Quando o rei Acabe acusou o profeta Elias de perturbar a nação de Israel, o profeta repreendeu corajosamente a Acabe e à sua família, por terem negligenciado os mandamentos do Senhor e terem adorado a Baal.
Tendo Elias dado ordens, Acabe convocou os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá, sustentados por Jezabel. Visto que a fome prevalecia por toda a nação, houve uma ação decisiva. Estando todo o Israel e os profetas reunidos à sua frente, no monte Carmelo, Elias corajosamente confrontou o povo com o fato de que não podiam servir a Deus e a Baal ao mesmo tempo. Os profetas de Baal foram desafiados a prevalecer com seu deus, para que este consumisse a fogo a oferenda preparada. Da manhã até o fim da tarde eles se ocuparam em vão de suas cerimônias, ao mesmo tempo que Elias ridicularizava deles, devido a seus esforços inúteis. Ato contínuo, Elias reparou o altar do Senhor, preparou o holocausto, encharcou tudo de água, e invocou a Deus para que desse a confirmação divina. A oferenda foi consumida a fogo, e todo o povo de Israel reconheceu a Deus. Imediatamente os profetas falsos foram executados diante do riacho Quisom. Depois que Elias obteve chuvas, à força de orações, advertiu a Acabe que as chuvas, desde há muito esperadas, logo teriam início. Acabe cobriu apressadamente os 24 km do trajeto até Jezreel, mas Elias chegou antes dele.
Acabe noticiou em primeira mão, a Jezabel, os eventos havidos no monte Carmelo. Sem tardança ela ameaçou Elias. Afortunadamente, fora dado a ele um prazo de vinte e quatro horas. Embora ele tivesse desafiado com destemor às centenas de profetas falsos no dia anterior, agora se precipitou para a fronteira mais próxima, a fim de abandonar Israel. Dirigindo-se para o sul, deixou seu servo em Beerseba e continuou por um dia de viagem, onde se pôs a descansar debaixo de um junípero, orando para que lhe fosse dada a morte. Um mensageiro angelical veio refrigerá-lo, e o desencorajado profeta foi instruído a continuar a caminhada até ao monte Horebe. Ali, mediante revelação divina, foi-lhe garantido que havia em Israel 7 mil que não tinham aceitado o baalismo, sendo-lhe então conferida uma tríplice comissão: ungir Hazael como rei da Síria, ungir Jeú como rei de Israel, e chamar Eliseu para ser seu próprio sucessor. Quando Elias voltou a Israel transmitiu a Eliseu a chamada divina, transferindo-lhe sua capa. Daí por diante Eliseu se tornou seu cooperador.
Fonte: A Historia de Israel no Antigo Testamento - Samuel J. Schultz - Editora Vida Nova
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