quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Entrevista com Líderes Cristãos



The Noite (24/12/14) - Entrevista com Líderes Cristãos


Alguns já noticiaram esse acontecimento no programa do Danilo, mas ainda em tempo, deixo aqui a postagem do acontecimento.


Danilo bate um papo do bem com três líderes cristãos. O Padre Zezinho, da Igreja Católica Romana, o Pastor ED René da Igreja Batista e com Padre Basílio, que é da Igreja Ortodoxa Grega. 


Parabéns ao pastor Ed Rene Kivitz



FELIZ 2015 / FELIZ ANO NOVO


Para mim, todos os dias são iguais.

"Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente". (Romanos 14:5)


Mas, neste novo ano de 2015, desejo para você e sua família todas as bençãos de Deus.



Pastor Charles Maciel Vieira

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A INDUSTRIA DOS REMÉDIOS E SUA VIDA - OS REMÉDIOS MATAM VOCÊ AOS POUCOS

Recebi via Facebook.com

Aos 30 anos, você tem uma depressãozinha, uma tristeza meio persistente: prescreve-se FLUOXETINA.A Fluoxetina dificulta seu sono. Então, prescreve-se CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. 

Volta ao doutor.Ele nota que você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA.A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda. Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da “batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, prescreve-lhe LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia.Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito. Como o doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um “Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento!Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica. 

Você começa a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam), pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL + DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.
Os sintomas somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está embaixo dos pés.

Para o doutor da medicina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL, escolha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça, palpitação, vermelhidão e coriza. Não há problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você tomar antes do sexo. Se precisar, instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.

Quando tudo parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar com o dentista. Nessa mesma época, outra constatação: sua memória está falhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.

Nos exames de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde(?!).

Aos 40 e poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL, POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL, VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam), GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de ser saudável!). Mil reais por mês! E sem saúde!!!
Entretanto, você ainda continua deprimido, cansado e engordando. O doutor, de novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”). Porém, outro contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde. Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melhora, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada!

Vou parar por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde.

Essa história termina com uma situação cada vez mais comum: a DERROCADA EM BLOCO da sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer. Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado.

Sem grana, triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e... DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!).

A indústria farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença (ou à doença plantada passo-a-passo em sua vida).

Dr. Carlos Bayma
Original em: http://www.drbayma.com/tag/carlos-bayma/
Foto de Katia Farago

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

“Êxodo: deuses e reis”: sucesso nas bilheterias puxa fila de novos “filmes bíblicos”


O longa-metragem épico “Êxodo: deuses e reis”, estreou nos Estados Unidos liderando a bilheteria e desbancando o blockbuster “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1”.

O filme que narra a luta do povo hebreu para ser liberto do tempo de cativeiro no Egito e a fuga através do Mar Vermelho acumula, até a última atualização, mais de US$ 38,9 milhões. Somente no fim de semana de estreia nos Estados Unidos o valor alcançou US$ 24,1 milhões.

No Brasil, a estreia está prevista para acontecer no feriado de Natal, dia 25 de dezembro, mas algumas salas já exibiram sessões de pré-estreia.

Dirigido por Ridley Scott, o filme esbanja da liberdade artística para dar forma à narrativa bíblica das pragas, da batalha entre hebreus e egípcios, e ao encontro entre Moisés e Deus na sarça ardente.

De acordo com o jornalista Marcelo Perrone, do jornal Zero Hora, o diretor “reforça a atemporalidade de questões ancestrais como a luta contra a tirania e o embate entre razão e fé”, e aproveita para destacar que “os grandes movimentos transformadores empreendidos pelo homem em sua história foram forjados a ferro, fogo e sangue”.

Hollywood bíblica
Outros filmes de temática bíblica estão sendo produzidos pelos estúdios de Hollywood, com previsão de estreia a partir do próximo ano.

Os produtores descobriram que, além da natural atração das pessoas por ver nas telas personagens conhecidos da Bíblia Sagrada, existe ainda uma riqueza narrativa grandiosa nos relatos das Escrituras.

“Golias” é um dos filmes que estão sendo produzidos, além de “Maria”, que contará a história da virgem que trouxe o Filho de Deus ao mundo; “Jesus de Nazaré”, que deverá ser dirigido pelo polêmico Paul Verhoeven e pretende mostrar Jesus como o fruto de um estupro de um soldado romano; e por fim, “Pôncio Pilatos”, escrito pela roteirista brasileira Vera Blasi.


Fonte:  http://noticias.gospelmais.com.br/

Padre instala bloqueador de celular na igreja para impedir que fiéis usem smartphones durante a missa


Um padre se cansou da distração dos fiéis e das constantes interrupções da missa por causa do uso de smartphones em sua igreja e resolveu instalar um bloqueador de sinal no templo.

A medida extrema foi tomada pelo padre Michele Madonna, responsável pela Igreja Santa Maria di Montesanto, em Nápoles, na Itália.

O padre Michele (em italiano, esse nome é unissex) perdeu a paciência após apelar inúmeras vezes que os fiéis demonstrassem reverência à homilia e gastou € 40 para instalar o bloqueador.

De acordo com informações do jornal Daily Mail, a iniciativa teve um efeito colateral: o bloqueador escolhido era tão forte que interrompia o sinal nos imóveis vizinhos.

Proprietários da lojas que ficam nos arredores da igreja estão exigindo que o padre remova o aparelho pois sem sinal, não conseguem realizar vendas com máquinas de cartões de crédito e débito.

O padre contra-argumenta dizendo que não podia deixar barato o incômodo causado pelos fiéis ao ignorar avisos e atender os celulares até mesmo durante funerais. Além disso, reconhece o descontentamento dos vizinhos, mas diz que recebeu o aval da Polícia para instalar o bloqueador, e portanto, não estaria fazendo nada de errado.

Do outro lado, os comerciantes afirmam que não estão conseguindo vender justamente na época de maior movimento de todo o ano.

Oposto
Uma igreja em Saint Paul, na Grã-Bretanha tomou uma iniciativa inusitada e na contramão da linha adotada pelo padre Michele em relação ao uso de smartphones e tablets.

