Por causa delas, Ulisses quase não chega ao seu destino.
O mito da sereia foi se alterando com o correr do tempo.
Chegou até a se modernizar.
No Brasil, a sereia está intimamente ligada a certos cultos populares.
Ela é lemanjá, a divindade máxima das águas.
E também Iara, a rainha dos rios.
Aqui está a evolução do mito, os vários nomes das sereias,
as transformações do corpo e as crenças dos homens nos poderes delas.
Por Bráulio do Nascimento
Por força de sua transmissão oral através dos povos, o mito adquire em cada região particularidades especiais (variantes), decorrentes da adaptação aos costumes e crenças locais. Daí a existência de versões diferentes de um mesmo mito: as Sereias, no Mediterrâneo; as Mouras encantadas, em Portugal; a Loreley, na Alemanha; Kianda, em Angola; Iemanjá, no Brasil. Ele configura se, pois, através dessas versões ou lendas. Claude Lévi Strauss considera o mito uma história contada e ao mesmo tempo um esquema lógico criado pelo homem para resolver problemas que se apresentam em planos diferentes, integrando os numa construção sistemática.
De acordo com a região do culto, Iemanjá adquire nomes diversos: Janaína, Princesa do Mar, Oloxum, Princesa do Aiocá, Sereia do Mar, Dona Maria, Rainha do Mar, Sereia Mucunã, Inaê, Dandalunda e ainda outros, resultantes da identificação com a liturgia católica: Nossa Senhora do Rosário, Virgem Maria, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Conceição da Praia, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes.
Do mesmo modo que varia o nome, variam também as formas de culto. A festa em sua homenagem na Bahia é a 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias. No Rio de Janeiro, a 31 de dezembro, na passagem do ano.
FONTE: http://www.imagick.org.br
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