O pergaminho ou vitela, que se prepara com peles de animais, era o material mais freqüente empregado nos escritos do Antigo Testamento hebraico. A causa de sua durabilidade, os judeus continuaram seu uso através dos tempos de gregos e romanos, embora o papiro resultava mais plena e comercialmente aceitável em quanto à classe de material de escritura. um rolo de pele de tamanho corrente média uns dez metros de comprimento por vinte e oito centímetros de largo, aproximadamente. Peculiar aos textos antigos, é o fato de que no original somente se escreviam as consoantes, aparecendo numa linha contínua com muito pouca separação entre as palavras. Com o começo da Era Cristã, os escribas judeus ficaram extremamente cônscios da necessidade da exatidão na transmissão do texto hebraico. Os eruditos dedicados particularmente a esta tarefa nos séculos subseqüentes se conheciam como os massoretas. Os massoretas copiavam o texto com grande cuidado, e com o tempo, inclusive numeravam os versículos, palavras e letras de cada livro. Sua maior contribuição foi a inserção de signos vogais no texto como uma ajuda para a leitura.
Até 1448, em que apareceu em Soscino, Itália, a primeira Bíblia hebraica impressa, todas as Bíblias eram manuscritas. Apesar de terem aparecido exemplares privados em vitela e em forma de livro, os textos da sinagoga eram limitados usualmente a rolos de pele e copiados com um extremo cuidado.
Até o descobrimento dos Rolos do Mar Morto, os mais antigos manuscritos existentes datavam de aproximadamente o 900 a.C. Nos rolos da comunidade de Qunrã, que foi dispersada pouco antes da destruição de Jerusalém em 70 d.C., todos os livros do Antigo Testamento estão representados, exceto o de Ester. Evidências mostradas por estes recentes descobrimentos têm confirmado o ponto de vista de que os textos hebraicos preservados pelos massoretas foram transmitidos sem mudanças de consideração desde o século I a.C.
Fonte: A História de Israel no Antigo Testamento - Samuel J. Schultz
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