sexta-feira, 20 de maio de 2011

RITUAIS DE CULTO NOS TEMPOS BIBLICOS - 1ª Parte

Rituais de culto


            O povo de Israel adorava o Deus vivo de muitas formas e em muitos lugares diferentes no decorrer do ano. É importante ver que impacto os rituais de culto tinham sobre sua vida diária.          Primeiro, precisamos entender como o povo da Bíblia se sentia em relação ao Deus que adoravam. Moisés disse ao povo de Israel: "Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" (Deuteronômio 7:6). Deus os escolheu não por alguma coisa especial que tivessem feito ou pelo que fossem, mas porque o Senhor os amava (Deuteronômio 7:7-8). Deus mostrou este amor de muitas maneiras. Ele foi fiel à sua aliança (v. 9); destruiu os seus inimigos (v. 10); abençoou as suas colheitas (v. 13); afastou deles as enfermidades (v. 15).
            Em resposta aos atos de Deus, os Israelitas foram um povo grato. O salmista disse: "Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã a tua misericórdia, e, durante as noites, a tua fidelidade" (Salmo 92:1-2).
            Eles viviam no temor de Deus. Conforme observou o sábio: "O temor do Senhor é o princípio do saber" (Provérbios 1:7). Essas respostas eram expressas em seu culto. Naturalmente, os israelitas responderam a Deus com uma variedade de pensamento e emoção; mas estes dois elementos ― gratidão e temor ― parecem tipificar o relacionamento do povo com Deus.
            Também precisamos entender como Deus e Israel interagiam. Por exemplo, era fácil ver a Deus na vida dos patriarcas. Ele capacitou Sara a ter filhos em idade avançada (Gênesis 18:9-10). Provou a Abraão e poupou a Isaque da morte (Gênesis 22). Falava com as pessoas e elas com ele (Gênesis 13:14-17; 15:2). Mas aos israelitas nunca foi permitido ver a Deus; Moisés teve de esconder seu rosto da presença divina "porque temeu olhar para Deus" (Êxodo 3:6).
            Veremos como os israelitas expressaram sua gratidão e temor ao Pai celestial, como o cultuavam.

ANTES DO TEMPO DE MOISÉS
            A primeira menção clara de um ato de culto encontra-se em Gênesis 4:2-7: "Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador. Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho, e da gordura deste." Os filhos de Adão e Eva reconheceram que Deus lhes havia dado "todas as ervas" e "todos os animais" (Gênesis 1:29-30), por isso lhe trouxeram ofertas simples. Não sabemos precisamente onde e como foram feitas as ofertas. Somos informados, porém, de que trouxeram dois tipos de oferta, e que a de Caim foi rejeitada enquanto a de Abel foi aceita.
            Este breve relato conta-nos duas coisas muito importantes acerca do culto: Primeira, Deus confirma a adoração. Não sabemos se ele havia falado aos irmãos neste lugar especial antes deste dia. Mas neste dia Deus falou (Gênesis 4:6), e agiu (Gênesis 4:4-5) enquanto adoravam. Deus santificou esta hora para eles. Segunda, Deus é o ponto focai do culto. A Bíblia não faz menção alguma de qualquer altar ou de quaisquer palavras proferidas por esses homens. Não sabemos que orações eles podem ter oferecido. Mas sabemos o que Deus fez; sua ação foi a parte vital do culto.
            A Bíblia não diz por que Caim e Abel fizeram ofertas a Deus; simplesmente que assim fizeram "no fim de uns tempos". Podemos supor que desejavam agradecer o que Deus lhes dera. Sabiam que Deus os havia abençoado e continuaria a abençoá-los. Por isso foram motivados não só pelos acontecimentos passados, mas por suas esperanças futuras . Seus sacrifícios foram feitos com duplo intento: gratidão pelo que Deus lhes havia dado e confiança em que ele continuaria a dar. É importante lembrar ambos os aspectos do culto e não negligenciar um ou o outro.

Altar de pedra. Encontrado fora da porta que dá para Berseba, este altar de pedra é típico dos que eram usados no Oriente Próximo para oferta de sacrifícios. Os israelitas deviam oferecer sacrifício somente em Jerusalém, mas muitos desobedeciam a esta lei.

            Não sabemos por que a oferta de Abel foi aceita e a de Caim rejeitada. Desconhecemos quaisquer regulamentos com referência aos sacrifícios nessa época. A pista pode estar no versículo 7: "Se procederes bem, não é certo que serás aceito?" Em outras palavras, o caráter falho de Caim pode ter tornado sem sentido o seu sacrifício. Este é o primeiro caso registrado de sacrifício de animal. Com o passar do tempo, o povo aprendeu que Deus honrava e aceitava suas ofertas sacrificiais.

