TEMOR SANTO A DEUS: REVERÊNCIA

 

*Temor Santo: A Reverência que Nos Conecta ao Céu*

Texto Base: Eclesiastes 5:1-7

Introdução

Vivemos tempos em que a relação com Deus é muitas vezes tratada de forma casual e irreverente. 

* Muitos entram na presença de Deus de qualquer maneira, 

* falam palavras sem peso 

* e fazem votos que não pretendem cumprir. 

Salomão, em sua sabedoria, adverte que a atitude diante de Deus deve ser de profunda reverência. 

Em Eclesiastes 5:1-7, somos chamados:

* a pisar com cuidado no templo, 

* ouvir mais do que falar

*  e a tratar nossos compromissos com Deus com extrema seriedade. 

Esta mensagem é um convite a:

* redescobrirmos o temor santo, 

* um temor que não afasta, mas aproxima, 

* não escraviza, mas liberta, 

* pois o verdadeiro temor é o alicerce da verdadeira adoração.

Análise Contextual

Texto-chave: Eclesiastes 5:1-7

“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; e chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.”

1. Análise Histórica

Salomão escreve em meio à consolidação do reino de Israel como uma potência econômica e religiosa. 

O templo havia sido recentemente construído, tornando-se o centro da adoração nacional. 

A religiosidade institucionalizada começava a dar lugar a rituais vazios.

2. Análise Cultural

A cultura judaica valorizava profundamente:

*  o templo, 

* os sacrifícios 

* e os votos a Deus. 

Mas havia o perigo de transformar gestos externos em mera formalidade, sem o coração estar realmente envolvido.

3. Análise Social

A sociedade era hierárquica e religiosa. 

O status social podia ser confundido com espiritualidade, levando muitos a fazer votos impulsivos para serem vistos como mais piedosos.

4. Análise Econômica

Era um tempo de grande prosperidade econômica. 

Essa abundância muitas vezes levava à autossuficiência, tornando a dependência de Deus uma formalidade em vez de uma necessidade sentida.

5. Análise Política

O governo de Salomão era centralizado e próspero. 

Havia um clima de estabilidade, mas também de crescente corrupção espiritual, semelhante ao que mais tarde provocaria a queda moral de Israel.

6. Análise Teológica

A adoração verdadeira a Deus exige:

*  sinceridade, 

* humildade 

* e temor. 

Deus não se impressiona com palavras ou rituais, mas com um coração quebrantado (Salmos 51:17).

7. Análise Psicológica

A impulsividade humana leva a prometer mais do que se pode cumprir. 

Há uma tendência natural de superestimar nossa devoção no momento de emoção religiosa, mas desconsiderar o compromisso quando os sentimentos passam.

8. Análise Geográfica

Jerusalém era o centro espiritual de Israel. 

A casa de Deus (o templo) era física e geograficamente o “coração” da nação. 

O acesso à casa do Senhor representava o privilégio de se achegar à presença divina.

Análise Semântica do Texto em Hebraico

• “Guarda” (שָׁמַר – shamar): 

implica vigilância ativa, como um soldado em seu posto.

• “Pé” (רֶגֶל – regel): 

simboliza o caminhar, a aproximação consciente, a preparação para estar diante do sagrado.

• “Sacrifício de tolos” (זֶבַח כְּסִילִים – zevach kesilim): 

um ato exterior sem entendimento ou reverência.

• “Voto” (נֶדֶר – neder): 

uma promessa solene feita a Deus, vista como extremamente séria e obrigatória.

Vamos explorar nesta mensagem 3 pontos:

1. A Preparação do Coração: Entrando com Reverência

2. O Peso das Palavras: Falando Menos e Ouvindo Mais

3. A Seriedade dos Compromissos: Cumprindo o que Prometemos a Deus

*Dito isto vamos analisar:

*Tenhamos uma mente aberta para …*

1. A Preparação do Coração: Entrando com Reverência

A reverência não é um ato exterior, mas uma disposição interna. 

Salomão nos chama a “guardar o pé” ao entrar na casa de Deus, ou seja, preparar a alma para encontrar o Santo. 

A adoração não é um show para impressionar, mas um momento sagrado de encontro com o Altíssimo. 

A preparação do coração é essencial para que nosso culto seja agradável a Deus (Salmos 24:3-4). 

Sem pureza interior, todo sacrifício exterior é rejeitado.

