O Governo do Anticristo
INTRODUÇÃO
Quando o Senhor Jesus veio a este mundo, há cerca de dois
mil anos, o cenário político, social e religioso estava preparado. Deus havia
guiado a história até àquele sublime momento em que o Verbo se fez carne (Jo
1.14). O apóstolo Paulo chamou este momento de “plenitude dos tempos” (Gl 4.4).
Com o advento do anticristo não será diferente, pois, como o mundo jaz no
maligno (I Jo 5.19), este está preparando a plataforma do governo do príncipe
que há de vir (Dn 9.27).
I - O CONTEXTO HISTÓRICO-PROFÉTICO
A vinda do anticristo não ocorrerá sem sinais que antecedam
tal fato. Além das profecias alusivas a este personagem contidas no Antigo
Testamento, especialmente no livro do profeta Daniel (Dn 7-11), o apóstolo
Paulo, na sua segunda carta aos tessalonicenses, faz menção de alguns fatos
precursores da manifestação deste homem:
1.1 O mistério da injustiça (II Ts 2.7).
Trata-se de atividades secretas desempenhadas pelos poderes
malignos, e que estão em grande evidência nos dias de hoje. Tais atividades
estão conduzindo a sociedade ao escárnio e à zombaria até que se chegue ao
extremo da rejeição aos princípios bíblicos. Por causa dessa iniquidade crescente,
Jesus afirmou que o amor de muitos esfriaria (Mt 24.10-12). A maldade já chegou
a tal ponto que os seres humanos estão, em muitos aspectos, comportando-se como
animais irracionais (II Pe 2.12; Jd 10). Essa maldade caracterizará o governo
do pior ditador de todos os tempos.
1.2 A
apostasia (II Ts 2.3).
Palavra grega que significa desvio, afastamento ou abandono.
Observando-se o contexto atual, podemos destacar alguns tipos de apostasias
causadas pela atuação do espírito do anticristo, que está preparando o cenário
mundial para o aparecimento propriamente dito. Vejamos:
1.2.1 Apostasia Teológica. Trata-se do
desvio total ou parcial dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou a rejeição de
tais ensinamentos (I Tm 4.1; II Tm 4.3). Vemos tal realidade nos dias atuais,
quando os falsos ensinadores transmitem evangelhos voltados aos interesses
humanos, sem mencionarem as exigências de Cristo para se ter uma verdadeira
comunhão com Deus e alcançar a salvação (II Pe 2.1-3, 12-19).
1.2.2 Apostasia Moral. Diz respeito ao
abandono da comunhão que a salvação em Cristo proporciona. Não apenas o
abandono, mas o envolvimento declarado com o pecado e a imoralidade. O mais
grave é que alguns chegam a ensinar corretamente a sã doutrina, mas vivem
desordenadamente do ponto de vista moral (Mt 23.24,25). A imoralidade também
caracterizará o governo do anticristo, pois ele será o homem do pecado, o filho
da perdição e a personificação da iniquidade (II Ts 2.3,7).
A questão da apostasia é tão séria, que algumas igrejas locais já permitem quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (I Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo o pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo é algo raro nos dias hodiernos (Mt 24.12; II Tm 3.1-5).
A questão da apostasia é tão séria, que algumas igrejas locais já permitem quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (I Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo o pecado (Rm 8.13), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo é algo raro nos dias hodiernos (Mt 24.12; II Tm 3.1-5).
1.3 “O que agora resiste” (II Ts 2.7).
Um dos eventos que determinará o advento do anticristo será
a saída de alguém ou de algo que impede o “mistério da injustiça” e o “homem do
pecado”. O que o detém é sem dúvida uma referência ao Espírito Santo, pois
somente Ele tem poder para deter a iniquidade. A expressão “o que o detém” (II
Ts 2.6) possui uma construção gramatical interessante, pois combina um artigo
definido masculino e um artigo definido neutro. Essa mesma construção é
aplicável à palavra Espírito na língua grega (Jo 16.8). A ação do Espírito,
restringindo o pecado pode ser vista claramente nas Escrituras (I Co 3.16;
6.19; Gl 5.17). Com a sua saída, ou com a cessação da sua inibição quanto ao
anticristo, a manifestação do homem do pecado terá livre trânsito e uma
influência enganadora terá lugar em todo o mundo (II Ts 2.11).
II - QUEM É O ANTICRISTO?
