quarta-feira, 29 de julho de 2015

Escola é multada após pastor realizar oração em abertura de evento comemorativo


Uma oração realizada por um pastor durante um evento organizado por uma escola rendeu uma multa à direção do estabelecimento de ensino, no distrito de Rankin County, Mississippi (EUA).

A limitação da liberdade religiosa nos Estados Unidos é algo que vem acontecendo de forma intensa e frequente, e tem atingido os cristãos de maneira severa, pois os relatos de ações religiosas comunitárias que sofrem retaliação só aumentam.

A polêmica começou quando o pastor Rob Gill fez uma oração durante uma assembleia de honras na escola Brandon, do Ensino Médio, em maio de 2014. Na ocasião, os organizadores do evento não obrigaram os alunos a participarem da prece, mas a fizeram como gratidão pelo bom desempenho dos alunos durante os testes.

De acordo com informações do Christian Post, o Tribunal Distrital Federal dos Estados Unidos recebeu a denúncia feita por dois alunos e aplicou a multa alegando que a direção escolar do distrito violou um acordo judicial firmado em 2013, que proibia a promoção de “proselitismo religioso” no ambiente escolar.

Agora, a direção do distrito deve pagar US$ 2.500 dólares a um dos alunos, que denunciou a oração, e US$ 5 mil a outro aluno, que não concordou com a distribuição de Bíblias feita pelos Gideões Internacionais com permissão dos responsáveis pelo estabelecimento.

O acordo de proibição do “proselitismo religioso” foi firmado após o aluno denunciar a escola ao Tribunal, alegando que havia sido forçado a participar de reuniões que promoviam o cristianismo. À época, o acordo evitou que a escola fosse multada. O aluno que fez a denúncia nesse ano foi o mesmo que denunciou a oração do pastor em 2014.

O juiz responsável pelo caso ordenou que as escolas do distrito “parassem de promover o proselitismo religioso”, e criticou a postura dos responsáveis: “A violação do distrito não demorou muito e ocorreu de forma muito corajosa”, escreveu na sentença. “Sua conduta mostra que o distrito não fez qualquer esforço para aderir à decisão instada”, acrescentou.

Mais adiante, o juiz ainda acusa a escola de, propositadamente, mesclar as matérias curriculares à fé cristã: “Ele [distrito] deliberadamente saiu do seu caminho para enredar a doutrinação cristã no processo de educação […] A partir dos relatos detalhados no registro, parece que está incorporando um roteiro religioso e orações com as atividades escolares, como uma tradição de longa data do distrito”, concluiu, justificando a condenação.


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