Os patriarcas erigiam altares e faziam sacrifícios onde quer que se estabelecessem (cf. Gênesis 8:20; 12:7-8). Erigiam, também, monumentos de pedra. Jacó tomou a pedra que usou por travesseiro e a "erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite" (Gênesis 28:18-22). Chamou-a Betel, ou "casa de Deus".
            Os patriarcas também designavam árvores sagradas (p. ex., Gênesis 12:6; 35:4; Deuteronômio 11:30; Josué 24:26), e poços sagrados (Gênesis 16:14). Estes elementos lembravam-lhes o que Deus havia feito em ocasiões especiais de suas vidas.
            Os patriarcas construíram altares simples de terra e de pedra ("altares de monte de pedras") para a matança de animais para ofertas. Em realidade, a palavra hebraica geralmente traduzida como altar (misbeach), literalmente quer dizer "lugar de matança".
            Não parece ter havido sacerdócio formal no tempo dos patriarcas, não obstante lemos de um notável encontro entre Abraão e Melquisedeque, um misterioso "sacerdote do Deus Altíssimo". Alguns eruditos especulam dizendo que Melquisedeque era um rei cananeu procedente de Salém. Abraão encontrou-o depois de livrar alguns de seus parentes cativos (Gênesis 14:17-20). Visto que Deus propiciou a Abraão efetuar o livramento, ele respondeu com gratidão e adoração. Em vez de edificar um altar ou de oferecer um sacrifício de animal, Abraão ofereceu o dízimo de tudo como sacrifício e recebeu a bênção de Deus através do mediador, Melquisedeque. Esta misteriosa figura é o primeiro sacerdote mencionado na Bíblia.
            Havia outros sacerdotes nesta época? Se os havia, por que não são citados? Talvez os patriarcas geralmente atuassem como seus próprios sacerdotes. Eles eram 03 únicos que ofereciam sacrifício a Deus. Se, porém, eles exerciam o ofício de clérigos para outros, tal fato não está claramente afirmado.
            Havia espontaneidade no culto dos patriarcas. No princípio eles deixavam seus altares descobertos e expostos ao tempo; isto, certamente, determinava a ocasião das cerimônias, visto como queimar era uma parte essencial delas. Também, Deus agiu e falou quando quis, e os patriarcas não podiam saber com antecedência quando Deus os chamaria ao culto. Considerando que somente um punhado de pessoas cultuavam de uma vez, não havia necessidade de programar o tempo do culto.



NO TEMPO DE MOISÉS
            Moisés inaugurou um novo período nas práticas de culto de Israel ― período que se estendeu para muito além da vida do grande legislador. Começou quando ele conduziu o povo de Israel para fora do Egito (1446 a. C), porém a sua influência direta sobre a prática do culto estendeu-se por toda a história dos judeus. Por questões práticas, nesta seção vamos concentrar-nos sobre a influência de Moisés até ao tempo dos juizes (que terminou em 1043 a. C. com a indicação de Saul como primeiro rei de Israel). Durante o tempo dos juizes, o povo de Deus ainda adorava em tendas ou tabernáculos. Mas quando Davi foi coroado rei, fizeram-se os planos para a construção do templo; nossa próxima seção trata desse assunto.

Modelo do tabernáculo. Este modelo construído pelo Dr. Conrad Schick mostra o tabernáculo, um santuário de tenda móvel feito de acordo com instruções que Deus deu a Moisés no Monte Sinai. Um compartimento especial do tabernáculo, chamado "santo dos santos", era reservado como o lugar onde Deus habitava. Somente o sumo sacerdote podia entrar neste lugar, e ele o fazia somente num dia do ano ― no dia da Expiação.

            A. O local de culto. Já mencionamos que Deus sancionou o uso de altares de terra e pedra (Êxodo 20:24-26). Nos dias de Moisés, Deus também sancionou um novo tipo de local de culto. Quando o grande legislador subiu ao topo do Monte Sinai, recebeu muito mais do que os Dez Mandamentos. Dentre outras coisas, ele recebeu uma planta para um local fechado de culto, com um altar alojado numa tenda de pano. E difícil construir um quadro deste novo local. Muitos artistas têm traçado suas impressões, baseadas nas descrições da Bíblia; mas não há pleno acordo quanto ao plano do tabernáculo.
            Não obstante, sabemos que este local de culto era muitíssimo diferente dos altares erigidos a céu aberto. Em primeiro lugar, era muito mais esmerado. Uma descrição do altar em si encontra-se em Êxodo 27:1-3: "Farás também o altar de madeira de acácia: de cinco côvados será o seu comprimento, e de cinco a largura, será quadrado o altar, e de três côvados a altura. Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres, os quais formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze. Far-lhe-ás também recipientes para recolher a sua cinza; e pás, e bacias, e garfos, e braseiros; todos esses utensílios farás de bronze."
            Não somente os materiais eram diferentes dos materiais dos primeiros altares, mas as ferramentas exigidas para fabricá-los e os utensílios que o acompanhavam eram diferentes (cf. Êxodo 20:25). Há bom indício de que Israel usou ambos os tipos de altares ― os externos e este no interior do tabernáculo ― nesta época. Por fim, erigiu-se no tabernáculo um altar mais permanente, central.

