“Preparem-se para a perseguição”. Com este alerta, o evangelista Billy Graham, 96 anos, dirigiu-se aos cristãos em um artigo publicado no site de sua Associação Evangelística.
O texto de Graham, que também será publicado na revista Decisão, na edição desse mês, chama a atenção para a real possibilidade de que os cristãos norte-americanos passem a enfrentar uma perseguição como nunca viveram.
O evangelista, que completará 97 anos no próximo dia 07, destaca que os seguidores de Jesus Cristo nos Estados Unidos são conscientizados do que acontece com seus irmãos na fé ao redor do mundo, mas não sabem do que se trata na realidade.
Billy Graham vai além e fala que a “imunidade à perseguição que os cristãos dos Estados Unidos têm experimentado nos últimos dois ou três séculos é incomum”, e que pelos rumos que a sociedade norte-americana vem tomando, essa exceção vai acabar: “Como um todo, a nossa nação não sabe o que realmente é a privação. Nós não sabemos o que é sacrifício. Nós não sabemos o que é sofrimento. A perseguição deve atingir a Igreja na América, como aconteceu em outros países”, alertou.
Em tom de lamento, Billy Graham acredita que nos próximos anos, os Estados Unidos podem viver uma apostasia sem precedentes: “Uma vez que temos experimentado pouca perseguição religiosa neste país, é provável que, sob pressão, muitos negariam Cristo. Aqueles que gritam mais alto sobre a sua fé podem render-se mais rápido”, pontuou.
Sugerindo “cinco maneiras para fortalecer a si mesmo de modo que você seja capaz de se firmar diante da perseguição”, o evangelista incentivou os cristãos a aprofundarem seu relacionamento com Deus, caminhar com Ele, ler regularmente as Escrituras Sagradas, orar sempre e meditar sobre Cristo: “Hoje nossa nação se classifica como o maior poder sobre a face da Terra. Mas, se colocarmos a nossa confiança no poder das armas em vez do Deus Todo-Poderoso, o conflito que está por vir pode se voltar contra nós”.
Graham exortou os Estados Unidos a se voltarem a Deus: “A história e a Bíblia indicam que a tecnologia e bens materiais não são suficientes em tempos de grande crise”.
O artigo do evangelista é um dos primeiros alertas que reconhece a mudança cultural na sociedade norte-americana, que vê cada vez mais grupos de ateus militantes se levantando contra a liberdade religiosa, a título de impor um pensamento distorcido sobre a laicidade do Estado.
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