O professor de artes e artista plástico Claudinei Monteiro,
27 anos, foi resgatado de uma fenda de 300 metros no Peru, depois de dois dias
desaparecido durante uma aventura que quase lhe custou a vida.
Monteiro havia desaparecido na quinta-feira, enquanto fazia
uma trilha com dois amigos no Parque Nacional de Huascarán, localizado a 400
quilômetros ao norte de Lima, e caiu em uma fenda da montanha de Churup,
ficando incomunicável durante dois dias.
- Fui ver as belas lagunas desse parque e, mais acima, havia
geleiras. Sou teimoso e subi onde possivelmente as pessoas não vão. Quando era
hora de voltar, já havia escurecido. Liguei minha lanterna e fui caminhando em
um trecho ruim, de mato, pedra e descida. Avistei uma luz ao longe e fui em
direção a ela, mas havia um buraco por onde corria água. Quando coloquei os
pés, não imaginava a profundidade. Caí escorregando e ralando os braços. Perdi
uma lente do óculos e fiquei por lá – contou Monteiro sobre o incidente, em
entrevista ao Terra.
Segundo o jovem, sua esperança foi mantida por pensar na
namorada e pela fé, pois, segundo ele, pediu ajuda a Deus para livrá-lo da
situação.
- O maior medo foi na queda, pois não sabia onde estava e nem
quando ia acabar. Pedi ajuda a Deus para me livrar daquilo e só pensava na
minha namorada, que está no Brasil. (…) Estava confiante, porque a estrada que
eu avistava era um pouco movimentada. Eu acenava, gritava, pedia socorro,
parecia até que algumas pessoas paravam – contou.
Com sua volta ao Brasil antecipada, o professor afirma que a
experiência serviu como lição de vida, e afirma estar ansioso para se
reencontrar com sua família.
- Acho que o susto foi bem maior para quem estava de fora,
porém, sei que tenho de ser menos teimoso. Quero sempre mais, mais alto, mais
longe, mais além. E isso nem sempre é bom – concluiu.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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