No último domingo, 26 de julho, os judeus relembraram o Tishá BeAv, nome dado ao dia do calendário judaico escolhido para chorar a destruição dos Templos Sagrados, o primeiro no ano 586 A.C., pelas mãos dos babilônios, e o segundo, no ano 70 D.C., pelos romanos. Para marcar a data, o Instituto do Templo divulgou um vídeo com uma projeção de como será o novo templo que pretendem erguer em Jerusalém.
O projeto do Terceiro Templo já tem toda a questão de engenharia e arquitetura definida, como mostra o vídeo de computação gráfica divulgado, além de já ter, produzidos, a maior parte dos objetos ritualísticos produzidos e guardados, apenas esperando que o templo seja erguido.
Ao longo do vídeo, a caminhada virtual passa pelo portal de entrada, o santuário principal, o acesso ao Santo dos Santos e o véu que o protege. O cuidado com a Halakhic, que é a lei judaica, fica evidenciado pela atenção aos detalhes, que envolvem a dimensão dos espaços, materiais usados nas peças e o local onde o templo será erguido.
Segundo informações da imprensa israelita, assim que o vídeo foi divulgado, diversos sites religiosos compartilharam o material assinalando-o como um “grande sinal”. O rabino Chaim Richman, diretor e fundador do Instituto, lembrou que “um terço de todos os mandamentos da Torá dizem respeito à construção do serviço no Templo Sagrado”, e lamentou que, por conta da inexistência do templo, os ritos judaicos estão incompletos: “Hoje, não apenas lamentamos a destruição dos dois Templos Sagrados, mas também nossa incapacidade de cumprir um terço da Torá”.
Guerra
Na tradição cristã, muitos teólogos interpretam que algumas circunstâncias simbólicas seriam evidências do início do fim dos tempos, indicando a proximidade do arrebatamento da igreja, o início da Grande Tribulação e a consequente Batalha do Armagedom.
Um dos indícios apontados por teólogos seria a reconstrução do Templo em Jerusalém, que seria conduzida pelo anticristo, e mais para frente, segundo a profecia, causaria uma guerra mundial contra Israel.
Curiosamente, horas após o Tishá BeAv, a Força de Defesa de Israel convocou milhares de militares da reserva para o maior exercício militar da história do país, desde 1948.
O treinamento militar irá simular diferentes tipos de ataques, de inimigos no Líbano, Sìria e a Faixa de Gaza, e incluirá situações com supostas perdas civis, desabamento de prédios e evacuação de espaços públicos.
A Força Aérea israelense colocará suas bases aéreas em estado de emergência durante os exercícios, dado o grau de realismo da simulação, e a Marinha vai testar sua infraestrutura de combate, segundo informações do Jerusalem Post.
“Pela primeira vez, as defesas cibernéticas serão parte de um exercício de Estado-Maior”, disse uma fonte ouvida pelo jornal, expressando o tamanho da preocupação do governo.
Nos últimos tempos, as ameaças a Israel têm se tornado reiteradas e maiores. O Estado Islâmico é um dos inimigos públicos do país, e prega a morte aos judeus. O Irã, que também já manifestou seu desejo de “aniquilar” Israel, recentemente firmou acordo nuclear com uma coalizão internacional, incluindo os Estados Unidos.
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