sábado, 27 de setembro de 2014

Papa Francisco adota “tolerância zero” contra pedofilia e manda prender ex-arcebispo no Vaticano


O papa Francisco ordenou a prisão de um ex-arcebispo e ex-embaixador da Igreja Católica no Vaticano, por conta de seu envolvimento com crimes de pedofilia, e destituiu o bispo da diocese de Ciudad Del Este, no Paraguai, pelo mesmo motivo.

A prisão a mando do papa – que é um chefe de Estado e tem autoridade jurídica para isso no Vaticano – aconteceu na última terça-feira, 23 de setembro. O  polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos, havia sido núncio da Igreja Católica na República Dominicana, entre os anos de 2008 a 2013.

A imprensa do país noticiou acusações feitas a Wesolowski de estar envolvido com o abuso sexual de crianças. A partir disso, o Vaticano o chamou de volta e o submeteu a investigações. Em junho deste ano Wesolowski foi destituído do cargo de arcebispo por um tribunal na Santa Sé. Desde então, ele vivia num convento na cidade-estado, e agora, será mantido no local, em prisão domiciliar, por conta de seu frágil estado de saúde.

No caso do bispo da diocese de Ciudad Del Este, o papa Francisco optou pela remoção do Monsenhor Rogelio Livieres Plano de seu cargo por causa das acusações que constam contra ele sobre envolvimento em casos de pedofilia.

O Vaticano frisou que essa foi uma “decisão difícil, tomada por sérias razões pastorais” pelo papa, depois de uma investigação sobre o bispo, a diocese e seus seminários.

O jornalista David Willey, correspondente da BBC em Roma, afirmou que o bispo paraguaio Livieres Plano estava no centro de um escândalo que veio à tona após a promoção de um padre argentino acusado de comportamento sexual impróprio.

O afastamento de Livieres Plano não tem a mesma extensão do caso de Wesolowski, mas demonstra uma política de tolerância zero do papa Francisco contra casos de abusos sexuais de crianças por sacerdotes católicos.

Nos últimos dez anos a Igreja Católica já lidou com mais de 3,5 mil casos de pedofilia envolvendo padres, bispos e arcebispos.

Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/

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