Modelo da arca da aliança. A arca era uma caixa retangular de madeira de acácia que continha as tábuas dos Dez Mandamentos, um vaso de maná, e a vara de Arão. A tampa ou "propiciatório" era uma lâmina de ouro circundada por querubins dourados com asas estendidas. A arca erá símbolo da presença de Deus entre seu povo.

            A Bíblia também descreve a tenda que agora cobria o altar: "Ora Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para si, fora, bem longe do arraial; e lhe chamava a tenda da congregação. Todo aquele que buscava ao Senhor saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial. Quando Moisés saía para a tenda, fora, todo o povo se erguia, cada um em pé à porta da sua tenda, e olhavam pelas costas, até entrar ele na tenda. Uma vez dentro Moisés na tenda, descia a coluna de nuvem, e punha-se à porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés. Todo o povo via a coluna de nuvem que se detinha à porta da tenda; todo o povo se levantava, e cada um à porta da sua tenda adorava ao Senhor" (Êxodo 33:7-10). A tenda é descrita de novo em Êxodo 26. Com uma descrição tão pormenorizada, pode parecer fácil exemplificar como era a tenda. Mas não é. Seria tão desafiante como reproduzir um motor de automóvel se tivéssemos apenas uma descrição verbal do projeto e realmente nunca tivéssemos visto um motor.
            Moisés falava com Deus nesta tenda. Embora a Bíblia não diga que Moisés oferecia sacrifícios na tenda (cf. Êxodo 33:7-10), podemos supor que o fazia, visto que era ali que estava o altar. Moisés buscava ao Senhor. O povo sabia que Deus se encontrava com Moisés porque a "coluna de nuvem" se detinha à porta da tenda. Este era um sinal conhecido da presença de Deus.
            Moisés e seu servo Josué entravam na tenda sozinhos enquanto as demais pessoas ficavam em pé e esperavam. Depois que Moisés adorou na tenda pela primeira vez, ele voltou ao monte para receber novas tábuas da lei. Depois ele desceu para transmitir a mensagem de Deus ao seu povo.
Em certo sentido, Moisés era um "intermediário" entre Deus e os israelitas. Ele não era um sacerdote formal, mas Deus o escolheu como seu mensageiro-líder. Podemos ver aqui os começos do sacerdócio; porém o próprio Moisés não foi realmente chamado de sacerdote até séculos mais tarde (cf. Salmo 99:6).

            B. O sacerdócio. A esta altura, na história de Israel, passou a existir um sacerdócio ordenado. De acordo com a ordem de Deus (Êxodo 28:1), Moisés consagrou seu irmão Arão e aos filhos deste como sacerdotes. Estes homens vinham da tribo de Levi. Deste ponto até aos tempos intertestamentários, o sacerdócio oficial pertenceu aos levitas.
            Moisés estabeleceu distinção entre Arão e seus filhos, pois ele ungiu Arão como "sumo sacerdote entre seus irmãos" (Levítico 21:10). Ele distinguiu o ofício de Arão dando-lhe vestes especiais (Êxodo 28:4, 6-39; Levítico 8:7-9). Com a morte de Arão, as vestes e o ofício passaram para Eleazar, seu filho mais velho (Números 20:25-28).