Para atrair jovens afastados, a igreja passou a permitir e incentivar o uso das redes sociais durante os sermões, e com isso, dobrou o número de frequentadores nos últimos cinco anos.

A ideia é que os jovens tuitem sobre o culto e simultaneamente, através do uso de hashtags (jogo da velha), as mensagens apareçam nos telões da igreja.

“Os jovens frequentam cada vez menos as igrejas do nosso país, e por isso, usar redes sociais como Twitter, Facebook e Youtube é uma forma de nos envolvermos com esta nova geração”, afirmou Andrew Aldem, um dos responsáveis pela ideia.


sábado, 20 de dezembro de 2014

Arqueólogos localizam pedra com inscrição que comprova a existência de Davi e seu reinado em Israel


Uma descoberta arqueológica recente passou a ser considerada por especialistas como uma comprovação da existência de Davi e seu reinado sobre Israel séculos atrás. A rocha encontrada em Israel está em exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York (EUA).

Medindo 13 x 16 centímetros, a peça tem linhas de texto legíveis, e um trecho do texto que menciona o rei Davi descreve sua dinastia como “extraordinária”. Análises realizadas no artefato estimam que ela tenha sido entalhada no ano 850 a. C., aproximadamente 150 anos após o período em que o salmista reinou sobre Israel.

De acordo com o The Blaze, a peça seria oriunda da região de Tel Dan, no norte de Israel, e teria sido encomendada para a comemoração das conquistas do rei sírio Hazael, inimigo dos reinos de Israel e Judá, e autoproclamado assassino de Jorão, rei de Israel, e Ahaziahu, rei da “Casa de Davi” (ou Judá).

“Não há dúvidas que a inscrição é um dos artefatos mais importantes já encontrados em relação à Bíblia”, afirmou Eran Arie, curador no Museu de Israel. A mesma posição foi tomada pela Agência Telegráfica Judaica (JTA, na sigla em inglês) que definiu a rocha como “a mais antiga referência extrabíblica” ao rei Davi.

Eran Arie acrescentou ainda que a inscrição com o nome de Davi é uma clara indicação de que a “’Casa de Davi’ era conhecida em toda a região e que a reputação do rei não foi uma invenção literária” de um período histórico posterior.


Em maio deste ano, a descoberta arqueológica da lendária cidadela dominada pelo rei Davi durante sua conquista de Jerusalém já havia trazido indícios de que o salmista havia realmente existido e liderado o povo hebreu.

“Esta é a cidadela do Rei Davi, esta é a cidadela de Sião, que o rei Davi tomou dos jebuseus. Podemos comparar todo o local com a Bíblia, perfeitamente”, anunciou à época o arqueólogo Eli Shukron, ex-funcionário da Autoridade de Antiguidades de Israel.


Fonte:  http://noticias.gospelmais.com.br/

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Com intermédio do papa Francisco, Estados Unidos e Cuba reatam relações diplomáticas

Obama e Raul Castro

A Guerra Fria enfim, acabou. Foi desta maneira que muitos analistas políticos comentaram o anúncio da retomada das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba após 53 anos. A volta do diálogo foi intermediada pelo papa Francisco, que recebeu o presidente Barack Obama no Vaticano e enviou cartas aos líderes cubanos.

O rompimento das relações entre os dois governos aconteceu em 1961, quando os Estados Unidos fechou sua Embaixada em Cuba como reação à aproximação do país da União Soviética e à ascensão do governo comunista na ilha.

Posteriormente, os Estados Unidos declararam embargo econômico a Cuba, impondo ao país um isolamento significativo. “Não é só uma frase de efeito, mas a Guerra Fria acabou hoje [ontem] às 15h01″, afirmou o jornalista Fernando Morais, autor do livro “A Ilha”, em entrevista à Folha de S. Paulo.

O momento histórico para o continente americano foi anunciado com menções enfáticas ao pontífice católico. “Quero agradecer particularmente à Sua Santidade, o papa Francisco, por demonstrar com seu exemplo moral, a importância de se lutar por um mundo como ele deveria ser, não como ele é”, disse Obama.

O presidente cubano, Raul Castro, também mencionou o intermédio feito pelo líder católico, agradecendo “as gestões do Vaticano, especialmente do papa Francisco”.

Com a volta do diálogo, a reabertura da Embaixada norte-americana em Havana e a permissão da retomada do turismo na ilha, é possível que a economia de Cuba dê um salto de crescimento significativo por conta do turismo. O embargo econômico não chega ao fim automaticamente pois existem leis nos Estados Unidos que impedem as relações comerciais entre os dois países.

“Por causa da curta distância entre os países, o turismo ficará ainda mais fácil. Com esses 6 milhões a mais de americanos, estima-se um aumento na economia de US$ 15 bilhões, cifra que representa 25% do PIB de Cuba […] O anúncio foi inesperado. Finalmente Obama fez jus ao prêmio Nobel que ganhou. O reatamento das relações vai produzir uma mudança imediata na economia cubana. A viagem de avião entre Miami e Havana leva 18 minutos. Certamente eles vão colocar ferryboat para as pessoas irem de carro. É uma revolução. É importante”, comentou Fernando Morais.


Com o anúncio da retomada do diálogo entre os dois países, o papa Francisco manifestou “viva satisfação” com a atitude das autoridades de Estados Unidos e Cuba em buscar medidas que tenham como “objetivo superar, em nome do interesse de seus respectivos cidadãos, as dificuldades que marcaram suas histórias recentes”.

A aproximação entre Obama e Castro teve seu primeiro registro público há um ano, durante o funeral de Nelson Mandela, na África do Sul, quando os dois presidentes se encontraram e se cumprimentaram cordialmente, marcando o primeiro contato entre os mandatários de Estados Unidos e Cuba após 52 anos.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

III (De como os nomes de Jesus e de Cristo já eram conhecidos desde a antigüidade e honrados pelos profetas inspirados por Deus) - Historia Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia


III
(De como os nomes de Jesus e de Cristo já eram conhecidos desde a antigüidade e honrados pelos profetas inspirados por Deus)

1. É chegado o momento de demonstrar que também entre os antigos profetas, amigos de Deus, já se honravam os nomes de Jesus e de Cristo.

