domingo, 22 de dezembro de 2013

Ibsã, Elom e Abdom e o nascimento de Sansão Juízes - Capítulos 12:8 a 13:25


Ibsã, Elom e Abdom e o
nascimento de Sansão

Juizes capítulos 12:8 a 13:25

Ibsã (Ilustre), o nono juiz, julgou Israel por sete anos. Era de Belém, uma das cidades de Judá ao sul da terra de Israel. Nada sabemos além da grande quantidade de filhas e filhos que teve, trinta de cada, e do seu empenho em obter maridos e mulheres para eles.

Depois que ele faleceu e foi sepultado em Belém, Elom (Carvalho) julgou Israel por dez anos. Dele só sabemos que era da tribo de Zebulom que ficava bem mais ao norte.

Ao falecer Elom e ser sepultado em sua terra, Israel foi julgado por Abdom (Servil) da cidade de Piraton, em Efraim, um pouco ao norte de Belém, por um período de oito anos. Este também tinha uma grande família, com quarenta filhos e trinta netos, cada um dos quais cavalgava um jumento. Também faleceu e foi sepultado em sua cidade.

Nada mais sabemos sobre estes três juizes. Podemos deduzir que pelo menos dois tinham mais de uma esposa e esses dois eram muito abastados, ou lutavam para sustentar tantos dependentes. Já deviam ter bastante idade quando se tornaram juizes. Enquanto julgavam Israel, havia paz porque o povo servia ao SENHOR.

Jsrael novamente fez o que era mau aos olhos do SENHOR, após a morte de Abdom. Provavelmente o povo voltou para a idolatria. Geração após geração eles se voltavam para o mal e era necessário que passassem por sofrimento, opressão e servidão para fazer com que se voltassem ao SENHOR, para render-lhe culto e obediência. O SENHOR não era a causa do seu sofrimento, e sim o seu pecado e desobediência.

Os israelitas eram um povo fraco do ponto de vista militar, dedicando-se principalmente à agricultura e à pecuária. Era necessária a poderosa mão do SENHOR para livrá-los dos inimigos em redor. Mas o SENHOR se afastava deles quando lhe eram infiéis e desobedientes, e o inimigo os sobrepujava.

Por quarenta anos o SENHOR os deixou nas mãos dos filisteus. Os filisteus viviam ao ocidente de Canaã, ao longo do litoral do mar Mediterrâneo. Desde aquela época até o reino de Davi, eles foram o maior inimigo com quem os israelitas tiverem que contender, e eram uma ameaça constante. Os filisteus eram guerreiros valentes e tinham vantagens sobre Israel em termos de número de guerreiros, tática de guerra, e tecnologia. Conheciam como fazer armas de guerra de ferro (1 Samuel 13:19-22). Nada disso adiantava, porém, contra o poder do SENHOR quando Ele apoiava Israel. Mas, durante esses quarenta anos, Israel estava sem o Seu apoio.

Mas o SENHOR estava preparando um libertador, desde a sua concepção: Sansão. Os únicos dois juizes que o SENHOR designou antecipadamente para livrar Israel foram Gideão e Sansão. Débora já julgava Israel quando foi convocada, e Samuel foi designado para ser profeta. Tanto Sansão como Samuel foram resultado de intervenção divina, sendo filhos de mães tidas por estéreis. A missão de livrar Israel foi dada a Sansão antes do seu nascimento.

O Anjo do SENHOR apareceu primeiro à mulher de Manoá: é curioso que seu nome não é dado. Ela era estéril, sem filhos. Mas o Anjo do SENHOR lhe disse que, embora fosse estéril, ela conceberia e daria à luz um filho, que seria consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe, para começar a livrar a Israel do poder dos filisteus: foi só no tempo do rei Davi que o livramento se completou (2 Samuel 8:1). Ela deveria agora se abster de bebida alcoólica e comida "imunda" (Levítico 11:27 - 47), e seu filho seria nazireu, em sinal de consagração.

Nazireu era o nome dado a uma pessoa que tivesse feito voto para servir ao SENHOR (Números 6:1-21). Geralmente era só por algum tempo, mas no caso de Sansão era para a vida inteira, e sem que ele próprio tivesse feito o voto. Foi um caso singular.