A função mais importante do sumo sacerdote era presidir no dia anual de Expiação. Nesse dia, ele podia entrar no santo dos santos do tabernáculo e espargir o propiciatório com o sangue das ofertas pelo pecado. Ao fazer isto, ele expiava seus erros, os de sua família e os de todo o povo de Israel (Levítico 16:1-25). O sumo sacerdote também devia espargir o sangue das ofertas pelo pecado diante do véu do santuário e nos chifres do altar (Levítico 4:3-21).
            Como chefe espiritual de Israel, o sumo sacerdote devia atingir um grau mais elevado de pureza cerimonial do que  os sacerdotes comuns. Levítico 21:10-15 delineia as exigências de pureza do sumo sacerdote. Qualquer pecado que ele viesse a cometer era uma ruína para todo o povo de Israel. Ele tinha de fazer expiação por tal pecado com uma oferta especialmente prescrita (Levítico 4:3-12).
            O sumo sacerdote oferecia também a oferta diária de manjares (Levítico 6:19-22) e participava dos deveres gerais do sacerdócio (Êxodo 27:21). Esses deveres eram muitos. Os sacerdotes presidiam a todos os sacrifícios e festas. Serviam como conselheiros médicos da comunidade (Levítico 13:15), e eram administradores de justiça (Deuteronômio 17:8-9; 21:5; Números 5:11-13). Só eles podiam dar bênção em nome de Deus (Números 6:22-27) e tocar as trombetas a fim de convocar o povo para a guerra ou para a festa (Números 10:1-10).
            Os levitas serviam como sacerdotes desde a idade de 30 até 50 anos (Números 4:39) ou desde 25 até 50 anos (Números 8:23-26). Depois dos 50 anos, só lhes era permitido assistir seus colegas sacerdotes.
            O dízimo do povo proporcionava alimento e vestuário para os sacerdotes (Levítico 27:32-33); um décimo do dízimo era entregue aos sacerdotes (Números 18:21, 24-32). Uma vez que a tribo de Levi não possuía território, 48 cidades com suas pastagens circunvizinhas foram dadas a eles (Números 35:1-8).

            C. O Sistema sacrificial. A Bíblia contém muitos dos regulamentos de Moisés para o sacrifício, mas os sete primeiros capítulos de Levítico são totalmente dedicados ao ritual. Muitos eruditos consideram esta seção como uma espécie de "manual do sacrifício". Ela descreve cinco tipos de sacrifício: ofertas queimadas (holocaustos), ofertas de cereais (manjares), ofertas pacíficas, ofertas pelo pecado, e ofertas por transgressões.


            1. Holocaustos. Este tipo de sacrifício era queimado totalmente. Nada dele era comido por ninguém; o fogo o consumia todo. Na verdade, o fogo nunca se extinguia: "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará" (Levítico 6:13).
            O adorador trazia um animal macho ― um touro, um cordeiro, um bode, um pombo, uma rola (dependendo em grande parte das posses do adorador) ― à porta da tenda ou do templo. O animal tinha de ser sem mácula. Então o adorador colocava as mãos sobre a cabeça do animal e era "aceito a favor dele, para sua expiação" (Levítico 1:4). A imposição de mãos era um ato cerimonial mediante o qual o adorador abençoava ou preparava o animal do sacrifício. A seguir o animal era morto junto à porta. Imediatamente o sacerdote recolhia o sangue e o espargia sobre o altar. (Os sacerdotes nunca bebiam o sangue.) Em seguida, o sacerdote esquartejava o animal, oferecia a cabeça e a gordura sobre o altar, depois lavava as pernas e as entranhas em água e as oferecia. O que sobrasse podia ser atirado nas cinzas. (Por exemplo, isto acontecia com as penas das aves.)
            Além de colocar o animal sobre o altar, 09 sacerdotes eram responsáveis por manter o fogo aceso. Não podiam deixar que as cinzas se acumulassem no fundo do altar, mas de quando em quando as colocavam de lado. Mais tarde, pegavam as cinzas e as levavam para fora do arraial ou da cidade "a um lugar limpo". Para fazer isto, trocavam de roupa.
            Posteriormente, na história de Israel, o holocausto passou a ser um sacrifício oferecido de contínuo: "Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto" (Números 28:3). Conforme esta passagem indica, todos os dias eram sacrificados dois animais. Um de manhã e outro ao cair da tarde. Isto se fazia para expiar os pecados do povo contra o Senhor (Levítico 6:2). A queima simbolizava o desejo da nação de livrar-se desses atos pecaminosos contra Deus.

            2. Ofertas de manjares. Além de animais, os israelitas sacrificavam cereais ou produtos vegetais. Essas colheitas podiam ser oferecidas independentemente dos holocaustos, ou juntamente com eles. A palavra hebraica para "oblação" {minha) às vezes refere-se a essas ofertas de manjares; outras vezes, minha refere-se a outros tipos de sacrifício.
            O capítulo 2 de Levítico menciona quatro espécies de ofertas de manjares e dá instruções para cozinhar cada uma delas. O adorador podia oferecer um bolo de flor de farinha assado num forno, cozido numa assadeira, feito numa frigideira, ou torrado. (O último método era usado para as ofertas dos primeiros frutos ou primícias.) Todas as ofertas de manjares eram feitas com azeite e sal; não se podia usar mel, e fermento. Além desses ingredientes cozidos, o adorador devia, trazer uma porção de incenso. Também podia trazer porções dos materiais não cozidos (grãos em seu estado natural, sal e azeite) com a} oferta.
            Os adoradores traziam ofertas de manjares a um de dois sacerdotes, que as levava ao altar e atirava uma "porção memorial" (do pão, do bolo, da obréia ou de ingredientes não cozidos) ao fogo. Ele fazia a mesma coisa com o incenso. O sacerdote comia o restante; mas se era o próprio sacerdote que fazia a oferta de manjares, ele queimava todo o sacrifício.
            A finalidade da oferta de manjares parece ter sido semelhante à i oferta queimada ― exceto no caso da oferta de "grão", que estava vinculada à oferta das primícias (Levítico 2:14). Parece que o propósito da oferta das primícias era santificar a colheita inteira. A oferta de "grão" substituía o restante da colheita ― acentuando que toda colheita era santa ao Senhor.