2. Moisés mesmo foi o primeiro a conhecer o nome de Cristo como o mais augusto e glorioso quando fez entrega de figuras, símbolos e imagens misteriosos das coisas do céu, conforme a voz que lhe dizia: Vê pois, farás todas as coisas segundo o modelo que te foi mostrado no monte ; e celebrando ao sumo sacerdote de Deus tanto quanto é possível a um homem, proclama-o "Cristo" . A esta dignidade do supremo sacerdócio, que para ele ultrapassa a qualquer dignidade dos homens, sobre a honra e a glória, adiciona o nome de Cristo. Portanto, ele conhecia o caráter divino de Cristo.

3. Mas o mesmo Moisés, por obra do espírito divino, conhecia de antemão bem claramente também o nome de Jesus, considerando-o mesmo digno de um privilégio único. Na verdade, nunca se havia pronunciado este nome entre os homens antes de ser conhecido por Moisés. Este aplica o nome de Jesus pela primeira e única vez àquele que, novamente conforme a figura e o símbolo, ele sabia que viria a sucedê-lo depois de sua morte no comando supremo .

4. Nunca antes seu sucessor havia usado o nome de Jesus, mas era chamado por outro nome, Ausé, exatamente o que lhe haviam dado seus pais . Moisés deu-lhe o nome de Jesus como um privilégio precioso, muito maior do que o de uma coroa real. Deu-lhe este nome porque, em realidade, o próprio Jesus, filho de Navé, era portador da imagem de nosso Salvador, o único que, depois de Moisés e depois de haver concluído o culto simbólico por ele transmitido, o sucederia no comando da verdadeira e sólida religião.

5. E desta maneira Moisés, dando-lhes a maior honra, aplicou o nome de Jesus Cristo nosso Salvador aos dois homens que, segundo ele, mais sobressaíam em virtude e glória sobre todo o povo, a saber, o sumo sacerdote e aquele que haveria de sucedê-lo no comando.

6. Está claro também que os profetas posteriores anunciaram a Cristo por seu nome e deram testemunho adiantadamente, não apenas da conspiração do povo judeu que seria levantada contra Ele, mas também do chamamento que Ele faria a todas as nações. Uma vez será Jeremias, quando assim diz: O espírito de nosso rosto, o Cristo Senhor, de quem havíamos dito: "A sua sombra viveremos entre os povos ", caiu preso em sua armadilhas . Outra vez será Davi, que exclama perplexo: Por que se amotinaram as nações e os povos imaginaram planos vãos? Levantaram-se os reis da terra e os príncipes se uniram contra o Senhor e seu Cristo ; e logo acrescenta, falando na própria pessoa de Cristo: O Senhor me disse: Tu és meu filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações em herança e os confins da terra em possessão  .

7. Mas, deve-se saber que, entre os hebreus, o nome de Cristo não era ornamento apenas dos que estavam investidos do sumo sacerdócio e eram ungidos simbolicamente com óleo preparado, mas também dos reis, que eram ungidos pelos profetas por inspiração divina e faziam deles imagens de Cristo, pois efetivamente estes reis já levavam em si mesmos a imagem do poder real e soberano do único e verdadeiro Cristo, Verbo divino, que reina sobre todas as coisas.

8. Além disso, a tradição nos faz saber igualmente que também alguns profetas foram convertidos em Cristos, figuradamente, por meio da unção com o óleo , de forma que todos estes fazem referência ao verdadeiro Cristo, o Verbo divino e celestial, único sumo Sacerdote do universo, único rei de toda a criação e, entre os profetas, único sumo Profeta do Pai.

9. Prova disto é que nenhum dos que antigamente foram ungidos simbolica¬mente: nem sacerdotes, nem reis, nem profetas, possuíram tão alto poder de virtude divina como está demonstrado que possuiu Jesus, nosso Salvador e Senhor, o único e verdadeiro Cristo.

10. Ao menos nenhum deles, por mais que brilhasse por sua dignidade e por sua honra entre os seus em tantas gerações, deu jamais o nome de cristãos aos seus súditos, aplicando-lhes figuradamente o nome de Cristo. Nem tampouco seus súditos renderam-lhes a honra de culto, nem foi de nenhum deles a disposição de que após a sua morte estivessem preparados para morrer pelo mesmo a quem honravam. E por nenhum deles houve tamanha comoção de todas as nações do vasto mundo. E assim é, que a força do símbolo que havia neles era incapaz de operar como operou a presença da verdade demonstrada através de nosso Salvador.

11. Este não tomou de ninguém os símbolos e figuras do sumo sacerdócio, nem descendia, quanto à carne, de família sacerdotal, nem foi elevado à dignidade real por um corpo de guarda composto de homens; nem mesmo foi um profeta igual aos de antigamente nem obteve entre os judeus nenhuma precedência de honra ou de qualquer outro tipo; e, ainda assim, está adornado pelo Pai de todas estas prerrogativas, e não por figura, mas em verdade mesmo.

12. Assim, sem ter sido objeto de nada semelhante ao que descrevemos, está proclamado Cristo com mais razão que todos aqueles, e sendo Ele mesmo o único e verdadeiro Cristo de Deus, encheu o mundo inteiro de cristãos, isto é, de seu nome realmente venerável e sagrado. Já não são figuras e imagens o que Ele entrega a seus seguidores, mas as próprias virtudes em sua pureza e uma vida no céu com a própria doutrina da verdade.

13. E a unção que recebeu não foi preparada com substâncias materiais, mas algo divino pelo Espírito de Deus, por sua participação na divindade incriada do Pai. É justamente isto que ensinava Isaías quando clamava, como se o fizesse com a própria voz de Cristo: O Espírito do Senhor está sobre mim, por isto me ungiu: enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, a apregoar aos cativos a liberdade e aos cegos o ver de novo .

14. E não apenas Isaías. Também Davi dirige-se ao mesmo Cristo e lhe diz: Teu trono é, ó Deus, eterno e para sempre; o cetro do teu reino, cetro de retidão. Amaste a justiça e odiaste a maldade, por isso te ungiu Deus, o teu Deus, com óleo de alegria, mais que aos teus companheiros . Aqui, o primeiro versículo do texto o chama Deus; o segundo honra-o com o cetro real.

