Pastor Emilio Conde
Neste post conheceremos mais um HERÓI DA FÉ, o seu nome é
EMÍLIO CONDE. Um homem usado poderosamente para dinfundir a mensagem da Palavra
de Deus através da escrita. Ele é conhecido como Apóstolo da imprensa
evangélica pentecostal no Brasil. Emílio compôs vários hinos da Harpa e deixou
um grande legado para as Assembléias de Deus no Brasil.
Emílio Conde
Pastor (RJ) (in memoriam)
: Liderança
- Deu nome à Casa de Letras …
- Era membro da AD em São Cristovão, Rio de Janeiro (RJ)
: Formação
- Jornalista.
: Autoria
- Livros:
“Asas do Ideal” – CPAD
“História das Assembléias de Deus no Brasil” – CPAD
“O Testemunho dos Séculos”
“Tesouro de Conhecimentos Bíblicos” – CPAD
: Observação
- Considerado um dos maiores expoentes da literatura
pentecostal no Brasil.
Nasceu no dia 8 de outubro de 1901, em São Paulo. Seus pais,
João Batista Conde e Maria Rosa eram de origem italiana. Conseqüentemente, o
primeiro contato de Emílio com o Evangelho foi na Congregação Cristã no Brasil,
fundada por italianos. Ali, o futuro escritor evangélico creu em Jesus Cristo e
se tornou membro da igreja no dia 21 de abril de 1919, sendo em seguida
batizado com o Espírito Santo. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, passou a
freqüentar a Assembléia de Deus na Rua Figueira de Melo, 232, em São Cristóvão,
pastoreada na época pelo missionário Samuel Nyström. Entusiasmado com o calor
espiritual dos que ali se reuniam para cultuar a Deus, Emílio Conde
transferiu-se de sua denominação e tornou-se membro dessa igreja.
Em 1937, o missionário Nils Kastberg encontrou-o trabalhando
como intérprete em um restaurante do Rio de Janeiro. A Casa Publicadora
começava a surgir nesse ano. – “Irmão Conde, necessitamos de alguém para
atender ao expediente da redação de nosso periódico, o ‘Mensageiro da Paz’.
Sabemos que o irmão reúne em si todas as qualificações necessárias para tal
cargo. O irmão aceita ser nosso redator?” Surpreso, antevendo a determinação
divina que se sobressaía naquele convite tão simples, e sentindo-se tocado em
um dos pontos fundamentais de sua vida, a sua vocação, aceitou. Era o amanhecer
do ministério do apóstolo da imprensa evangélica pentecostal no Brasil.
Sua admissão oficial como funcionário da CPAD data de 15 de
março de 1940. Desde o convite do missionário Nils Kastberg até aquela data,
fora apenas colaborador. Daí por diante, por mais de trinta anos Emílio Conde
dedicaria à CPAD seu talento, sua cultura, sua impressionante capacidade de
trabalho, sua mente clara e fecunda. Era um homem humilde, simples. Não
costumava ostentar os conhecimentos que possuía. Entre os amigos, sua palavra
simples e amena, dosada pelo bom humor e pela sinceridade, descontraía a todos
que a ele se achegassem. Para os que se viam angustiados ou confusos,
procurá-lo era encontrar nele um apoio, uma palavra amiga, esclarecida,
experimentada, confortadora.
Seu trabalho na imprensa evangélica não foi uma profissão:
foi um sacerdócio. Trabalhou para levar a semente da Palavra aos corações, e
nisto empregou toda a sua vida. Deu-se a si mesmo, como está em 2 Coríntios
8.5: “…mas a si mesmo se deram, primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela
vontade de Deus.” E era tão grande seu amor por esse trabalho, que chegou a
rejeitar muitas propostas de empregos extra-evangélicos, pois se os aceitasse,
tornar-se-ia inepto para o desempenho da função que exercia. E, agindo assim,
sempre esteve à altura da posição que ocupava, e sempre pronto a cooperar com a
causa das Assembléias de Deus no Brasil.