Quando tiveram fim os sacrifícios
Judea Capta ― "A Judéia foi capturada" ― lia-se nas moedas cunhadas pelos romanos em comemoração de sua vitória no ano 70 de nossa era. Milhares de judeus morreram na batalha; milhares mais foram levados para o cativeiro; muitos outros preferiram deixar o país. Seu centro de culto, o templo, foi destruído pelo fogo e a capital do Judaísmo caiu.
                Os imperadores romanos encaminharam o imposto do templo, anteriormente coletado de todos os judeus, para o templo de Júpiter Capitolino em Roma. Judeus tristes abstinham-se de comer carne e beber vinho, outrora elementos do templo; achavam errado desfrutar daquilo que já não podia ser oferecido a Deus.
                Com o fim do culto no templo, o sacerdócio começou a declinar. Embora os sacerdotes ainda pudessem receber ofertas movidas e dízimos, suas receitas foram grandemente reduzidas. Esta perda de renda, somada à perda de sua função no templo, resultou numa perda de influência e de autoridade.
                O Deuteronômio proibia altares e sacrifícios fora do lugar escolhido, Jerusalém. Mas esta não era a primeira vez que os judeus se viram privados de seu templo e do culto sacrificial; durante o exílio, o povo se congregava regularmente para ler as Escrituras e discutir seu significado. Essas sinagogas (em grego, "assembléias") após a destruição do templo de novo se tornaram vitais para o Judaísmo.
                O povo judeu reunia-se na sinagoga para orar, cantar e estudar a Tora. A principal função da sinagoga era promover compreensão e a devida observância da lei judaica. Em realidade, ela tornou-se a sede de um governo espiritual que ordenava e disciplinava a vida das pessoas.
                Após a destruição do templo, os sábios que interpretavam a Lei chegaram a ser chamados de tannaim, e os que foram autorizados como dirigentes receberam o título de rabi, ou "doutor da lei".  Os sábios interpretavam as leis encontradas no Pentateuco bem como as leis tradicionais, orais, chamadas halakoth. A principal preocupação deles era a forma como essas leis afetavam a vida do povo. Os adeptos do grande sábio Shammai eram conhecidos por suas interpretações conservadoras, enquanto os seguidores do sábio Hillel aderiam a interpretações mais liberais.
                Jabne (a moderna Jâmnia) nas planícies ocidentais da Judéia logo se tornou o centro do conhecimento judaico. Durante a guerra com Roma, o sábio Joana ben Zakkai foi levado clandestinamente para fora de Jerusalém num caixão de defunto. Ele dirigiu-se ao acampamento romano, onde pediu às autoridades que permitissem a ele e a seus discípulos fixar-se na cidade costeira de Jabne e aí estabelecer uma academia. Joana percebeu muito bem que a única importante vitória a ser conseguida na guerra contra Roma era a sobrevivência do Judaísmo. Se fosse necessário, uma tradição vitalizada poderia tornar-se uma "pátria portátil" para os judeus. Jabne veio a ser o novo centro dessa tradição.
                Após a revolta de Bar-Kochba, em 135 A. D., o centro de estudos judaicos mudou-se para Usha, na Galiléia, perto da moderna Haifa. Aqui os sábios começaram a coligir e codificar o que havia das halakoth num documento que veio a ser chamado Mishna.
                Os sábios discordavam quanto à forma como se deveria organizar as halakoth. Um grupo achava que elas deviam seguir a ordem dos versículos bíblicos aos quais se referiam. Outro grupo, encabeçado pelo rabi Akiba ben Joseph, era favorável a arranjar os ditos pelo assunto, forma que foi finalmente adotada.
                A tarefa de reunir a Mishna só foi completada na primeira parte do terceiro século. A Mishna e a Gemam (comentário sobre a Mishna), compreendem as principais partes do livro sagrado dos judeus, chamado Talmude. Esta abrangente compilação do procedimento, dos costumes, das crenças e dos ensinos judaicos ainda é reverenciada e estudada pelos eruditos judeus.

