Fazer parte de uma comunidade de fé e ir à igreja frequentemente é uma maneira bastante eficiente na prevenção à depressão. Essa conclusão foi apresentada no relatório de uma pesquisa científica realizada na Europa.
Ao longo de quatro anos, uma equipe de pesquisadores do Reino Unido e da Holanda monitoraram 9 mil pessoas de diversas nações europeias, e chegaram à conclusão de que aquelas que se juntam em grupos comunitários, como igrejas, partidos políticos e outras atividades, possuem uma saúde mental melhor.
No entanto, o estudo também apontou que pertencer a uma comunidade de fé traz ainda mais benefícios à saúde mental do que ser parte de qualquer outro grupo, mesmo os de prática esportiva ou de projetos sociais.
Organizada em parceria da Escola de Economia e Ciência Política de Londres com o Centro Médico da Universidade Erasmus, da Holanda, a pesquisa foi coordenada pelo doutor Mauricio Avendano.
“A igreja parece desempenhar um papel social muito importante para manter a depressão longe e também serve como um mecanismo de enfrentamento durante períodos de doença na fase da velhice”, afirmou Avendano, de acordo com informações do jornal inglês Daily Mail.
A pesquisa constatou que estar em uma comunidade de fé tem efeitos mais duradouros em relação ao combate à depressão do que estar em outros grupos, como partidos, clubes e projetos sociais.
Os voluntários que participavam de agremiações não-religiosas obtiveram uma melhora no início da pesquisa, mas depois a evolução se estabilizou, enquanto que os religiosos seguiram evoluindo em sua melhora.
Ao longo dos estudos, no entanto, não foi possível determinar o que torna a igreja a melhor ferramenta de combate à depressão: se a fé em si, que comprovadamente contribui para o enfrentamento de doenças, ou se o “sentimento de pertencimento” a um grupo.
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