A partir de Los Angeles, e especialmente de Chicago, o
pentecostalismo rapidamente se irradiou para vários outros países. O movimento
entrou cedo na América Latina, primeiro no Chile (1909) e logo em seguida no
Brasil (1910).
No início o crescimento nesses e em outros países foi lento,
mas se intensificou a partir da década de 50. Desde os anos 70, o
pentecostalismo também se expandiu na América Central, especialmente na
Guatemala e El Salvador, onde representa respectivamente 30% e 20% da
população. No Chile, cerca de 80% dos protestantes são pentecostais. Nesse
país, o pentecostalismo marcou a nacionalização do protestantismo.
São muitas as razões da expansão pentecostal na América
Latina: as vicissitudes históricas da obra evangelística e pastoral católica, o
limitado trabalho das denominações protestantes, o misticismo das culturas
ibero-americanas, os graves problemas econômicos, políticos e sociais.
A biografia de alguns homens que notadamente auxiliaram a
formar a autonomia e formação do pentecostalismo, e inserir no campo religioso
norte americano e brasileiro, tais como Charles F. Parkam e William Seymour,
ambos do pentecostalismo norte americano, sendo que tal metodologia pode ser
aplicada a outros pioneiros do pentecostalismo brasileiro como o Italiano Luiz
Franciscon e os suecos Gunnar Wingren e Daniel Berg.
O Pai do reavivamento pentecostal do século XX, foi Charles
Parkan, pois se tornou o primeiro entre os pioneiros do pentecostalismo a fazer
a conexão de experiências com as manifestações do dom de falar em línguas e a
teoria do batismo com o Espírito Santo, experiência esta identificada por eles
como idêntica à que tiveram os apóstolos de Jesus no período da Festa de
Pentecostes descrita em Atos 2.1-13.
O movimento pentecostal que chegou ao Brasil no início dos
idos de 1910, veio dos Estados Unidos e tratava-se da expansão de um campo
religioso em direção a outros que ainda não conheciam a mensagem.
Não tratava-se de uma coisa nova, mas somente a continuidade
aos movimentos de reavivamento espiritual, santidade e fundamentalismo que
daria sustentáculo para o evangelismo, com a à introdução do pentecostalismo no
Brasil, tendo as mesmas origens criadas do movimento pentecostal.
Notadamente a Congregação Cristã do Brasil e Assembleia de
Deus, porém o processo de divisão que foi iniciado nos anos 30 no nordeste onde
nasceu a Igreja de Cristo e dois anos depois, também no nordeste a Igreja
Adventista da Promessa. Nos anos 40 mais um movimento pentecostal autônomo,
este originado de divisões entre metodistas de São Paulo, deu origem à Igreja
do Avivamento Bíblico, tendo seu crescimento com o movimento de pregadores de
curas divinas e milagres, oriundos da Igreja do Evangelho Quadrangular, a
Igreja Pentecostal o Brasil para Cristo e a Igreja Pentecostal Deus é Amor,
entre uma multidão de pequenas novas igrejas e seitas e denominações.
Assim ante ao exposto, após consulta ao Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, os evangélicos representavam 15,4%
da população. Em 2010, com um aumento de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões
para 42,3 milhões), chegaram a 22,2%. Em 1991, este percentual era de 9,0% e em
1980, 6,6%. Do crescimento de 15,4% para 22,2% evangélicos, os pentecostais
foram os que mais cresceram: passaram de 10,4% em 2000 para 13,3% em 2010.[1]
Notadamente os pentecostais fazem parte do maior e mais
antigo movimento no país, sendo grandiosa a contribuição do movimento
pentecostal estadunidense contribuiu com a formação do pentecostalismo
brasileiro.
[1] Dados Estatísticos do IBGE, consulta realizada em
17/12/2012
* Domingos Amauri Massa – Doutorando em Ministério pelo
Seminário Teológico Servo de Cristo, Bacharel em Teologia pela Universidade
Metodista de São Paulo.
por Domingos Massa *
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