            3. Ofertas pacíficas. Uma refeição ritual chamada "oferta pacífica" era partilhada com Deus, com os sacerdotes e, às vezes, com outros adoradores. Ela incluía machos e fêmeas do gado bovino, ovino ou caprino. O procedimento era quase idêntico ao da oferta queimada. Neste caso, o sangue do animal era recolhido e espargido ao redor do altar. A gordura e as entranhas eram queimadas. O restante era comido pelos sacerdotes e (se a oferta fosse voluntária) pelos próprios adoradores. Este sacrifício expressava o desejo do adorador de dar graças ou louvor a Deus. Às vezes, exigia-se dele que fizesse isto; de outras vezes, podia fazê-lo espontaneamente.
            As ofertas exigidas incluíam bolos não levedados. Os sacerdotes tinham de comer tudo no mesmo dia em que o sacrifício era feito, exceto a porção memorial dos bolos e os restos do animal.
            Quando a oferta era voluntária, os regulamentos não eram tão estritos. Os adoradores não precisavam trazer bolos e podiam comê-los em dois dias, e não apenas um. A porção do sacerdote limitava-se ao peito e à coxa direita do animal, enquanto qualquer pessoa cerimonialmente limpa podia comer do restante.
            Jacó e Labão ofereceram este tipo de sacrifício quando fizeram um tratado (Gênesis 31:43ss.). Alguns eruditos chamam este sacrifício de "oferta de voto". As "ofertas de gratidão" e as "ofertas voluntárias" seguiam o mesmo padrão geral. O sacrifício de Saul (1 Samuel 13:8ss.) enquadrava-se na última categoria; embora "forçado pelas circunstâncias" a fazê-lo, por certo não se exigia dele que o fizesse. (De fato, Samuel censurou-o, dizendo que o ato era ilegal.) As ofertas de voto e de gratidão eram exigidas, ao passo que as ofertas voluntárias não o eram.

            4. Ofertas pelo pecado. Os sacrifícios pelo pecado "pagavam" ou expiavam as culpas rituais do adorador contra o Senhor. Essas culpas eram involuntárias. "Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém pecar por ignorância contra qualquer dos mandamentos do Senhor, por fazer contra algum deles o que não se deve fazer" (Levítico 4:1-2, itálicos acrescentados). Moisés instruiu várias pessoas a oferecerem sacrifícios diferentes nestes casos.
            Os pecados do sacerdote eram expiados com a oferta de um novilho. O sangue não era derramado sobre o altar, mas espargido pelo dedo do sacerdote sete vezes sobre o altar. A gordura das entranhas era queimada em seguida. Os restos eram queimados, não comidos, fora do arraial ou cidade "a um lugar limpo, onde se lança a cinza".
            Os pecados dos príncipes ou dirigentes da comunidade eram expiados com a oferta de um bode. O sangue era espargido somente uma vez, ei o restante derramado ao redor do altar como na oferta queimada.
            Os pecados de qualquer pessoa eram expiados com cabras, cordeiras,! rolas ou pombas. Se alguém não tinha condições de oferecer nenhum? desses animais, a oferta de grão era aceitável. O procedimento para a oferta de cereal era o mesmo da oferta de manjares.
            Seria impossível citar todas as formas pelas quais uma pessoa podia cometer um pecado por ignorância contra Deus. Alguns tinha mi implicações morais. Outros, como no caso dos leprosos (cf. Lucas] 5:12ss.), eram puramente cerimoniais. Outro exemplo de sacrifício] por uma falta cerimonial seria a oferta que uma mulher fazia após ter] dado à luz, a fim de recuperar sua pureza cerimonial (Levítico 12). As ofertas pela nação e pelo sumo sacerdote cobriam todos estes pecados de um modo coletivo. No dia da Expiação (Yom Kippur), o sumo sacerdote espargia sangue sobre a própria arca da aliança. Este era o supremo ritual da expiação.