15. Em continuação, depois de seu poder divino e real, mostra o mesmo Cristo, em terceiro lugar, ungido não com o óleo que procede de matéria física, mas com o óleo divino da alegria, representando sua excelência, sua superio¬ridade e sua diferença em relação aos antigos, ungidos mais corporeamente e figuradamente.

16. Em outra passagem, o mesmo Davi revela as coisas que se referem a Cristo com estas palavras: Disse o Senhor ao meu senhor: Senta-te à minha destra enquanto ponho teus inimigos sob os teus pés . E também: Do meu seio te criei antes do alvorecer. Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque .

17. Pois bem, este Melquisedeque aparece nas Sagradas Escrituras como sacerdote do Deus Altíssimo  sem que fosse assinalado com algum óleo preparado e sem que fosse aparentado com o sacerdote hebreu por sucessão hereditária alguma. Por isso é que nosso Salvador é proclamado com juramento Cristo e Sacerdote segundo sua ordem e não segundo a de outros, que haviam recebido símbolos e figuras.

18. E por isso que a história tampouco nos transmitiu que Cristo tivesse sido ungido corporeamente entre os judeus, nem que tivesse nascido de uma tribo sacerdotal, pelo contrário, que recebeu seu ser de Deus mesmo antes do alvorecer, isto é, antes da criação do mundo, e que tomou posse de um sacerdócio imortal e duradouro pela eternidade sem fim.

19. Uma prova sólida e patente desta unção incorpórea e divina é que, de todos os homens de seu tempo e dos que se seguiram até hoje, unicamente Ele, entre todos e no mundo inteiro, foi chamado e proclamado Cristo; somente a Ele reconhecem sob este nome, dão testemunho d'Ele e se recordam d'Ele todos, tanto gregos quanto bárbaros; e até hoje seus seguidores, espalhados por toda a terra habitada, seguem dando-lhe honras de rei, honrando-o mais do que aos profetas e glorificando-o como o verdadeiro e único sumo Sacerdote de Deus, e acima de tudo isto, por ser Verbo de Deus, preexistente e nascido antes de todos os séculos, e por haver recebido do Pai as honras divinas, adoram-no como a Deus.

20. E o que é mais extraordinário: que aqueles que a Ele estamos consagrados não somente o honramos com a voz e com palavras, mas também com a plena disposição da alma, ao ponto de estimar mais o martírio por Ele do que nossa própria vida.


Fonte: História Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia

II [Resumo da doutrina sobre a preexistência de Nosso Salvador e Senhor, o Cristo de Deus, e da atribuição da divindade] - História Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia


II
[Resumo da doutrina sobre a preexistência de Nosso Salvador e Senhor, o Cristo de Deus, e da atribuição da divindade]

1. Sendo a índole de Cristo dupla: uma, semelhante à cabeça do corpo, e por esta o reconhecemos como Deus, e outra, comparável aos pés, mediante a qual, e para nossa salvação ele se revestiu de homem, sujeito ao mesmo que nós, nossa exposição a seguir será perfeita se iniciarmos o discurso de toda sua história partindo dos pontos principais e dominantes. Deste modo, a antigüidade e o caráter divino dos cristãos ficará patente aos olhos de todos que pensam que [o cristianismo] é algo novo, estranho, de ontem e não de antes.

2. Nenhum tratado poderia bastar para explicar em pormenores a própria substância e natureza de Cristo, por isso o Espírito divino diz: Sua linhagem, quem a narrará? ; pois na verdade ninguém conheceu o Pai senão o Filho, e ninguém conheceu alguma vez ao Filho, segundo sua dignidade, se não o próprio Pai que o engendrou. 

3. E quem, a não ser o Pai, poderia conceber sem impureza a luz que é anterior ao mundo e a sabedoria inteligente e substancial que precedeu aos séculos,  o Verbo vivente no Pai e que desde o princípio é Deus, o primeiro e único que Deus engendrou antes de toda a criação e de toda a produção de seres visíveis e invisíveis, o general do exército espiritual e imortal do céu, o anjo do grande conselho, o servidor do pensamento inefável do Pai, o fazedor de todas a coisas junto ao Pai, a causa segunda de tudo depois do Pai, o Filho de Deus, genuíno e único, o Senhor, o Deus e Rei de todos os seres, que recebeu do Pai a autoridade soberana e a força, junto com a divindade, o poder e a honra? Porque, em verdade, segundo o que dizem d'Ele os misteriosos ensinamentos das Escrituras: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada foi feito. 

4. E isto mesmo que ensina o grande Moisés, como o mais antigo dos profetas, ao descrever, sob a inspiração do espírito divino, a criação e a ordenação do universo: o criador e fazedor do universo cedeu a Cristo e apenas a Cristo, seu divino e primogênito Verbo, o fazer os seres inferiores; e com Ele o vemos conversando acerca da formação do homem; Disse também Deus: Façamos o homem à nossa imagem e à nossa semelhança? 

5. Fiador desta sentença é outro profeta, ao falar assim de Deus em certa passagem de seus hinos: Pois ele falou, e foi feito; ele ordenou, e foi criado.  Introduz aqui o Pai e criador dispondo com gesto régio, na qualidade de soberano absoluto, e o Verbo divino, não outro que o mesmo que nos foi anunciado, como segundo depois d'Ele e ministro executor das ordens paternas.

6. A este já desde o alvorecer da humanidade, todos quantos nos foi dito que sobressaíram por sua retitude e sua religiosidade: os companheiros do grande servidor Moisés, e antes dele Abraão, o primeiro, assim como seus filhos e todos que se mostraram justos e profetas, ao contemplá-lo com os olhos límpidos de sua inteligência, o reconheceram e renderam-lhe o culto devi¬do como o Filho de Deus.

7. E Ele mesmo, sem desviar em nada de sua piedade para com o Pai, tornou-se para todos o mestre do conhecimento do Pai. E assim lemos que o Senhor Deus foi visto por Abraão, que estava sentado no carvalhal de Manré, sob a forma de um homem comum.  Abraão se prostra de pronto e, ainda que o olhe com seus olhos de homem, ainda assim o adora como Deus, suplica-lhe como Senhor e confessa saber de quem se tratava, ao dizer textualmen-te: Senhor, tu que julgas toda a terra, não vais fazer justiça? 