1.1 – Vigilância ao Entrar (Eclesiastes 5:1)

“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus…”

Nossa entrada na presença de Deus deve ser consciente, não automática. 

Cada passo deve ser dado com temor e reconhecimento da santidade d’Ele.

1.2 – Prioridade em Ouvir (Eclesiastes 5:1)

“Chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos…”

Ouvir implica submissão. 

O ouvir verdadeiro é a disposição de obedecer. 

Deus fala primeiro para nos transformar antes que respondamos em adoração.

1.3 – Evitando a Insensatez (Provérbios 10:19)

“Na multidão de palavras não falta transgressão…”

Palavras precipitadas em adoração revelam insensatez. 

Melhor poucos gestos sinceros do que muitos atos vazios.

*Tenhamos uma mente aberta para …*

2. O Peso das Palavras: Falando Menos e Ouvindo Mais

As palavras têm peso diante de Deus. 

Não somos chamados a impressioná-Lo com longas orações ou votos impensados. 

Salomão adverte que Deus está nos céus e nós na terra, há uma distância de grandeza entre nós e Ele. 

Portanto, devemos ser breves e conscientes no falar (Mateus 6:7-8).

2.1 – Deus Está no Céu (Eclesiastes 5:2)

“Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras.

Reconhecer a transcendência de Deus nos humilha e nos ensina a respeito da nossa real condição.

2.2 – A Insensatez da Pressa (Eclesiastes 5:2)

“Não te precipites com a tua boca…”

Prometer ou falar sem pensar é pecado. 

A pressa em falar demonstra falta de reverência e falta de entendimento da majestade divina.

2.3 – Falar com Discernimento (Provérbios 17:27)

“Quem retém as palavras possui o conhecimento…”

*O domínio da língua é evidência de maturidade espiritual.*

Quem teme a Deus fala com sabedoria e moderação.

*Tenhamos uma mente aberta para …*

3. A Seriedade dos Compromissos: Cumprindo o que Prometemos a Deus

O voto é uma promessa sagrada. 

Salomão ensina que é melhor não fazer voto do que fazê-lo e não cumprir. 

Deus não se agrada de promessas vazias. 

Ele requer fidelidade (Deuteronômio 23:21-23). 

*Todo compromisso diante de Deus é um pacto que deve ser honrado com responsabilidade e temor.*

3.1 – A Necessidade de Cumprir (Eclesiastes 5:4)

“Cumpre o que votares…”

Deus leva a sério nossos compromissos. 

*A fidelidade nos pequenos votos reflete nosso respeito pela Sua santidade.*

3.2 – O Perigo do Voto Impensado (Eclesiastes 5:5)

“Melhor é que não votes do que votes e não cumpras.”

*Deus prefere a sinceridade à ostentação religiosa.*

*Prometer para impressionar, mas não cumprir, é afronta à santidade divina.*

3.3 – A Justiça Divina em Relação aos Votos (Números 30:2)

“Quando um homem fizer voto ao Senhor… não violará a sua palavra…”

Deus exige que aquilo que prometemos voluntariamente seja cumprido integralmente. 

Ele é fiel e espera fidelidade.

Aplicação

Deus nos chama a viver uma adoração autêntica e reverente. 

*Cada palavra, cada atitude diante d’Ele deve ser marcada pelo temor santo.*

* Prepare seu coração antes de falar, 

* ouça mais do que fala, 

* e honre a Deus com tudo que prometer. 

A vida de adoração verdadeira é o caminho da alegria real e da presença contínua do Senhor.

Citação de Paul Washer

*”O verdadeiro cristão não se preocupa apenas em parecer piedoso, mas em ser encontrado fiel no secreto diante de Deus.”*

Conclusão com Perguntas Reflexivas

1. Tenho entrado na presença de Deus com reverência ou com distração?

2. Minhas palavras diante de Deus têm sido reflexo de temor e amor?

3. Tenho sido fiel em cumprir os votos e promessas que faço a Deus?

*Dito isto podemos afirmar que:*

*Quem caminha em temor diante do trono de Deus nunca será abalado diante dos tronos deste mundo!*

Logo podemos observar que:

*Tenhamos uma mente aberta para …*

… A Preparação do Coração: Entrando com Reverência

… O Peso das Palavras: Falando Menos e Ouvindo Mais

… A Seriedade dos Compromissos: Cumprindo o que Prometemos a Deus

*PENSE NISSO!*

Um dia abençoado para nós e nossa família.