A idolatria de Jezabel
Jezabel, filha de Etbaal, rei de Sldom, foi criada em Sidom, foi criada em Sidom, cidade comercial na costa do Mar Mediterrâneo. Sidom era tida como centro de vícios e impiedades. Quando Jezabel se casou com Acabe, rei de Israel, mudou-se para Jezreel, cidade que servia ao Senhor. Jezabel decidiu logo transformar Jezreel num» Cidade semelhante à sua cidade natal.
            Jezabel tentou convencer o marido a começar a servir ao bezerro de ouro, sob o pretexto de que tal culto realmente seria uma adoração no Senhor. Na verdade, o bezerro era um ídolo central do culto a Baal, um deus-sol Importante para os antigos fenícios. Visto como se acreditava que Baal tinha poder sobre as colheitas, sobre os rebanhos e sobre a fertilidade da» famílias agrícolas, o bezerro de ouro multas vezes era associado com Baal. Como o culto a este deus se espalhou pelos países fronteiriços da Fenícia, outros povos também adotaram os ritos lascivos da religião, os quais incluíam sacrifícios humanos, autotortura, e beijar a imagem. As práticas do culto de Baal escandalizavam os judeus piedosos, mas pelo fato de Acabe ser facilmente manipulado por Jezabel, logo se ergueram em todo o Israel os belos templos em honra de Baal.
                Os sacerdotes do Senhor opunham-se a Jezabel; muitos deles foram assassinados. Mesmo o grande profeta Elias fugiu de sua ira (1 Reis 18:4-19).
                Em seu esforço por apagar o nome de Deus em todo o Israel, Jezabel tornou-se a primeira perseguidora religiosa na história bíblica. Com tanta eficácia ela injetou o veneno da idolatria nas veias de Israel que a nação sofreu.
                Elias disse: "Os cães comerão a Jezabel dentro dos muros de Jezreel" (1 Reis 21:23). Esta profecia cumpriu-se; somente a caveira, os pés c as palmas das mãos de Jezabel ficaram para ser sepultadas (2 Reis 9:36-37).
            O coração dos israelitas deve ter amadurecido para a idolatria, do contrário Jezabel não teria podido perverter tanto a religião deles. O rei Acabe cometeu grave pecado contra Deus ao casar-se com ela, porque Jezabel adorava a Baal (1 Reis 21:25-26).

            5. Ofertas pela culpa. A oferta pela culpa era semelhante à oferta pelo pecado, e muitos estudiosos do assunto incluem-na na primeira categoria. Sua única diferença estava em que a oferta pela culpa era feita em dinheiro. Este sacrifício era feito pelos pecados cometidos por ignorância, relacionados com fraude. Por exemplo, se o adorador, sem premeditação, defraudasse alguém, em dinheiro ou propriedade, seu sacrifício devia ser igual ao valor da quantia tomada, acrescentada de um quinto. Ele oferecia esta soma ao sacerdote, depois fazia uma restituição semelhante ao ex-dono da propriedade. Portanto, ele restituía duas vezes o que havia tomado, mais 40% (Levítico 6:5-6).
            Todos esses sacrifícios relacionavam-se diretamente ou com a expiação (remoção da culpa) ou com a propiciação (manter o favor de Deus). Eles lembram-nos igualmente as duas fortes emoções em todo culto: temor e gratidão.

            D. O ano ritual. O povo de Israel adorava a Deus nas ocasiões pelo Senhor determinadas ou sempre que "o buscavam". Mas, sob a liderança de Moisés, o culto tornou-se obrigatório em certas ocasiões do ano. O povo começou a observar o sábado e outros dias indicados de adoração.
            Os mais importantes eventos do calendário ritual eram as três grandes festas dos peregrinos ― a Páscoa, a Festa das Semanas (Pentecoste), e a Festa dos Tabernáculos (ou Tendas). Em cada uma dessas ocasiões, os varões israelitas iam ao lugar central de culto para oferecer sacrifícios a Deus.

            1. O sábado. Não parece ter havido observância alguma de um dia especial de descanso entre os hebreus até ao tempo de Moisés. A primeira menção do sábado encontra-se em Êxodo 16:23, quando os hebreus se acamparam no deserto de Sim antes de receberem os Dez Mandamentos. Ali Deus os instruiu a observar o sábado de sete em sete dias, em honra da obra da criação (Êxodo 20:8-11; cf. Gênesis 2:1-3) e do livramento de Israel do cativeiro (Deuteronômio 5:12-15; cf. Êxodo 32:12). O sábado apartava os israelitas do trabalho e de qualquer outra atividade comum (Êxodo 35:2-3); assim, o dia lembrava-lhes a separação de Israel das nações vizinhas, e sua relação com Deus como um povo da aliança.
            Grande parte da matéria legal dos primeiros cinco livros da Bíblia relaciona-se com a guarda do sábado. Quebrar o sábado era como quebrar a aliança de Israel com Deus; por isso, a quebra era punível com a morte (Números 15:32-36). Dois cordeiros eram sacrificados no sábado, ao contrário de um cordeiro nos outros dias (Números 28:9). Doze pães da proposição (representando as 12 tribos de Israel) eram apresentados no tabernáculo no sábado (Levítico 24:5-8).