8. Porque, se nenhuma razão pode admitir que a substância não criada e imutável de Deus todo-poderoso se transforme na forma de homem, nem que com a aparência de homem criado engane os olhos dos que o vêem, nem que a Escritura forje enganosamente tais coisas, um Deus e Senhor que julga toda a terra e faz justiça, e que é visto sob a aparência de homem, nem se permitindo dizer que se trata da causa primeira do universo, que outro poderia ser proclamado como tal, senão seu único e preexistente Verbo? Sobre ele também se diz nos salmos: Mandou seu Verbo e os sanou e os livrou de sua corrupção .

9. Moisés o proclama claramente segundo Senhor depois do Pai quando diz: Fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor sobre Sodoma e Gomorra . Também a Sagrada Escritura o proclama Deus quando apareceu a Jacó na figura de um homem e falou a ele dizendo: Já não te chamarás Jacó, e sim, Israel, pois lutaste com Deus , e então Jacó chamou àquele lugar "Visão de Deus", dizendo: Porque vi Deus face a face, e a minha vida se salvou .

10. E não se pode supor que estas aparições divinas mencionadas sejam de anjos inferiores e servidores de Deus, pois quando algum destes aparece aos homens, não se cala a Escritura, mas chama-os por seu nome, não Deus nem sequer Senhor, mas anjos, como é fácil provar com incontáveis passagens.

11. E a este Verbo, Josué, sucessor de Moisés, depois de havê-lo contemplado não de outra maneira que em forma e figura de homem também, chama-o príncipe do exército de Deus , como fazendo-o chefe dos anjos e arcanjos do céu e dos poderes superiores, e como sendo poder e sabedoria do Pai  e a quem foi confiado o segundo posto do reinado e do principado sobre todas as coisas.

12. Porque está escrito: Estando Josué perto de Jericó, levantando os olhos, viu diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos adversários? Respondeu ele: Eu sou o general do exército do Senhor; acabo de chegar. Então Josué se prostrou sobre o seu rosto na terra e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo ? Respondeu o general do exército do Senhor a Josué: Descalça as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo .

13. De onde, partindo das próprias palavras, observarás que este é o mesmo que se revelou a Moisés, pois efetivamente a Sagrada Escritura refere-se a ele nos mesmos termos: Vendo o Senhor que ele se aproximava para ver, o Senhor, do meio da sarça, o chamou, e disse: Moisés, Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui. E disse o Senhor: não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. E lhe disse: Eu sou o Deus de teu pai, Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó .

14. E que ao menos há uma substância anterior ao mundo, viva e subsistente, que serviu de ajuda ao Pai e Deus do universo na criação de todos os seres, chamada Verbo de Deus e Sabedoria. Além das provas expostas, nos foi dado ouvi-lo da própria Sabedoria em pessoa que, pela boca de Salomão, nos inicia claramente em seu próprio mistério: Eu, a Sabedoria, plantei minha lenda no conselho e invoquei o conhecimento e a inteligência; por meu intermédio reinam os reis, e os potentados administram justiça; por meu intermédio os grandes são engrandecidos; e por meu intermédio os soberanos dominam a terra .

15. Ao que acrescenta: O Senhor me criou como princípio de seus caminhos em suas obras, antes dos séculos assentou meus fundamentos. No princípio, antes que fizesse a terra, antes que brotassem as fontes das águas, antes de firmar os montes e antes de todos os outeiros, engendrou a mim. Quando preparava os céus, eu estava com Ele; e quando tornava perenes os mananciais que estão sob o céu, eu estava com Ele a dirigir. Eu me sentava ali onde a cada dia Ele se agradava e me encantava estar diante d'Ele em toda ocasião, quando Ele se congratulava por ter terminado o universo .

16. Brevemente pois, está exposto que o Verbo divino existia antes de tudo, e também a quem apareceu, já que não o fez a todos.

17. Mas por que não foi isto ensinado antes, antigamente, a todos os homens e a todas as nações, assim como é agora? Talvez possa explicá-lo esta resposta: a vida primitiva dos homens era incapaz de encontrar um lugar para o ensinamento de Cristo, todo sabedoria e virtude.

18. De fato, logo no início, depois de seu primeiro tempo de vida feliz, o primeiro homem se afastou dos mandamentos divinos e lançou-se nesta vida mortal e perecível, trocando as delícias divinas do começo por esta terra maldita.
E seus descendentes povoaram toda nossa terra, e com exceção de uns poucos aqui e ali, foram manifestamente degenerando e chegaram a ter uma conduta própria de animais e uma vida intolerável .

19. Não lhes ocorria sequer pensar em cidades, nem em normas, nem em artes, nem em ciências. De leis e juízos, assim como da virtude e da filosofia não conheciam nem o nome. Como gente rude e selvagem, levavam vida nômade por lugares desertos. Com a excessiva maldade a que livremente se entregaram, corrompiam o raciocínio natural e toda semente de inteligência e j suavidade próprias da alma humana. E a tal ponto se entregavam sem reservas a toda iniqüidade, que por vezes se corrompiam mutuamente, às vezes se matavam uns aos outros, ocasionalmente praticavam a antropofagia, levaram sua ousadia até a combater contra Deus e travar estas guerras de gigantes por todos conhecidas, e pensaram em fortificar a terra contra o céu e preparar-se, em seu louco desvario, para fazer guerra àquele que está sobre tudo.

20. Aos que levavam tal vida, Deus, que tudo controla, perseguiu com inun¬dações e incêndios devastadores, como se fossem uma floresta selvagem espalhada pela terra, e os abateu com fomes contínuas, com pestes e guerras, e ainda fulminando-os do alto, como se com estes remédios tão amargos tentasse eliminar uma espantosa e gravíssima enfermidade das almas.

21. Então pois, quando estavam realmente a ponto de chegar ao estupor da maldade, como o de uma tremenda embriaguez que obscurecesse e afundasse em trevas as almas de quase todos os homens, a Sabedoria de Deus, sua primeira e primogênita criatura, o próprio Verbo preexistente, por um excesso de amor aos homens, se manifestou aos seres inferiores, algumas vezes por meio de visões de anjos e outras por si mesmo, como poder salvador de Deus, a alguns poucos dos antigos varões amigos de Deus, e não de outra maneira que em forma de homem, a única em que poderia aparecer para eles.

