Uma nova linha de pesquisa sobre as origens do Universo reviu a Teoria do Big Bang, amplamente aceita no meio científico, e determinou que o modelo proposto pelo físico Georges-Henri Édouard Lemaître não pode ter existido.
Em resumo, a “hipótese do átomo primordial”, apelidada de Teoria do Big Bang, usa elementos da Teoria da Relatividade, desenvolvida por Albert Einstein, para sugerir que a explosão de um ponto infinitamente denso tenha gerado expansão de matéria e criado o Universo como se conhece hoje.
Agora, pesquisadores da Universidade Benha, do Egito, revisaram a teoria, inserindo correções quânticas na Teoria da Relatividade de Einstein, e chegou à conclusão de que o Universo não começou, mas sempre existiu.
“A singularidade do Big Bang é um problema para a relatividade, porque as leis da física já não fazem sentido pra ela”, disse Ahmed Farag Ali, pesquisador coautor do estudo ao lado de Saurya Das, da Universidade de Lethbridge, no Canadá.
A dupla de cientistas mostrou que esse problema pode ser resolvido se acreditarmos em um novo modelo, no qual o Universo não teve começo – e não terá fim. Nesse ponto, a tese dos pesquisadores se assemelha ao princípio de eternidade apresentado na Bíblia e item descritivo de Deus, aquele que “É, Foi e sempre há de Ser”.
Segundo informações da revista Galileu, os físicos se apressaram em explicar que o estudo não eliminou a singularidade de Big Bang. O trabalho do físico David Bohm – que nos anos 1950 explorou o que acontecia se substituíssemos a trajetória mais curta entre dois pontos numa superfície curva por trajetórias quânticas – foi usado como inspiração.
Ali e Das aplicaram as trajetórias Bohminanas a uma equação que explica a expansão do universo dentro do contexto da relatividade geral, e a partir disso, criaram um novo modelo que contém elementos da teoria quântica e da relatividade geral.
Agora, a dupla espera que essa nova tese se mantenha mesmo quando uma teoria completa da gravitação quântica for formulada. Para Ali e Das, o Universo tem um tamanho limitado, e essa possibilidade abre espaço para a conclusão de que sua idade seja infinita, pois essa linha teórica combina com outras medições de constantes cosmológicas e de densidade.
“É satisfatório saber que essas correções podem resolver tantos problemas de uma vez”, afirmou Das.
O próximo passo dos físicos é analisar perturbações anistrópicas no Universo, levando em consideração a matéria escura e a energia escura. No entanto, eles acreditam que os próximos cálculos não afetarão os resultados atuais, apenas os complementarão.
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