Os nazireus (os que se separam, ou se abstêm) se abstinham de:

Cortar o cabelo. O cabelo comprido é desonra para o homem, segundo a Palavra de Deus (1 Coríntios 11:14), mas o nazireu se dispunha a sofrer a humilhação de ter cabelo comprido, e ficava claro aos outros que tinha feito o voto (Atos 18:18).

Aproximar-se de um cadáver, mesmo que fosse de seu pai, mãe, irmão ou irmã. A sua consagração impedia que ele colocasse a sua família antes de Deus (Lucas 14:26-27).

Beber qualquer bebida alcoólica, uvas ou qualquer coisa feita de uvas. O vinho é usado muitas vezes na Bíblia como símbolo de prazer mundano, para alegrar o coração. O nazireu devia encontrar sua alegria no SENHOR. Também, se quisermos agradar a Cristo, não devemos nos embriagar com vinho, mas encher-nos do Espírito Santo (Efésios 5:18). A alegria é característica do fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22).

A mulher cuidou que fosse um homem enviado pelo SENHOR e contou ao seu marido, Manoá, o que ele havia dito, mas não mencionou que o filho prometido iria começar a livrar o povo dos filisteus.

Parece que Manoá não deu muito crédito ao que sua mulher lhe contou, e rogou ao SENHOR que mandasse o homem de Deus novamente para ensinar o que deveriam fazer ao menino que haveria de nascer. Embora não ousando duvidar da promessa que fora feita à sua mulher, ele não queria correr o risco de fazer alguma coisa errada depois que nascesse, pois seria uma vida muito preciosa para ele.

Deus o atendeu, e o Anjo de Deus veio novamente: primeiro à mulher no campo, e ela logo foi correndo chamar seu marido. Manoá foi falar com ele e fez a pergunta que lhe preocupava: qual seria a maneira de vida do menino, e como seria o seu serviço? Ele agora queria uma revelação do futuro, mas Deus não iria dá-la. O Anjo do SENHOR apenas reiterou o que a mulher deveria fazer quanto ao comer e ao beber, e que ela obedecesse ao que Ele já lhe havia dito.

Até aqui, Manoá e a sua mulher julgavam que se tratava apenas de um homem, talvez um profeta, embora sua aparência parecera tremenda a ela, semelhante à dum anjo de Deus.

Querendo ser hospitaleiro, Manoá ofereceu uma refeição a este senhor desconhecido que parecia conhecer bem a ele e a sua esposa. O Desconhecido lhe disse que não iria comer mas se fosse sacrificar um cabrito para a refeição, que o oferecesse ao SENHOR.

Manoá então perguntou-lhe o nome, para que pudesse honrá-lo, ou seja, agradecer e recompensá-lo, se realmente tivessem um filho. Mas o Desconhecido recusou-se a dar-lhe um nome, dizendo que era maravilhoso, ou seja, um segredo além da sua compreensão. O nome do Senhor Jesus Cristo é Maravilhoso (Isaías 9:6): era Ele o "Anjo do SENHOR" que apareceu a Manoá, como já aparecera várias vezes anteriormente aos patriarcas.

Manoá ofereceu então um holocausto (um cabrito) e uma oferta de manjares (cereal, azeite e farinha) em símbolo de adoração a Deus, sobre fogo numa rocha. Quando a chama subiu, o Anjo do SENHOR subiu junto, fazendo com que Manoá percebesse que era o próprio Deus. Ele teve muito medo porque havia visto a Deus, mas sua mulher o convenceu que não havia razão para isto.

O menino nasceu, como havia sido anunciado, e sua mãe lhe deu o nome de Sansão (Pequeno Sol). Ele cresceu, com a bênção de Deus, e o Espírito do SENHOR passou a incitá-lo. Sua força não estava em seus músculos, nem em suas costas, nem em seus cabelos, como muitos poderiam pensar (inclusive ele), mas estava no fato que tinha a presença do Espírito Santo com ele. Enquanto ele mantivesse seu nazireado, representando a sua consagração ao SENHOR, ele teria a Sua força.



R David Jones


Fonte: http://www.bible-facts.info

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