22. Mas uma vez que, por meio destes, a semente da religião se estendeu a uma multidão de homens, e surgiu dos primeiros hebreus da terra uma nação inteira que se apegou à religião, Deus, por meio do profeta Moisés, entregou a estes, como a homens que continuavam em seu antigo estilo de vida, imagens e símbolos de certo misterioso sábado e da circuncisão, e iniciou-os em outros preceitos espirituais, mas não revelou-lhes o próprio mistério.

23. Mas a sua lei ficou famosa, e como uma brisa perfumada difundiu-se entre os homens. Então, a partir deles, as mentes da maioria dos povos se foi suavizando por influência de legisladores e filósofos daqui e d'acolá, e a própria condição de animais rudes e selvagens foi-se transformando em suavidade, ao ponto de chegarem a uma paz profunda, amizade e trato de uns com os outros. Pois bem, assim é que finalmente, no início do império romano e por meio de um homem que em nada diferia de nossa natureza quanto à substância corporal, se manifestou a todos os homens e a todas as nações espalhadas pelo mundo considerando-os preparados e dispostos já a receber o conhecimento do Pai, aquele mesmo mestre de virtudes em pessoa, o colaborador do Pai em toda boa obra, o divino e celestial Verbo de Deus, e tão grandes coisas realizou e padeceu quantas se achavam nas profecias; estas haviam proclamado de antemão que um homem e Deus ao mesmo tempo viria a habitar nesta vida e realizaria maravilhas e seria reconhecido como mestre da religião de seu Pai para todas as nações; também haviam proclamado a maravilha de seu nascimento, a novidade de seus ensinamentos, suas obras admiráveis e, como se isto fosse pouco, a forma de sua morte, sua ressurreição de entre os mortos e sobretudo sua divina restauração nos céus.

24. Quanto ao reinado final do Verbo, o profeta Daniel, contemplando-o sob influência do espírito divino, sentiu-se divinamente inspirado e descreveu assim, bem ao estilo humano, sua visão: Porque eu - disse - estava olhando até que foram colocados tronos, e um ancião de muitos dias se assentou. E sua roupa era alva como a neve, e seu cabelo como lã limpa; seu trono era uma chama de fogo, e suas rodas, fogo ardente. Um rio de fogo brotava diante d'Ele e milhares de milhares o serviam e miríades e miríades estavam diante d'Ele. Sentou-se o tribunal e se abriram os livros .

25. Após poucas linhas continua dizendo: Eu estava olhando, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem que dirigiu-se ao Ancião de muitos dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio e glória e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, não passará, e o seu reino não será destruído .

26. Pois bem, está claro que todas estas coisas não poderiam referir-se a outro que a nosso Salvador, ao Deus-Verbo, que no princípio estava em Deus e que, por causa de sua encarnação nos últimos tempos, foi chamado Filho do homem.

27. Mas fiquemos contentes com o que foi dito, para a presente obra, pois em comentários especiais já reuni as profecias que tangem a Jesus Cristo, nosso Salvador, e em outros escritos dei uma melhor demonstração de tudo que expusemos acerca d'Ele.


Fonte: História Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia

I (Propósito da obra) - Historia Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia


I

(Propósito da obra)


1. É meu propósito consignar as sucessões dos santos apóstolos e os tempos transcorridos desde nosso Salvador até nós; o número e a magnitude dos feitos registrados pela história eclesiástica e o número dos que nela se sobressaíram no governo e presidência das igrejas mais ilustres, assim como o número daqueles que em cada geração, de viva voz ou por escrito, foram os embaixadores da palavra de Deus; e também quantos, quais e quando, absorvidos pelo erro e levando ao extremo suas fantasias, proclamaram publicamente a si mesmos introdutores de um mal-chamado saber  e devastaram sem piedade, como lobos cruéis , o rebanho de Cristo;



2. e mais, inclusive as desventuras que se abateram sobre toda a nação judia depois que concluíram sua conspiração contra nosso Salvador, assim como também o número, o caráter e o tempo dos ataques dos pagãos contra a divina doutrina, e a grandeza de quantos por ela, segundo a ocasião, enfrentaram o combate em sangrenta tortura; também os martírios de nosso próprio tempo e a proteção benévola e propícia de nosso Salvador. Ao empreender a obra não tomarei outro ponto de partida que o princípio dos desígnios de nosso Salvador e Senhor Jesus, o Cristo de Deus.



3. Mas, por isso mesmo, a obra pede a compreensão benevolente para mim, que declaro ser superior a nossas forças apresentar acabado e inteiro o prometido, posto que somos até agora os primeiros a abordar o tema, como quem enfrenta um caminho deserto e sem pistas. Rogamos ter a Deus como guia e o poder do Senhor como colaborador, porque de homens que nos tenham precedido por este mesmo caminho, na verdade, não conseguimos encontrar uma simples pegada; apenas, se tanto, pequenos indícios através dos quais, cada um a sua maneira, nos deixaram como herança relatos parciais dos tempos transcorridos e de longe nos estendem como tochas suas próprias palavras; desde lá em cima, como de uma atalaia distante, nos chamam e nos mostram por onde se deve caminhar e por onde devemos encaminhar os passos da obra sem erro e sem perigo.



4. Para tanto nós, depois de reunir o que achamos de aproveitável para nosso tema daquilo que estes autores mencionam aqui e ali, e colhendo, como de um prado espiritual, as frases oportunas dos velhos autores, tentaremos dar corpo a uma trama histórica e estaremos satisfeitos por poder preservar do esquecimento as sucessões, se não de todos os apóstolos de nosso Salva¬dor, ao menos dos mais importantes nas Igrejas mais ilustres que ainda hoje são lembradas.



5. Acredito que é de toda forma necessário que me ponha a trabalhar este tema, pois não sei de nenhum escritor eclesiástico até hoje que se tenha preocupado com este gênero literário. Espero ainda que se mostre utilíssimo para todos quantos se ocupem em adquirir uma sólida instrução histórica.