Ele é descrito em Ap 13.1-8 como a Besta que emerge do mar. Quando
o Dragão se põe em pé sobre a areia do mar (Ap 12.18), João vê aquilo que
representa o tipo de governo mais severo, mais forte e mais aterrador que já
existiu (13.1). Ele reúne o poderio do império grego (Dn 7.6, conf. Ap 13.2a),
do império medo-persa (Dn 7.5 conf. Ap 13.2b) e do babilônico (Dn 7.4 conf. Ap.
13: 2c). O personagem que estará à frente desse poderoso governo mundial terá o
seu poder, seu trono e uma grande autoridade garantida pelo Dragão, que deve
ser entendido como uma parceria entre o diabo (v. 3) e os reinos da terra (Ap.
17.12-13).
Naturalmente que o anticristo será um homem comum, nascido de mulher, mas será revestido de um poder satânico, e terá uma capacidade demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá poderosa influência sobre a humanidade. Ele é chamado na Bíblia de vários nomes, entre eles analisemos:
Naturalmente que o anticristo será um homem comum, nascido de mulher, mas será revestido de um poder satânico, e terá uma capacidade demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá poderosa influência sobre a humanidade. Ele é chamado na Bíblia de vários nomes, entre eles analisemos:
- O chifre pequeno (Dn 7.8);
- A Besta (Ap 13.1; 14:9; 15:2; 16:2; 17: 3,11;19:20; 20:10);
- O homem do pecado e filho da perdição (II Ts 2.3);
- O príncipe que há de vir e o assolador (Dn. 9.26,27);
- Rei de Feroz Catadura (Dn 8.23);
- Rei voluntarioso (Dn 11.36);
- O iníquo ( 2 Ts 2.8);
- O abominável da desolação (Mt. 24:15).
- A Besta (Ap 13.1; 14:9; 15:2; 16:2; 17: 3,11;19:20; 20:10);
- O homem do pecado e filho da perdição (II Ts 2.3);
- O príncipe que há de vir e o assolador (Dn. 9.26,27);
- Rei de Feroz Catadura (Dn 8.23);
- Rei voluntarioso (Dn 11.36);
- O iníquo ( 2 Ts 2.8);
- O abominável da desolação (Mt. 24:15).
III - CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO
Crê-se que o texto “Não terá respeito aos deuses de seus
pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se
engrandecerá” (Dn 11.37), refere-se ao futuro ditador mundial. Que é o pequeno
chifre (Dn 7.8,21-25) e a besta que emerge do mar (Ap 13.1-8). Observemos
algumas características deste personagem:
Baseado no texto de Dn 11.37, alguns consideram este personagem um judeu, por causa da frase “…aos (Elohim) deuses de seus pais...” (Em algumas versões, a palavra “deuses” está no singular). Porém, o termo mais comum para descrever o Deus de Israel como o Deus de seus pais é Yahweh, que é uma referência inconfundível ao Deus de Israel;
Mas, é também significativo Daniel ter usado o termo Elohim, pois é um vocábulo que pode ser usado tanto para o Deus verdadeiro como para ídolos, pois é um termo genérico, como a palavra “deus” em português. O texto deseja destacar que ele não apenas desprezará o Deus de Israel, como rejeitará todos os tipos de ídolos, como bem descreve o versículo anterior;
A frase “Não terá respeito….nem ao desejo de mulheres…“, para boa parte dos expositores, em um sentido mais coerente, é que ele poderá ser um homossexual ou um defensor da causa;
Ainda observando os textos bíblicos, podemos chegar à conclusão de que ele será um gênio político, militar, religioso e da oratória (habilidade de falar eloquentemente) (Dn 8.23-25; 11.21; Ap 13.4-8).
Baseado no texto de Dn 11.37, alguns consideram este personagem um judeu, por causa da frase “…aos (Elohim) deuses de seus pais...” (Em algumas versões, a palavra “deuses” está no singular). Porém, o termo mais comum para descrever o Deus de Israel como o Deus de seus pais é Yahweh, que é uma referência inconfundível ao Deus de Israel;
Mas, é também significativo Daniel ter usado o termo Elohim, pois é um vocábulo que pode ser usado tanto para o Deus verdadeiro como para ídolos, pois é um termo genérico, como a palavra “deus” em português. O texto deseja destacar que ele não apenas desprezará o Deus de Israel, como rejeitará todos os tipos de ídolos, como bem descreve o versículo anterior;
A frase “Não terá respeito….nem ao desejo de mulheres…“, para boa parte dos expositores, em um sentido mais coerente, é que ele poderá ser um homossexual ou um defensor da causa;
Ainda observando os textos bíblicos, podemos chegar à conclusão de que ele será um gênio político, militar, religioso e da oratória (habilidade de falar eloquentemente) (Dn 8.23-25; 11.21; Ap 13.4-8).
