O Homem
O que se observa através das escrituras é que os sentimentos
e as emoções humanas vinculam-se diretamente à natureza humana. Deus criou o
homem na condição e posição de homem, ou seja, fraquezas, necessidades,
prazeres, sonhos, desejos, medos, coragens, etc., são elementos pertinentes à
natureza humana “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se
das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem
pecado" ( Hb 4:15 ).
Acaso o apóstolo Paulo sentiria prazer nas fraquezas e
necessidades se tais sentimentos e emoções fossem provenientes do pecado?
"Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então
sou forte" ( 2Co 12:10 ).
A bíblia é clara: “O salário do pecado é a morte”, e quando
Adão pecou trouxe sobre si e sua descendência um julgamento com uma pena única,
que resultou em destituição (alienação) da glória de Deus (condenação).
Ou seja, não podemos ser mais ‘realistas’ que a bíblia e
dizer que a condenação estabelecida em Adão influenciou a constituição física e
emocional do homem. A pena estabelecida antes da desobediência de Adão foi
única: “...certamente morrerás” ( Gn 2:17 ). Quando Deus falou com Adão e Eva na
viração do dia, eles já estavam mortos, ou seja, destituídos da glória de Deus.
Logo em
seguida, por causa da queda:
Deus retirou o homem do Éden – Deus retirou o homem do Éden
para que ele não lançasse mão do fruto da árvore da vida; a condenação proveniente
da desobediência foi alienação de Deus, e a saída do Éden para o homem não
lançar mão da imortalidade ( Gn 3:22 );
Deus promete o descendente ( Gn 3:15 );
Estabelece a sujeição da mulher ao marido e a dor na gestação
( Gn 3:16 );
Por causa do homem Deus amaldiçoa a terra, institui o
trabalho e apresenta a morte física “Do suor do teu rosto comerás o teu pão,
até que tornes à terra, porque dela foste tomado; pois és pó, e ao pó tornarás”
( Gn 3:19 ); antes de pecar, o oficio do homem era lavrar e guardar o jardim do
Éden ( Gn 2:15 ); após a queda, por ter sido lançado do jardim do Éden, Deus
deu um novo oficio para o homem.
Quando o Verbo de Deus foi introduzido no mundo dos homens,
ele tornou-se participante do pó da terra, porém, como Filho de Deus sempre
esteve unido ao Pai. Ao despir-se da sua glória, o Verbo se fez carne e
tornou-se como ‘um de nós’ "Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se
de que somos pó" ( Sl 103:14 ).
Porém, não podemos esquecer a relação estabelecida por Deus:
“Tu és pó, e ao pó tornarás” ( Gn 3:19 ). Ao assumir a condição de Servo, Jesus
teve que se sujeitar as mesmas leis e fraquezas pertinente aos homens. Ele teve
que viver do suor do seu rosto, porém, viver do suor do rosto não é uma pena
proveniente do pecado ( Gn 3:19 ), bem como tornar ao pó da terra.
Devemos ver nitidamente o que o escritor aos Hebreus
apresenta acerca de Jesus: “Vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor
que os anjos, Jesus, coroado de glória e de honra, por causa da paixão da
morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” ( Hb 2:9 ).
Ele foi feito homem (menor que os anjos) por causa da paixão da morte. Para ser
possível provar a morte física, que é totalmente diferente da morte espiritual
ou destituição da glória de Deus, que Jesus se fez carne!
Isto indica que, provar a morte física não é conseqüência do
pecado, antes é algo pertinente a fragilidade e fraqueza daqueles que foram
tomados do pó da terra. Cristo provou a morte física, e isto demonstra que ela
não está atrelada ou que deriva da desobediência de Adão.
Lembremos que Jesus é o Cordeiro de Deus; que sem
derramamento de sangue não há remissão de pecado; sem a morte do cordeiro não
há sacrifício. Ora, se Deus é luz e nele não há trevas alguma, como poderia
receber o cheiro suave do sacrifício se a morte física teve origem no pecado?
Quando Cristo se ofereceu em holocausto ao Pai, ele disse:
“Nas tuas mãos entrego o meu espírito”, ou seja, a morte física não é
proveniente da condenação estabelecida em Adão, pois o sacrifício depende da
morte do cordeiro “De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes
desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se
manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” ( Hb 9:26 ).
Fonte: http://estudobiblico.org
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