6. Já anteriormente, nos Cânones cronológicos por mim redigidos, compus um resumo de tudo isso, ainda assim, na presente obra lançar-me-ei a uma exposição mais completa.



7. E começarei, como disse, pelas disposições e a teologia de Cristo, que em elevação e grandeza excedem ao homem.



8. Já que, efetivamente, quem se disponha a escrever as origens da história eclesiástica deve necessariamente começar por remontar-se à primeira disposição de Cristo mesmo - pois foi d'Ele mesmo que tivemos a honra de receber o nome - mais divina do que possa aparecer ao vulgo.




Fonte: História Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia

Papa Francisco diz que todos os animais vão para o céu e lá terão a alegria e o amor de Deus


O papa Francisco sugeriu, durante seu sermão semanal na Praça São Pedro, que todos os animais vão para o céu  quando morrem.

“As Sagradas Escrituras nos ensinam que a realização deste maravilhoso plano [de Salvação] abrange tudo o que está ao nosso redor, e que saiu do pensamento e do coração de Deus”, disse o pontífice católico, acrescentando que de acordo com o apóstolo Paulo, “todas as coisas foram criadas pela mente e no coração de Deus e tudo fará parte da sua glória final”, segundo informações do site italiano Resapubblica.

Perguntas sobre o céu após a morte, disse o papa, “não são uma coisa nova”, acrescentando que os fiéis não devem ter medo porque “o céu está aberto a todas as criaturas, e lá serão investidos pela alegria e amor de Deus, sem limites”.

Na sequência, Francisco disse que o plano da Salvação ajuda a vencer as tribulações terrenas pela esperança que inspira: “É tão bom pensar em estar cara a cara com Ele, que renasce a força da alma”.

As palavras de Francisco sobre o assunto foram além: “A ‘Nova Jerusalém’, o céu, ao invés de um lugar, é um estado de espírito através do qual se atinge a plena maturidade”, disse o papa.

A posição de Francisco sobre o tema não é unânime dentro da Igreja Católica. O papa João Paulo II, morto em 2005, tinha um pensamento parecido e afirmava que assim como os humanos, os animais também têm um “sopro divino”.

Já o antecessor de Francisco, o agora “papa emérito” Bento XVI, adotava uma postura mais conservadora, apesar de ser conhecido pelo amor que tem por gatos: “Para as outras criaturas que não são chamadas para a eternidade, a morte significa apenas o fim da existência na Terra, mas para nós o pecado cria um vórtice que ameaça afundar-nos para sempre, se o Pai que está nos céus não estender Sua mão”.

Fonte:  http://noticias.gospelmais.com.br/

sábado, 13 de dezembro de 2014

EUSÉBIO DE CESARÉIA - VI [Dos males que desabaram sobre os judeus depois de sua maldade contra Cristo]


VI
[Dos males que desabaram sobre os judeus depois de sua maldade contra Cristo]

1. Fílon segue narrando que, depois da morte de Tibério, Caio assumiu o poder e começou a cometer muitas atrocidades contra muitos, mas sobretudo de forma a prejudicar tanto quanto possível a toda a raça judia. Mas será melhor conhecer isto brevemente por suas próprias obras, nas quais escreve textualmente:

2. "Extraordinariamente caprichoso era o caráter de Caio para com todos, mas muito especialmente contra a raça judia, à qual tinha um ódio implacável. Nas cidades, começando por Alexandria, apoderou-se das sinagogas e encheu-as de imagens e estátuas com sua própria figura (pois ele que per¬mitia a outros erguê-las, também as erigia por seu próprio poder), e na Cidade Santa o templo, que até então saíra intacto por ser considerado digno de toda inviolabilidade, foi por ele transformado em seu próprio templo, chamando-o: Templo de Caio, Novo Zeus Epifano."

3. O mesmo autor, num segundo livro que escreveu, intitulado Sobre as virtudes, narra outras inumeráveis e indescritíveis calamidades ocorridas aos judeus em Alexandria nesta época. Com ele concorda também Josefo, ao notar igualmente que os infortúnios que caíram sobre toda a raça judia tiveram início nos tempos de Pilatos e dos crimes contra o Salvador.

4. Mas ouçamos o que este declara textualmente no livro II de sua Guerra dos judeus quando diz:
"Enviado por Tibério à Judéia como procurador, Pilatos faz entrar durante a noite em Jerusalém, encobertas, as efígies do César, as chamadas insígnias. Ao nascer o dia isto produziu enorme comoção entre os judeus, que aproxi¬mando-se para ver, ficaram aterrorizados: suas leis tinham sido pisoteadas, já que de forma alguma permitiam que na cidade se levantassem imagens."

5. Se comparamos tudo isto com a Escritura do Evangelho, veremos que não tardaram muito para serem alcançados pelo grito que proferiram em pre¬sença do próprio Pilatos quando gritavam que não tinham outro rei que não o César .

6. Mas há ainda outra calamidade que alcançou os judeus e que o mesmo escritor narra em continuação como segue:
"E depois disto causou outra agitação quando esvaziou o tesouro sagrado chamado Corbã, gastando-o para trazer as águas desde uma distância de trezentos estádios. Ante isto o povo enfureceu-se e, quando Pilatos se apre¬sentou em Jerusalém, rodearam-no vociferando a uma só voz.

7. Mas ele contava já com a agitação dos judeus e tinha ordenado que se misturassem entre eles soldados armados, camuflados com trajes do povo, proibidos de usarem as espadas, mas com ordem de golpear com bastões os que gritassem. De seu assento ele deu o sinal. Os judeus foram feridos, muitos morreram sob os golpes e muitos foram esmagados pelos demais em fuga. A plebe, impressionada pelo infortúnio dos caídos, emudeceu."

8. O mesmo autor faz saber ainda que além destas ocorreram em Jerusalém muitas outras revoltas, afirmando que desde aquele tempo, nem na cidade nem em toda a Judéia faltaram sedições, guerras e maldosas tramas de uns contra outros, até que finalmente chegou o assédio de Vespasiano. Assim é que a justiça divina alcançava os judeus por seus crimes contra Cristo.


