Tipos de sermões
TIPOS DE SERMÕES
Importante ressaltar, que quando eu estudei homilética pela primeira vez, somente estudavamos os sermões Temáticos, Textuais e Expositivos. O Biográfico não constava em nenhum seminário ou faculdade da época, pois o mesmo encontrava-se distrinchado no sermão expositivo e temático.
Pastor Charles Maciel Vieira
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SERMÃO TEMÁTICO
SERMÃO TEXTUAL
SERMÃO EXPOSITIVO
SERMÃO BIOGRÁFICO
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO SERMÃO
SERMÃO TEMÁTICO
É aquele cujas divisões principais derivam do tema, e não diretamente do texto bíblico. Isso não quer dizer que o tema não seja bíblico, mas sim que o sermão gira em torno do tema e não de uma passagem específica. Porém para que o sermão temático seja bíblico, o tema deve ser extraído da Bíblia.
Um tema, por exemplo, poderia ser a fé evangélica. O sermão, então não se basearia em apenas um texto bíblico, mas em diversos versículos da Bíblia, pois a palavra fé se prolifera por toda a Escritura. O sermão baseado neste tema poderia expor a fé dos patriarcas, a fé dos mártires, a fé dos apóstolos, e assim por diante.
SERMÃO TEXTUAL
O sermão textual é aquele cujas divisões principais derivam de um texto bíblico, constituído de uma porção mais ou menos breve das Escrituras. O tema é extraído do próprio texto, e por isso o esboço das divisões deve manter-se estritamente dentro dos limites do texto.
CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO TEXTUAL
1. Deve girar em torno de uma única idéia principal da passagem, e as divisões principais devem desenvolver essa idéia. 2. As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto. 3. As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em seqüência lógica e cronológica. 4. As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do sermão, desde que elas se refiram à idéia principal.
SERMÃO EXPOSITIVO
É aquele cujas divisões principais se derivam do texto, e consistem em idéias progressivas que giram em torno de uma idéia principal. O sermão expositivo, assim como o sermão temático e o textual, gira em torno de um tema, mas na mensagem expositiva o tema é extraído de vários versículos em vez de um único. Por isso mesmo os vários versículos de uma passagem que dão origem ao tema único do sermão deve ser uma unidade expositiva . O sermão expositivo se baseia em uma porção extensa das Escrituras. Pode ser alguns versículos ou um capítulo inteiro, até mesmo um livro.
DIFERENÇA ENTRE SERMÃO EXPOSITIVO E TEXTUAL
No sermão textual as divisões principais oriundas do texto são usadas como uma linha de sugestão, isto é, indicam a tendência do pensamento a ser seguido no sermão, permitindo ao pregador extrair as subdivisões ou idéias de qualquer parte das Escrituras. Já no sermão expositivo o pregador é forçado a extrair todas as subdivisões e, é claro, as divisões principais, da própria passagem que pretende explicar ou expor.
O sermão expositivo não é uma homilia bíblica ou uma preleção exegética.
O SERMÃO BIOGRÁFICO
É um tipo específico de sermão que tem por objetivo expor a vida de algum personagem bíblico como modelo de fé e exemplo de comportamento.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO SERMÃO
1. DISCUSSÃO
A discussão é o desenvolvimento das idéias contidas nas divisões do sermão. A fonte principal para a discussão deve ser a Bíblia, mas não é errado o pregador recorrer a outras fontes, desde que sejam confiáveis. Essas fontes podem ser citações de revistas ou jornais, poesias, letras de hinos ou provérbios da sapiencia popular. Fontes históricas também são de grande valia para a discussão, conforme a natureza do sermão.
2. ILUSTRAÇÃO
É o processo de explicar algo desconhecido pelo conhecido. É a exposição de um exemplo que torna claro os ensinamentos do sermão.
A ilustração pode ser uma parábola, uma alegoria, um testemunho ou uma história (ou uma estória). Deve ser enfatizado que a ilustração não é a parte mais importante do sermão, mas sim a explanação do texto. A parte mais importante é a interpretação do texto, pois o alvo do sermão é torná-lo conhecido do público, e a ilustração se presta a essa tarefa.
3. APLICAÇÃO
A aplicação é o processo mediante o qual o pregador aplica a verdade espiritual do sermão à vida dos seus ouvintes, a fim de persuadí-los a uma reação favorável à mensagem. Em outras palavras a aplicação é e persuasão das palavras do pregador; é a palavra dirigida ao coração . Na pregação o pregador fala a mente das pessoas, a fim de que meditem nas palavras que estão ouvindo, mas na aplicação o pregador fala ao coração, a fim de que pratiquem as palavras ouvidas. A aplicação é a meditação posta em prática.