Graças à sua maneira sóbria e digna de se conduzir, foi,
entre nós, uma espécie de representante mor de nosso movimento em todos os
meios sociais e evangélicos. De 1946 a 1958 representou oficialmente as
Assembléias de Deus no Brasil nas Conferências Mundiais Pentecostais, havendo
estado em Estocolmo, Londres e Toronto. E foi também, durante muitos anos,
nosso representante, não só na Diretoria, mas também nas Comissões da Sociedade
Bíblica do Brasil.
Quando principiou a escrever em função do Evangelho, eram
poucos os que entre nós podiam e se prestavam a tal ofício. Portanto, foi de
sua caneta que fluiu a maioria dos artigos, das notícias e das reportagens
usadas no nosso jornal e nas nossas revistas, e ainda nos livros da CPAD e tudo
mais que ia do Sul ao Norte do Brasil para as nossas igrejas – as mensagens
escritas para edificação dos fiéis. Seu conhecimento e sua visão espiritual
abrangia toda a comunidade evangélica brasileira. Empenhou-se a fundo em obter
dados no Movimento Pentecostal no Brasil e no mundo e, como resultado, escreveu
os livros: O Testemunho dos Séculos e História das Assembléias de Deus no
Brasil (este último, reescrito e ampliado pela CPAD). Escreveu também os
seguintes livros: Asas do Ideal, O Homem, Pentecostes para Todos, Igrejas sem
Brilho, Nos Domínios da Fé, Caminhos do Mundo Antigo, Flores do Meu Jardim,
Tesouros de Conhecimentos Bíblicos, e Estudos da Palavra.
Era, sobretudo, um homem de oração. Foi orando que recebeu de
Deus inspiração para compor 25 hinos de nossa harpa, e outros, sendo dois em
parceria com o missionário Nils Kastberg, e cinco com a missionária Eufrosine
Kastberg. Integrou, durante muitos anos, o Coral da Assembléia de Deus em São
Cristóvão, tendo sido também organista e acordeonista. Gostava muito de cantar,
e todos quantos o ouviam, sentiam vibras as cordas de seu coração, pois ele
estava sempre desejando “as ruas de ouro e cristal da formosa Jerusalém”.
Considerando o imenso e relevante trabalho por ele prestado à
Assembléia de Deus no Brasil, foi lhe oferecido certa vez, por um grupo de
pastores, o acesso ao Ministério do Evangelho, através de ordenação, mas ele
recusou definitivamente.
Em janeiro de 1971, acometido de uma já antiga enfermidade,
oriunda de complicações pós-operatórias, baixou o Hospital Evangélico, na
Tijuca. Uma semana antes a irmã Didi, enfermeira que cuidou dele nos últimos
meses, o encontrara dormindo com a caneta entre os dedos, debruçado totalmente
sobre o trabalho inacabado. Seria sua última página escrita.
Aplicadas todas as forças da alma e do corpo para servir a
Cristo, toda sua vida não lhe fora suficiente; era-lhe necessário passar para a
eternidade e continuar servindo “Aquele que é mais sutil que o ar, mais ligeiro
que o relâmpago, e cujo olhar é mais belo que um alvorecer de primavera, e mais
suave que a claridade das estrelas”.
Ás 13.00 horas do dia 5 de janeiro de 1971, Emílio Conde
dormiu no Senhor. Às 17.00 horas do mesmo dia seu corpo saía do Hospital
Evangélico para ser velado no Templo da Assembléia de Deus em São Cristóvão,
ficando próximo ao púlpito, aquele mesmo púlpito onde pregara tantas vezes e
onde tantas vezes cantara. A rádio Nacional, a Tupi e a Globo noticiaram com
detalhes o seu falecimento.
FONTE: Eles Andaram com Deus, pp 149-160, de Jefferson Magno
Costa, Edição CPAD.
Texto extraido do site http://adbrasil.ning.com
muito bom akleluiac
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