segunda-feira, 16 de março de 2015

PERÍODOS DA HISTORIA - OS ESTADOS RELIGIOSOS ARCAICOS - TEOLOGIA


Os Estados Religiosos Arcaicos. 

Os estados religiosos arcaicos tiveram início como comunidades agrícolas que possuíam seus próprios rituais religiosos. Aos poucos, o culto local e seus oficiais iam assumindo o controle da aldeia. A comunidade inteira se consagrava ao deus do ritual, e logo esse culto ou ritual praticamente se asse-nhoreava da comunidade. Adoravam-se deuses e deusas agrícolas. Seus rituais seguiam o ciclo agrícola anual.

A medida que cresciam as pequeninas cidades-estados, cresciam também a riqueza e o poder de seus cultos. Cada templo ampliava seu controle, até que todos os cidadãos locais trabalhavam para o templo. Encontramos prova deste tipo de cidade-templo na Suméria (Sinear, na Bíblia), no Egito e no Elão.

Os reis do antigo Oriente Próximo geralmente oficiavam como sacerdotes de seus cultos locais. À medida que o poder político do templo crescia, crescia também o poder do rei. Cidades da vizinhança que tinham cultos religiosos semelhantes começavam a reunir-se. Uniam suas crenças sob um governo comum. Esses agrupamentos de cidades construíram as grandes torres-templos da Mesopotâmia, as mais antigas pirâmides do Egito, e os maciços edifícios religiosos em outros lugares. Os capítulos 10 a 11 do Gênesis refletem esta tendência.

Os primitivos estados religiosos realizaram grandes coisas. Por exemplo, inventaram a escrita quando começaram a manter registros econômicos, e seus primeiros registros foram feitos, provavelmente, em cera ou barro. Não demorou muito, arquitetaram a aritmética para ajudá-los no cômputo de suas transações comerciais. Então começaram a registrar princípios de ética, lendas, histórias, leis, canções, poemas e fatos históricos. Assim, na época de Abraão, muitas das civilizações situadas em torno do Mediterrâneo haviam posto seus idiomas em forma escrita.

Quando um estado religioso arcaico declinava e outro o conquistava, a língua local e os hábitos de adoração misturavam-se. Por isso não podemos, hoje, dizer onde se originaram muitas das línguas e crenças antigas. Os povos do Oriente Próximo começaram a adorar muitos deuses do mesmo tipo (uma prática que denominamos politeísmo). Narravam lendas sobre famílias de deuses mais velhos e deuses mais jovens. Acrescentaram deuses e mais deuses às suas religiões até que formaram uma aglomeração desnorteante de divindades. Ao trocarem as cidades da Palestina antiga suprimentos com outras regiões do Oriente Próximo, também trocavam costumes religiosos. Deixaram provas dessas religiões pagãs mistas nas antigas cidades de Jericó, Hazor, Bete-Semes e outras. O Antigo Testamento descreve este confuso estado de coisas (Josué 24:2, 15).


Fonte:  
Livro: O Mundo do Antigo Testamento
Autores: J. I. Packer,  Merril C. Tenney, William White, Jr.
Editora: Vida

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