IV - O GOVERNO DO ANTICRISTO
A besta ou o anticristo será um personagem de uma habilidade
e capacidade desconhecidas até hoje. Será um dos maiores líderes da história,
acima de qualquer famoso general ou governante mundial conhecido. Sua sabedoria
e capacidade terão elementos sobrenaturais, pois além do poderio bélico, da
alta tecnologia e do poder econômico, o governo do anticristo contará com uma
inédita atuação diabólica.
- Ele convencerá as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5);
- A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a besta (Ap 13.3);
- Ele buscará a paz e travará guerras (Dn 9.27; Ap. 6:2);
- Ele certamente aparecerá com a solução para as diversas crises sociais e econômicas que até hoje não foram resolvidas e estabelecerá uma falsa paz (I Ts 5.3; Ap 6.2);
- Durante a Grande Tribulação, o anticristo declarará ser Deus e exigirá adoração, e perseguirá severamente os que permanecerem leais a Cristo (II Ts 2.4; Ap 11.6,7; 13.7);
- Mediante o poder satânico, o anticristo fará grandes sinais e maravilhas a fim de propagar o engano com mais eficiência (II Ts 2.9; Ap 13.3). Quem sabe tais sinais não serão transmitidos ao mundo inteiro via satélite e espalhará ainda mais a sua fama e o reconhecimento de sua autoridade dentre todas as nações?;
- A Bíblia nos diz que esse governo não durará muito tempo, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, o Príncipe da Paz virá para estabelecer o seu reino aqui na Terra. Ele destruirá o anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (II Ts 2.8). Jesus Cristo é a pedra que foi cortada sem mão e que esmiuçou o governo satânico (Dn 2.34).
- Ele convencerá as massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5);
- A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a besta (Ap 13.3);
- Ele buscará a paz e travará guerras (Dn 9.27; Ap. 6:2);
- Ele certamente aparecerá com a solução para as diversas crises sociais e econômicas que até hoje não foram resolvidas e estabelecerá uma falsa paz (I Ts 5.3; Ap 6.2);
- Durante a Grande Tribulação, o anticristo declarará ser Deus e exigirá adoração, e perseguirá severamente os que permanecerem leais a Cristo (II Ts 2.4; Ap 11.6,7; 13.7);
- Mediante o poder satânico, o anticristo fará grandes sinais e maravilhas a fim de propagar o engano com mais eficiência (II Ts 2.9; Ap 13.3). Quem sabe tais sinais não serão transmitidos ao mundo inteiro via satélite e espalhará ainda mais a sua fama e o reconhecimento de sua autoridade dentre todas as nações?;
- A Bíblia nos diz que esse governo não durará muito tempo, pois o Senhor, que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, o Príncipe da Paz virá para estabelecer o seu reino aqui na Terra. Ele destruirá o anticristo pelo assopro da sua boca e pelo esplendor da sua vinda (II Ts 2.8). Jesus Cristo é a pedra que foi cortada sem mão e que esmiuçou o governo satânico (Dn 2.34).
CONCLUSÃO
Do ponto de vista político, social, religioso e moral, o
mundo já está preparado para o advento do anticristo, que há de estabelecer um
domínio temporário sobre a terra. Somente há um que agora o detém, o Espírito
Santo de Deus, que é o mantenedor da Igreja de Cristo, a coluna e a firmeza da
verdade (I Tm 3.15). Uma vez que essa Igreja for tirada desse mundo, o
anticristo se manifestará, mas será destronado pelo verdadeiro Rei e Senhor de
toda a terra (Ap 17.14; 19.16).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Abraão. Israel, Gogue e o Anticristo. CPAD
GILBERTO, Antônio. O Calendário da Profecia. CPAD
ICE, Thomas e Timothy Demy. A Verdade sobre o Anticristo e seu Reino. Atual Edições.
STANPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
| Autor: Luciano
Santos | Divulgação: estudosgospel.com.br
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