Fonte: História Eclesiástica - Eusébio de Cesaréia

sábado, 6 de dezembro de 2014

Cientistas descobrem “escudo protetor invisível” sobre a Terra

Cientistas dizem que o “escudo” faz do planeta um privilegiado oásis para vida


Uma nova descoberta intriga cientistas. O planeta Terra possui um “escudo protetor invisível”.  Alguns desses cientistas comparam a situação com os campos de força que protegem as naves espaciais em diferentes filmes de ficção científica.

Após a coleta de dados dos 20 primeiros meses das sondas gêmeas enviadas pela NASA, foi possível estudar os cinturões Van Allen e a maneira como ocorre o chamado clima espacial (tempestades geomagnéticas e o constante ‘vento’ emitido pelo Sol). Os cinturões de Van Allen, descobertos em 1958, são faixas que “concentram partículas eletricamente carregadas ao redor do planeta” por causa do seu forte campo magnético.

As sondas comprovaram que existe um “limite” para os elétrons de alta energia que formam a maior parte do cinturão externo, localizado a aproximadamente 11 mil quilômetros de altitude. Após esta descoberta, os teóricos precisarão mudar seus modelos sobre o assunto.

“Francamente, quando vimos essa barreira persistente agindo contra os elétrons altamente energéticos na magnetosfera da Terra, fiquei totalmente perplexo e confuso. Era como rajadas de elétrons batessem contra uma parede de vidro no espaço”, explica o professor Daniel Baker, da Universidade de Colorado em Boulder, que liderou o estudo.

O astrônomo Rafael Bachiller, diretor do Observatório Astronômico Nacional, acredita que “se estas partículas alcançassem a superfície do planeta seria algo muito perigoso para a vida”. Ele compara a descoberta como uma confirmação da existência de algo que “faz deste planeta um oásis privilegiado para uma vida bem sucedida”.

Até recentemente, os cientistas acreditavam que os elétrons de alta energia que circulam em torno do nosso planeta a mais de 160 mil quilômetros por segundo eram atraídos para as camadas mais altas da atmosfera da Terra, sendo então gradualmente absorvidos pelas moléculas do ar. Com informações Christian Times


Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/

Transferência de padre negro motiva protestos em paróquia de cidade do interior de São Paulo

Padre Wilson Luiz Ramos

Na última semana a decisão do bispo de Marília, Dom Luiz Antônio Cipolini, em transferir para outra cidade o padre Wilson Luiz Ramos motivou uma grande polêmica na pequena cidade de Adamantina, no interior de São Paulo. Uma das motivações para a transferência de Ramos, que é negro, seria a rejeição que ele tem sofrido por parte da comunidade.

Porém, os fiéis que apoiam a permanência do padre na paróquia iniciaram uma série de protestos contra sua transferência. Após dar um abraço simbólico na Igreja Matriz da cidade, eles escreveram frases de apoio ao padre nos vidros dos carros e iniciaram um abaixo-assinado para coletar 20 mil assinaturas contra a transferência do religioso.

O padre está na cidade desde 2012, e confirma que o preconceito racial seja um dos motivos de sua transferência.

– Outro dia surpreendi duas senhoras dizendo que deveriam trocar o galo que há no topo da igreja por um urubu. Foi muita humilhação – afirmou o religioso.

Dom Luiz afirma que a transferência tenha sido influenciada pela rejeição que o padre tem recebido por parte da comunidade católica local, e confirma que essa rejeição é motivada por preconceito racial. Porém ele afirma que a principal causa da transferência seria a divisão que o padre teria causado na paróquia.

– O padre Wilson tem sofrido com essa questão. Houve preconceito por parte de fiéis, mas o padre foi vencendo e o que está em jogo agora não é o preconceito, mas sim a divisão que ele causou na paróquia – afirmou o bispo.

Rejeição
De acordo com o jornal Estadão, a permanência de Ramos na Paróquia Santo Antônio de Pádua, a principal da cidade Adamantina, foi questionada por um grupo de fiéis tradicionais que enviou cartas ao bispo reclamando do “jeito” simples do padre e, principalmente, do fato de ele atrair pessoas pobres e jovens usuários de drogas para a igreja.

A relação do pároco com a comunidade local ficou ainda mais complicada depois que ele destituiu fiéis desse grupo que ocupavam cargos de coordenação de pastorais havia 13 anos e colocou nos postos pessoas com menos poder aquisitivo.

Com as reclamações, o bispo chegou a sugerir ao padre que ele deixasse a paróquia, mas ele se recusou a fazer isso inicialmente.

– Diante da insistência dele, acionei o conselho de presbíteros, que foi à cidade fazer uma consulta à população. Depois disso o próprio padre pediu para ser transferido. Constatamos que havia uma divisão na paróquia, e não podemos conviver com isso – afirmou o bispo, ao justificar a transferência do religioso.

O padre afirma não concordar com a tese de divisão defendida pelo bispo, e relata que colocou seu cargo à disposição por causa da pressão sofrida pelo seu superior.

– Foi tanta humilhação e sofrimento que não resisti. Não foi uma decisão espontânea e não há divisão como o bispo diz. O que há é um pequeno grupo de insatisfeitos, mas eu sempre defendi o entendimento porque acredito no diálogo – afirmou Ramos.

Para os paroquianos que apoiam a permanência do religioso na paróquia, sua transferência é motivada exclusivamente por preconceito racial.

– O problema é que o padre Wilson é negro, anda pelas ruas com roupas simples e a pé, substituindo um padre branco, que usava camisas de linho e carro. Padre Wilson vai até as comunidades, enquanto seu antecessor não saía da igreja. Isso causou um incômodo – relatou a servidora municipal Ivanete Sylvestrino.

– Trata-se de um pequeno grupo que está insatisfeito com o padre Wilson e o bispo está dando voz a essas pessoas. E, pior, ele (o bispo) está deixando de ouvir toda uma população. Tanto que, durante a consulta feita pelo bispado, a maioria votou pela permanência dele (do padre) na cidade. Cerca de 700 cartas, pedindo a manutenção do padre, foram enviadas ao bispado – afirmou Ivanete.

O movimento pela permanência do padre na cidade ganhou até a adesão de igrejas evangélicas locais, cujos pastores condenaram a situação e declararam publicamente apoio ao padre.


Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/

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