segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Em diários pessoais revelados recentemente o papa João Paulo II se questionou se estava realmente servindo a Deus


Diários privados do papa João Paulo II publicados nessa quarta-feira revelaram detalhes surpreendentes sobre a vida do líder católico, que esteve à frente da Igreja Católica desde o ano de 1978 até sua morte, em 2005. Entre as informações reveladas está a de que João Paulo II passou décadas questionando se era digno do papel que desempenhava na igreja e se estava realmente servindo a Deus.

- A palavra do Senhor. Eu amo a palavra de Deus? Eu vivo por ela? Eu o sirvo de bom grado. Ajuda-me, Senhor, a viver de acordo com sua palavra – escreveu João Paulo II em uma das anotações recentemente divulgadas.

Segundo a Reuters, os diários publicados são notas feitas pelo papa, e que ele queria que fossem destruídos, mas que foram mantidos por seu assessor. Vistas por muitos não como um diário, mas como uma série de reflexões, as anotações foram publicadas em um livro por Stanislaw Dziwisz, que era seu assessor pessoal.

Nascido Karol Wojtyla, no sul da Polônia, em 1920, o homem que veio a se tornar líder da maior organização religiosa do muno desempenhou um papel público muito ativo na era comunista da Polônia e, principalmente, durante seu período como papa. Porém, os eventos públicos tem pouquíssimo espaço em suas anotações, onde ele agonizou sobre se estava fazendo o suficiente para servir a Deus.

Entre seus questionamentos, estão dúvidas a respeito das habilidades exigidas de um sacerdote.

- Qual a linguagem que devo usar quando eu falo para as pessoas? – ele perguntou, em 1974.

- Eu anuncio o Evangelho com total convicção? – questionou também.

Apesar do questionamento de seu papel enquanto sacerdote, não há nenhum sinal nos diários, que contém notas feitas entre 1962-2003, de que a crença do papa em Deus tenha vacilado.

Antes de sua morte, João Paulo II confiou seus diários ao arcebispo Stanislaw Dziwisz, seu secretário pessoal e agora um cardeal no sul da cidade de Cracóvia, com instruções de que eles fossem queimados. Porém, no prefácio do livro, Dziwisz afirma que não os queimou, porque os textos contém a chave para a compreensão da vida espiritual particular do papa.

- Eles revelam o outro lado da pessoa a quem nós conhecíamos como o líder da Igreja – escreveu o cardeal, que foi elogiado e criticado em círculos católicos poloneses depois de anunciar a publicação do livro no mês passado.

Por Dan Martins, para o Gospel+


Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/

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