O NATAL DE DEUS
Jorge Humberto, 2012-12-12
Recentemente, num semanário no nosso país, li um artigo que fazia
referência a uma análise estatística, realizada no âmbito dos países da União Europeia,
sobre os gastos que seriam feitos no período do Natal de 2012. De acordo com o
referido artigo, os portugueses, apesar da crise em que vivem, e da que se
perspectiva para 2013, e de todas as condicionantes socioeconômicas, irão
gastar mais do que os holandeses e, pela primeira vez em décadas, gastarão um
pouco menos do que os alemães. O autor do artigo concluía a análise das projeções
com dois argumentos que, no meu entender, são bastante provocatórios: ou os
alemães desvalorizavam o valor do Natal, ou então os portugueses desvalorizavam
o valor do dinheiro e, por isso, o gastam acima das suas reais possibilidades.
Sem querer entrar numa análise sociológica sobre a importância que o
Natal e o dinheiro têm na perspectiva cultural dos vários povos da União
Europeia, na perspectiva bíblia, a visão de que celebrar bem o Natal é
proporcional ou está diretamente ligado à importância financeira que se
despende em função do mesmo, é um total absurdo, é uma desconstrução da
verdadeira essência do Natal e não tem o menor fundamento. Lamentavelmente,
esta tem sido, de facto, a visão que a cultura ocidental tem mantido acerca do
Natal, uma visão secularizada, consumista, materialista, e que tem vindo a
esvaziar o verdadeiro significado do Natal da sua essência. Para que haja uma
restauração do valor do Natal, este paradigma de desvalorização do Natal de
Deus tem que ser totalmente abandonado.
O Natal de Deus, conforme revelado nas escrituras, não nos leva às finas
iguarias, nem às mesas fartas, e muito menos às “catedrais de consumo”, nem tão
pouco ao sentimento ilusório de uma satisfação psicológica provocada pelo
ofertar ou o receber de um presente. O Natal de Deus, de acordo com o texto
bíblico de Lucas 2, leva-nos sim a Belém, à cidade de David, o lugar determinado
por Deus para nascer o Salvador. O Natal de Deus leva-nos à humildade, à paz, à
gratidão, ao louvor e à adoração. Mas acima de tudo, o Natal de Deus,
remete-nos para uma vida diária de identificação e de compromisso com Salvador.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está
sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6
Um Feliz Natal para todos e um Feliz Ano Novo repleto das bênçãos de Deus
Pr. Jorge Humberto
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