, que significa luz branca. Este Papa exerceu o pontificado por
apenas um mês, e faleceu em 1978. Eventos significativos na vida do Papa
ocorreram em noites de meia-lua, segundo informações do O Dia Online.
Já o Papa João Paulo II, que exerceu o pontificado até 2009,
quando faleceu aos 92 anos, ocupou o 110º lugar na lista de São Malaquias, que
definiu o santo padre que ocuparia este posto com a frase “De Laboris Solis”,
que traduzido do latim significa “Do trabalho do sol”, e foi interpretado como
“aquele que vem do leste ou como o papa de um grande e prolongado trabalho”.
Karol Józef Wojtyła, seu nome de batismo, nasceu na Polônia e exerceu o
pontificado por 27 anos, o terceiro mais longo da história da Igreja Católica.
O 111º Papa da lista de São Malaquias, Bento XVI, foi
definido como “Gloria olivae”, que significa “Glória das oliveiras”, um lema
que faz associação à ordem fundada por São Bento, e que usa a oliveira como
símbolo. O texto de São Malaquias indica que o pontificado do 111º Papa seria
comparado ao de Bento XV, o 104º da lista e que ficou marcado como um adepto da
paz, apesar de não ter conseguido evitar a Primeira Guerra Mundial.
A profecia diz ainda que o 111º Papa, Bento XVI, não conseguiria
conter uma terceira grande guerra, que seria travada por nações árabes contra a
região em que atualmente ficam os Estados Unidos da América, e na sequência,
contra a Europa e a África. São Malaquias escreveu ainda que o 111º Papa seria
morto durante essa guerra, em algum momento entre os anos de 2009 e 2010, o que
não ocorreu.
Na lista de São Malaquias, o 112º Papa é o último listado e
definido com um nome, ao invés de uma frase: “Petrus Romanus”, que significa
Pedro, o Romano, nome do primeiro bispo de Roma, o apóstolo Pedro. Segundo a
profecia de São Malaquias, o pontificado deste Papa terminará com o Juízo Final
e o fim da Igreja Católica: “Pedro, o Romano, que vai alimentar as ovelhas
através de muitas tribulações, após as quais a cidade das sete colinas será
destruída e o juiz tremendo julgará o seu povo. Fim”, diz o texto, publicado na
Wikipedia.
A interpretação de que o próximo Papa será o último da Igreja
Católica também é compartilhada pelo estudioso Luiz Carlos Fernandes.
Entretanto, a interpretação de Fernandes para as profecias
registradas na Bíblia compreende que o novo Papa será o anticristo: “Após a
saída de Bento XVI que é o sétimo Rei e Papa, o Vaticano se dividirá em quatro
governantes. Somente após isso virá o oitavo Rei e Papa. Na verdade não será
humano, será um demônio personificando o falecido Papa João Paulo II, que com
certeza foi o mais famoso em todos os tempos. Ele supostamente ressuscitará
voltando da morte para a vida. Ele sim será o oitavo Rei e Papa o verdadeiro
anticristo que a Bíblia revela e levará o mundo a perdição (Apocalipse 17)”,
diz, fazendo referência ao fato de que desde a instituição do Vaticano como
Estado, o novo Papa será o oitavo a ser eleito pelo conclave.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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