Durante o ministério terreno de Nosso Senhor, as Escrituras do Antigo Testamento eram conhecidas, genericamente, como a Lei, os Escritos e os Profetas. Vieram, então, as Escrituras dos apóstolos, igualmente inspiradas pelo Espírito Santo. Como denominar, pois, ambos os Testamentos? Alguns pais da igreja cognominavam-nos de Divina Literatura.
Faltava, porém, uma palavra técnica que viesse a dar uma visão exata do significado das Escrituras do Antigo e do Novo Testamento. Era necessário, pois, denominar o conjunto dos pequenos livros que compunham a Palavra de Deus. Foi assim que a palavra Bíblia começou a popularizar-se.
O significado da palavra grega bíblia. Originário do grego, o termo bíblia significa “livros”, ou “coleção de pequenos livros”. Atribui-se a João Crisóstomo a disseminação do uso desse vocábulo para se referir à Palavra de Deus. No Ocidente, a palavra em questão foi introduzida por Jerônimo — tradutor da Vulgata —, o qual, costumeiramente, chamava o Sagrado Livro de Biblioteca Divina.
A palavra bíblia é o plural de biblos. Os gregos assim chamavam os rolos, nos quais escreviam as suas obras, numa clara referência ao centro produtor desse material — a cidade de Biblos (no Antigo Testamento, a cidade de Gebal), localizada na costa mediterrânea ocupada hoje pelo Líbano.
Desde João Crisóstomo e Jerônimo, os livros do Antigo e do Novo Testamentos passaram a ser universalmente conhecidos como a Bíblia, na qual judeus e cristãos baseamos a nossa fé. Os primeiros reconhecem apenas a primeira parte das Escrituras — o Antigo Testamento; os segundos consideram tanto a sua primeira quanto a sua segunda parte como a palavra inspirada, inerrante e infalível de Deus.
Fonte: TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTAL, Vários Autores, Editora CPAD
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