4. APELO
O apelo é o processo de requerer do auditório uma resposta positiva acerca do que foi explanado. O apelo é uma invocação feita aos ouvintes para que recebam os ensinamentos expostos na pregação.
Deve ser enfatizado que a própria pregação já em si um apelo. O verdadeiro apelo é feito pelo Espírito Santo. Ele chama e invoca os homens para que ouçam a sua Palavra, e quando estes se voltam para ela, demonstram sua fé nas palavras que ouviram. As Escrituras afirmam que a fé vem pelo ouvir da Palavra de Deus, portanto a exposição da palavra é o apelo que o Espírito Santo dirige aos homens para que ouçam, creiam e a recebam a palavra em seu coração. Isto não impede entretanto que se façam apelos à platéia de forma visual, por meio de um levantar de braço ou solicitando ao ouvinte que vá à frente da congregação. Deve-se, no entanto, entender que esses fatos não se constituem na concretização do apelo, e, portanto, deve, este tipo de apelo, ser usado com moderação.
IMPORTANTE: O sermão expositivo é considerado, pelos pregadores mais proeminentes, o melhor tipo de sermão. Ele possue uma série de vantagens sobre os outros tipos. Uma dessas vantagens é que, justamente por se basear em uma porção extensa das Escrituras, é possível obter diversas aplicações de um mesmo texto.
Vejamos como exemplo o texto de Mateus 14:14-21
EXEMPLO 1
Este exemplo possui como tema "os atributos de Jesus"
TÍTULO: NOSSO SENHOR SINGULAR
I.A COMPAIXÃO DE JESUS
1.Demonstrada em seu interesse pela multidão (v.14) 2.Demonstrada em seu serviço à multidão (v.14)
II.A TERNURA DE JESUS 1.Demonstrada em sua resposta graciosa aos discípulos (vv.15,16) 2.Demonstrada em seu trato paciente com os discípulos (vv.17,18)
III.O PODER DE JESUS 1.Manifesto na alimentação da multidão (vv.19-21) 2.Exercido mediante o serviço dos discípulos (vv.14-21)
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EXEMPLO 2 Este exemplo enfoca a mesma passagem tendo "Cristo como o Supridor de nossas necessidades"
TÍTULO: VEJA DEUS OPERAR I.CRISTO SE INTERESSA POR NOSSAS NECESIDADES
1.Tem compaixão de nós em nossas necessidades (vv.14-16) 2.Ele nos considera em nossas necesidades quando outros não se importam conosco (vv.15,16)
II.CRISTO, AO SUPRIR NOSSAS NECESSIDADES, NÃO SE RESTRINGE PELAS CIRCUNSTÂNCIAS 1.Ele não se restringe por nossa falta de recursos (vv.17,18)
2.Ele não se restringe por qualquer outra falta (v.19)
III.CRISTO SUPRE NOSSAS NECESSIDADES 1.Supre nossas necessidades com abundância (vv.20) 2.Provê muito mais do que o suficiente (vv.20,21)
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EXEMPLO 3
Este exemplo enfoca a mesma passagem sob o ponto de vista de "nossos problemas"
TÍTULO: RESOLVENDO NOSSOS PROBLEMAS
I.ÀS VEZES NOS CONFRONTAM OS PROBLEMAS 1.Problemas de grandes proporções (vv.14,15)
2.De natureza imediata (v.15)
3.De solução humana impossível (v.15)
II.CRISTO É ABUNDANTEMENTE CAPAZ DE SOLUCIONAR NOSSOS PROBLEMAS
1.Sob a condição de que lhe entreguemos nossos recursos limitados (vv.16-18)
2.Sob a condição de que lhe obedeçamos sem questionar (vv.19-22)
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EXEMPLO 4 Este exemplo enfoca "a fé em relação com a necessidade humana"
TÍTULO: RELACIONANDO A FÉ COM A NECESSIDADE HUMANA
I.O DESAFIO DA FÉ
1.O motivo do desafio (vv.14,15)
2. A substância do desafio (vv.14,15)
II.A OBRA DA FÉ
1.O primeiro ato de fé (vv.17,18)
2.O segundo ato de fé (vv.19)
III.A RECOMPENSA DA FÉ
1.A bem-aventurança da recompensa (v.20)
2.A grandeza da recompensa (vv.20,21)
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Pastor Charles Maciel Vieira
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