Os deputados federais Jean Wyllys, Érica Kokay e Domingos
Dutra entraram com uma ação criminal contra o deputado e pastor Marco
Feliciano, o pastor Silas Malafaia e os assessores do deputado acusando-os de
crimes como difamação, calúnia, falsificação de documentos, formação de
quadrilha, falsidade ideológica e improbidade administrativa.
O pastor Silas Malafaia comentou que vai entrar na
Procuradoria Geral da República com uma ação contra os três deputados por
denunciação caluniosa. O pastor afirma que as acusações feitas contra ele tem
como base mensagens publicadas em um perfil falso no Facebook, com o qual ele
não teria nenhuma relação. Malafaia detalha ainda que na mesma denúncia em que
seu nome está relacionado estão misturados assuntos que não tem nenhuma relação
com ele, e classifica a ação como um jogo “inescrupuloso e bandido” que tenta o
incriminar. “Os ativistas gays e seus defensores não suportam o debate
democrático, querem criminalizar a opinião, e, no Brasil, amparado pela
Constituição, opinião não é crime. A duras penas o Brasil ficou livre do delito
de opinião”, afirma.
- Os que querem tirar o pastor Marco Feliciano da presidência
da CDHM, e os que querem tirar os meus direitos, são os mesmos que defendem o
aborto. Que moral esta gente tem para falar de Direitos Humanos? Nenhuma! –
disse o pastor em nota oficial
O jornalista Reinaldo Azevedo, da Revista Veja, afirma que a
própria representação feita pelos parlamentares “fala sobre a existência de
perfis falsos, mas parte do princípio de que os responsáveis por eles são
justamente os que têm seus respectivos nomes usados à revelia”.
- Chega a ser uma piada que Wyllys processe Feliciano,
dizendo-se perseguido. Ora, quem é que lidera a campanha nacional contra o
presidente da comissão? Incluir Malafaia na peça acusatória é a evidência
escancarada de má-fé. Ele não é político, não está na comissão; é, apenas,
alguém com o direito a uma opinião – comentou o jornalista, que disse também
que a tentativa do processo é de cercear o pensamento e a liberdade de
expressão.
- O Brasil vai ficar lotado de aiatolás bondosos dizendo o
que podemos pensar ou não, o que podemos dizer ou não, que religião podemos ter
ou não. Os que acreditam em Deus devem deixar de lado essa ideia estúpida de
absoluto e acreditar em Wyllys – criticou.
Azevedo diz ainda que os acusadores estariam interessados em
juntar seus adversários “no mesmo saco de gatos”, e classifica as ações dos
parlamentares como um espetáculo de intolerância.
- Espero que a mesma imprensa que está endossando esse
espetáculo de intolerância não venha a pagar caro por sua estupidez. Está
confundindo o direito à divergência e ao protesto – conclui o jornalista.
Em uma nova nota oficial em seu site oficial, Wyllys
justifica a ação criminal afirmando que o pastor Silas Malafaia “é amplo
divulgador de campanhas ilegais contendo inverdades e ofensas” contra ele. O
deputado afirma ainda que Malafaia “faz isso através dos seus perfis oficiais
nas redes sociais e de outros não oficiais”, ressaltando que os perfis que ele
classifica como não oficiais não são contestados pelo pastor. O ex-BBB cita ainda
as afirmações “o deputado Jean Wyllys chamou os cristãos de doentes” e “sabia
que o Jean Wyllys ofendeu os cristãos e declarou guerra?” feitas no perfil
oficial do pastor no Twitter recentemente em uma acalorada discussão como prova
de que não está se baseando em publicações em perfis falsos do pastor.
O texto publicado no site de Wyllys, assinado pelo advogado
Antônio Rodrigo Machado, afirma que o “chamamento ao ódio e a guerra foi
prontamente atendido por diversos seguidores dos representados, e a vida do
parlamentar foi posta em risco”, e classifica os pastores e outras pessoas
relacionadas como réus no processo como uma “cadeia criminosa organizada”.
Por Dan Martins e Renato Cavallera, para o Gospel+
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