Extremistas do Boko Haram perpetraram um ataque em uma cidade camaronesa em retaliação a uma ofensiva militar da Nigéria em parceria com o Chade, que resultou na morte de 250 militantes do grupo.
A ofensiva do Boko Haram, que expandiu suas ações para além das fronteiras nigerianas, contou com mais de 800 homens, e deixou 90 pessoas mortas e outras 500 feridas, de acordo com informações das agências de notícias.
Os terroristas muçulmanos invadiram a cidade de Fotokol e disparando tiros, e na sequência, incendiou “igrejas, mesquitas e vilarejos”, de acordo com o ministro de Comunicação do Camarões, Issa Tchiroma Bakari.
“Eles mataram jovens que resistiram a se unir a eles para lutar contra as forças camaronesas”, disse o ministro. “Consideramos o Boko Haram um câncer, e se a comunidade internacional não colocar seu foco sobre essa doença, ela vai se espalhar não só pela África Central, mas por outras regiões, por todo o continente”, acrescentou Bakari.
A proporção que o grupo extremista originário da Nigéria está tomando levou autoridades do continente africano a planejar a criação de uma força militar multinacional para combate-lo. A União Africana seria a responsável pela reunião e organização militar.
A força seria formada por 7.500 homens da Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benin, e contaria com apoio operacional, logístico e bélico da França. O presidente do país europeu, François Hollande, inclusive já havia se manifestado favoravelmente à ação.
O Boko Haram pretende erradicar o cristianismo na Nigéria e ocupar o norte do país, formando um califado, espécie de governo que seria regido pela interpretação dos extremistas da Lei Sharia, um código de conduta do islamismo.
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