segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A MELHOR IDADE VERSUS A IGREJA EVANGELICA


  Vou falar sobre a MELHOR IDADE: Temos vários nomes utilizados para identificação de nossos amigos e irmãos com idade igual ou superior a sessenta anos: Terceira Idade, Melhor Idade, e etc. Paulo escreveu sua carta a Filemon, intercedendo por um escravo fugitivo por nome Onésimo, mas que se converteu a Jesus através de Paulo. Paulo, o Apóstolo, ao se apresentar na sua Carta a Filemon, chama a si mesmo de PAULO, O VELHO (Filemon versículo 9). Paulo ao escrever ao irmão Filemon, reconhece sua idade, porém mostra sua eficácia na Obra do Evangelho do Reino. Paulo escreveu essa carta estando na prisão em Roma. É uma de suas cartas da prisão. Mas Paulo não se sentia preso pelos homens mas "prisioneiro de Jesus Cristo". Paulo diz a Filemon que "gerou" Onésimo na prisão. Foi um discipulado, respondendo a dúvidas, ensinando Onésimo a ser um homem de Deus de verdade. Quantas perguntas Paulo teve de responder a Onésimo? Quantas crises Onésimo teve na prisão? Quantas lutas espirituais, emocionais e psicológicas Onésimo teve, sendo tratado pelo já idoso Paulo? No Salmo 92.14, falando sobre a terceira idade, diz: "Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos". Quando as dores do corpo, as limitações da visão já cansada, as dificuldades de audição, a reclamação continua sobre os dias atuais, uma modernidade que machuca suas almas, conhecimentos, mas a sabedoria é totalmente aproveitavel para nossa geração. Em Eclesiastes, Salomão conta um acontecimento em que um homem sábio, com certeza já idoso, com sua sabedoria conseguiu salvar uma cidade, salvou vidas, porém ninguém mais comentava, ninguém se lembrava daquele homem: "E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem" (Eclesiastes 9.15). As Igrejas tem de ter total aproveitamento e investimento na Melhor Idade. Não são descartáveis, são dignos, são sábios. Lembro, como se fosse agora, hoje, quando trabalhava com meu saudoso avô que era Carpinteiro, Presbítero Ezequiel Maciel Neto. Às vezes eu via vovô com dores, mas o mesmo fazia a obra de Deus e trabalhava no serviço de carpinteiro, para ajudar a pobre aposentadoria. Meu avô foi meu pai, meu conselheiro, homem sábio, Homem de Deus, sempre dando fruto até o último momento. Enquanto o Soldado estava de pé, vidas foram edificadas, salvas, aconselhadas, mas um dia a máquina humana parou de funcionar. Deus assim quis. Hoje, com 39 anos eu sinto dores que meu avô sentia com 79 anos. Espero poder escrever uma carta para "Filemon" e dizer: "CHARLES, O VELHO", "PRISIONEIRO DE JESUS CRISTO".


Pr. Charles Maciel Vieira, D.Th.

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