sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ESCATOLOGIA E APOCALIPSE - PARTE 2


ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO

Devido a dificuldade de interpretação do
Apocalipse, surgiram ao longo do tempo, quatro
escolas de interpretação: A “Preterista”, a
“Histórica”, a “Futurista”, e a “Idealista ou
Espiritualista”.

“PRETERISTA”, (de pretérito). Esta entende que o
livro se refere principalmente a eventos dos
seus dias, escrito para confortar uma igreja
perseguida, escrito em código que a Igreja
daquela época haveria de compreender: A luta
entre o Cristianismo e o Império Romano.

“HISTÓRICA” É de parecer que o livro foi
destinado a antecipar uma vista geral de todo o
período da História da Igreja, desde a época de
João até o fim; uma espécie de panorama, uma
série de quadros em que se delineiam as
etapas sucessivas e aspectos importantes da
luta da Igreja até a vitória final.

“IDEALISTA OU ESPIRITUALISTA” – Esta abstrai
inteiramente as figuras do livro de qualquer
referência a fatos históricos, da época de João,
da época da Segunda Vinda, ou da História da
Igreja, e considera-o como representação
ilustrada dos grandes princípios do governo
divino aplicáveis a todos os tempos.

“FUTURISTA” ( de futuro) Entende que a maioria
dos fatos do livro ainda vai se realizar no futuro,
e ocorrerá em breve espaço de tempo na época
da vinda do Senhor .

QUE SE DEVE ESPERAR DO LIVRO COM QUE TERMINA 
A PALAVRA ESCRITA?

Embora as escolas de interpretação
apresentam interpretações diferenciadas,
todas concordam que o objetivo principal do
livro é apresentar a vitória de Cristo, como
sendo um hino de triunfo entoado antes da
batalha. Enquanto o Velho Testamento
constitui-se na preparação para a vinda do
Messias, os evangelhos relatam a sua
manifestação, o livro de Atos fala da
propagação do Evangelho de Cristo, as
Epístolas explanam a sua doutrina, e o livro de
Apocalipse constitui-se na consumação de
toda a obra de Cristo. Ele mostra o pleno
cumprimento de Gn 3.15. A Bíblia é toda ela uma
história só. A última parte do último livro da
Bíblia soa como o final da história começada na
primeira parte do primeiro livro. Portanto, a
interpretação do Apocalipse não deve ser feita
como que isolando-o dos demais livros da
Bíblia. Observe a seguir alguns aspectos que
revelam a harmonia bíblica entre Gênesis e
Apocalipse:

A primeira palavra do Gênesis:
No princípio criou Deus os céus e a terra, Gn 1.1
A última palavra do Apocalipse é:

Vi novo céu e nova terra, Ap 21.1
Gn: Ao ajuntamento das águas chamou Mar, Gn 1.10
Ap: E o mar já não existe, Ap 21.1
Gn: As trevas chamou noite, Gn 1.5
Ap: Lá não haverá noite, Ap 21.25
Gn: Deus fez dois grandes luzeiros (sol e lua), Gn 1.16
Ap: A cidade não precisa de sol, nem de lua, Ap 21.23
Gn: No dia em que dela comeres, morrerás, Gn 2.17
Ap: Não haverá mais morte, Ap 21.4
Gn: Multiplicarei sobremodo as tuas dores, Gn 3.16
Ap: Não mais haverá sofrimentos, Ap 21.4
Gn: Maldita é a terra por tua causa, Gn 3.17
Ap: Não mais haverá maldição, Ap 22.3
Gn: Satanás aparece como enganador, Gn 3.1,4
Ap: Satanás desaparece para sempre, Ap 20.10
Gn: Foram afastados da Árvore da Vida, Gn 3.22-24.
Ap: Reaparece a Árvore da Vida, Ap 22.2
Gn: O homem afastou-se da presença de Deus, Gn 3.24
Ap: Verão sua face, Ap 22.4
Gn: A primeira habitação do homem foi um jardim à
beira de um rio, Gn 22.10
Ap: A eterna habitação do homem redimido será ao
lado de um rio que corre para sempre do Trono de
Deus, Ap 22.1.

COMENTÁRIO

Depois do prólogo que compreende os três
primeiros versículos do livro, os versículos de
4-8 referem-se à saudação e doxologia, que
é uma fórmula de louvor à glória divina, cujo
tema versa sobre aspectos da redenção, que é
a essência do Novo Testamento. O trecho de 9-20 do primeiro capítulo aborda sobre a visão
que João teve do Cristo Glorificado no meio dos
sete candeeiros, tendo na sua mão direita as
sete estrelas, que são os sete anjos das sete
igrejas, Ap 1.20. Cristo revelou-se a João, como
aquele que cuida do seu povo, ao se apresentar
no meio das igrejas e ter na sua mão direita os
sete pastores; e vem para julgar os inimigos do
seu povo.

Continua.

Fonte: IBADEP

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