            2. A Páscoa e a festa dos pães asmos. Durante as grandes festas de peregrinação de Israel, todos OS homens eram obrigados a apresentar-se diante do santuário do Senhor (Deuteronômio 16:16). A primeira e mais importante destas comemorações era a festa da Páscoa. Ela combinava duas observâncias que originalmente eram separadas: a Páscoa, a noite celebrada em memória da passagem do anjo da morte sobre as famílias dos hebreus no Egito, e a festa dos Pães Asmos, que comemorava os primeiros sete dias do Êxodo. As duas celebrações estavam estreitamente entrelaçadas. Por exemplo, o fermento devia ser removido da casa antes de ser morto o cordeiro pascal (Deuteronômio 16:4). Portanto, a refeição da Páscoa era de pão sem fermento (Êxodo 12:8). Finalmente, o povo de Israel fundiu em uma as duas celebrações.
            Este grande festival começava na noite do décimo-quarto dia de abibe (que teria sido considerado o começo do décimo-quinto dia). O cordeiro ou cabrito era morto ao crepúsculo (Êxodo 12:6; Deuteronômio 16:6) e era assado inteiro e comido com pão sem fermento e ervas amargas. A cerimônia era cheia de simbolismo: O sangue do animal simbolizava a purificação de pecados. As ervas amargas representavam a amargura da escravidão no Egito. E o pão asmo era símbolo de pureza.
            Famílias inteiras participavam da ceia da Páscoa. Se a família era pequena, os vizinhos se juntavam a ela até que houvesse número suficiente para comer todo o cordeiro (Êxodo 12:4). O chefe da casa recitava a história de Israel durante a refeição.
            O primeiro e o sétimo dias da celebração eram guardados como sábados: não havia trabalho algum e o povo se congregava para uma assembléia santa (Êxodo 12:16; Levítico 23:7; Números 28:18, 25). No segundo dia da festa, o sacerdote movia um feixe da primeira cevada colhida, perante o Senhor, para consagrar o começo da colheita. Além dos sacrifícios regulares no santuário, os sacerdotes sacrificavam diariamente dois novilhos, um carneiro, e sete cordeiros como oferta queimada e um bode como oferta pelo pecado (Levítico 23:8; Números 28:19-23).

            3.  A Festa das Semanas (Pentecoste). Esta festa era observada 50 dias após a oferta do feixe de cevada na festa dos pães asmos. Ela assinalava o fim da colheita e o começo da oferta sazonal das primícias (Êxodo 23:16; Levítico 23:15-21; Números 28:26-31; Deuteronômio 16:9-12). Este festival de um dia era observado como sábado, com uma santa convocação no tabernáculo. Eram oferecidos dois pães sem fermento, ao lado de dez animais próprios para oferta queimada, um bode para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano para oferta pacífica. Os sacerdotes insistiam com o povo para que neste festival se lembrasse de ter sido um povo necessitado (Deuteronômio 16:11-12), como o deviam fazer em todas as festas de peregrinação.

4. A Festa dos Tabernáculos (Tendas). Esta festa comemorava a peregrinação de Israel no deserto. Ela recebe seu nome do fato que os israelitas viviam em tendas ou sob ramos de árvores durante a celebração (Levítico 23:40-42). A festa começava no décimo-quinto dia do sétimo mês (tisri), e durava sete dias. Ela caía no fim da época da colheita ― daí um terceiro nome para a festividade, a "Festa da Colheita" (Êxodo 23:16; 34:22; Levítico 23:39; Deuteronômio 16:13-15). O sacerdote oferecia uma oferta queimada especial de 70 novilhos durante a semana. Dois carneiros e 14 cordeiros eram o holocausto diário, e um bode a oferta diária pelo pecado (Números 29:12-34).
            Todo sétimo ano, quando não havia colheita por causa do ano sabático, a Lei de Moisés era lida publicamente durante a festa. Tempos mais tarde, foi acrescentado outro dia à Festa das Tendas para este fim. Era conhecido como Simhath Torah ("Alegria da Lei"), em homenagem à Lei.

            5. O Dia da Expiação. A lei de Moisés exigia somente um jejum ― o Dia da Expiação (Êxodo 30:10; Levítico 16; 23:31-32; 25:9; Números 29:7-11). Este dia caía no décimo dia de tisri, exatamente antes da Festa das Tendas.
            O dia era separado para a purificação de pecados. Era observado  abstendo-se de trabalho, jejuando e comparecendo a uma santa convocação. O sumo sacerdote trocava suas vestes esmeradas por; uma vestimenta simples de linho branco e oferecia uma oferta por si próprio, pela sua casa e por toda a nação de Israel.
            Um aspecto interessante da observância do dia era que o sumo sacerdote simbolicamente transferia os pecados do povo para um bode, ou bode emissário. O sacerdote punha as mãos sobre a cabeça do bode e confessava os pecados do povo. Então o bode era levado ao deserto, onde era abandonado para morrer. (Em tempos posteriores, um assistente conduzia o bode para fora de Jerusalém e o arrojava de um dos penhascos que havia ao redor da cidade.) Este ato encerrava os ritos do Dia da Expiação, O povo, livre do pecado, dançava e regozijava-se (cf. Salmo 103:12).


Continua..................

Pesquisa: Pastor Charles Maciel Vieira 

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