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quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Reforma de hinário da Igreja Presbiteriana causa debates sobre existência de heresias nas músicas cristãs
Reforma de hinário da Igreja Presbiteriana causa debates sobre existência de heresias nas músicas cristãs
Uma atualização do hinário usado desde 1874 pelas Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos tem causado polêmica entre fiéis devido aos termos usados na substituição dos atuais. A última reforma no hinário presbiteriano aconteceu em 1990.
As principais críticas estão na suposta existência de heresias nos hinos, e o Comitê de Música da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos estuda alterações profundas nas letras.
Um exemplo de críticas é o hino “Jesus Walked This Lonesome Valley”, que em sua letra, diz que os fiéis devem andar sozinhos pelo vale, o que contradiria a afirmação dos Evangelhos que Jesus estaria sempre com seus seguidores. Outros críticos, mais moderados, dizem que as letras são “teologicamente questionáveis”.
Durante três anos e meio de discussões entre os membros do comitê, algumas músicas receberam sugestões de alteração, mas não foram aprovadas. Uma delas foi o hino “In Christ Alone” (Só em Cristo), que foi escrita por Keith Getty e Stuart Townend em 2001. O segundo verso diz que ‘Na cruz onde Jesus morreu / A ira de Deus foi satisfeita’. Com a revisão, a sugestão foi de adotar os termos ‘Na cruz onde Jesus morreu / O amor de Deus foi ampliado’.
Entretanto, o comitê não obteve autorização para mudar a letra, e assim, optou por deixar o hino de fora da nova edição do hinário presbiteriano.
O Professor Timothy George, diretor de Teologia da Universidade de Samford, afirma que usar artifícios de “liberalidade teológica” podem trazer graves consequências para a divulgação do Evangelho.
Segundo George, falar sobre a ira de Deus como um tabu em pregações ou hinos é uma maneira de estender uma antiga heresia do primeiro século: “Mostrar que Deus é só amor e apagar as menções ao inferno podem dar a impressão de que não há condenação”, argumenta. “No entanto, a justiça de Deus só poderia ser satisfeita pelo sacrifício expiatório de Cristo, que se revela tanto em ódio quanto em amor divino”.
Outro crítico das mudanças, o doutor Denny Burk, professor de estudos bíblicos na Universidade Boyce, constata que o liberalismo teológico é uma realidade das músicas cristãs contemporâneas, e as consequências disso são “profundas implicações teológicas”, segundo informações do site Prophecy News.
Blogueiros e colunistas de portais cristãos norte-americanos temem que aconteça com a Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos, o mesmo processo pelo qual passa a Igreja Episcopal Anglicana, que modificou seu hinário em 1982.
Na ocasião, foi banido o uso de termos masculinos para se referir a Deus como “Pai, Filho e Espírito Santo”, substituindo-os por palavras “inclusivas”, como “Criador” e “Redentor”, além de retirar termos tidos como militaristas, como “soldados” e “guerra”. Os formadores de opinião creditam a essas mudanças parte da crise pela qual a denominação Anglicana passa, com reconhecimento e ordenação de pastores gays e transgêneros.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/
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