Palavra e Teologia, Tudo concernente a Biblia, Teologia e vontade de Deus na vida do homem, escritos apocalipticos biblicos, arqueologia biblica e geral, Teologia Biblica e uma palhinha de Sistematica. Palavraeteologia. Word and theology, all concerning the Bible, Theology and the will of God in man's life, apocalyptic biblical writings, biblical archeology and general Biblical Theology for Systematics and a straw. Palabra y la teología,la Biblia, la Teología, escatología.
No Egito, dois grandes eventos promovidos por
entidades cristãs, no deserto, levaram milhares de pessoas a confessarem a
Jesus como seu salvador. No último mês, um festival da juventude cristã reuniu
cerca de 10.000 pessoas no deserto, a cerca de 100 quilômetros
norte da cidade do Cairo. Algumas semanas mais tarde, outro evento ainda maior
atraiu cerca de 45 mil pessoas no mesmo lugar.
Os organizadores do evento relatam que cerca
de 25 mil pessoas deram vida a Jesus e O confessaram como salvador. Eles contam
ainda que ao final do evento cerca de 8.000 pessoas deram seus dados
solicitando orientação através de estudos bíblicos, que serão fornecidos pelas
igrejas locais.
De acordo com o site “Entre Cristianos”,
muitos dos participantes do evento eram membros da Igreja Copta Ortodoxa, e em
uma das noites um padre copta ortodoxa pregou. Muitos afirmam que essa é a
primeira vez que se teve noticia e pode ser visto um ortodoxo egípcio pregar
diante de tal multidão e em um púlpito evangélico.
Esses eventos acontecem em um momento de
incerteza para os cristãos do país, pois após a posse do novo governo tem
aumentando a perseguição aos cristãos/evangélicos, pois a irmandade Muçulmana
intenciona implantar a Sharia (lei islâmica) como lei soberana no país.
Além do público presente, a organização
estima que cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo puderam acompanhar o
evento pelas transmissões pela TV via satélite.
(Do grego heterodoxos) Não
ortodoxo. O que se opõe aos princípios duma religião ou ortodoxia. Herético.
Consideremos porém que nem
sempre o heterodoxo acha-se contra Bíblia. Pois é possível contrariar os dogmas
de uma religião sem ferir os princípios da Palavra de Deus. Ou seja: é possível
ser heterodoxo em relação aos artigos de fé de uma determinada igreja e
ortodoxo quanto à Palavra de Deus.
Fonte: Dicionário Teológico –
Claudionor Correa de Andrade – CPAD
Alguns
dizem que o primeiro maçom foi Adão. Surgindo a maçonaria no Éden, ou que ela
remonta a mais antiga história da civilização humana e se perdeu nas brumas do
tempo. Exageros à parte, vejam até onde a história registra o seu surgimento.
Muitos
escritores maçônicos são de opinião que a maçonaria teve sua origem numa
confraria de pedreiros, criada por Numa, em 715 a.C.,
que viajava pela Europa construindo basílicas. Com o passar dos tempos, porém,
essa sociedade perdeu o seu caráter primitivo e muitas pessoas estranhas à
arquitetura nela foram admitidas.
Alguns
acham que ela teve uma origem mais remota: seria originária dos antigos
mistérios pagãos religiosos do velho Egito e da antiga Grécia. Outros admitem
que ela se originou por ocasião da construção do templo de Jerusalém, no
reinado de Salomão, rei dos israelitas (1082-975 a.C.),
e tendo como fundador e arquiteto, Hiram Abif. De acordo com a maioria das
autoridades maçônicas, a maçonaria moderna (também chamada de maçonaria
“especulativa”, teve seu primeiro registro com a fundação da primeira Grande
Loja, em Londres, 1717 d.C..
Trata-sse
de uma sociedade, dita, filantrópica, fraternal e parcialmente secreta (ou
discreta como alguns preferem chamar). É uma sociedade religiosa ou mesmo uma
religião, dependendo da ótica de quem a vê.
Como religião, acredita num Ser Supremo que
chamam Grande Arquiteto do Universo (G:.A:.D:.U:.), exigindo de seus candidatos
a crença neste ser não definido e inominado; comum a todas as religiões. Possui
ritual próprio, de adoração, casamento, funerais, festas, juramentos,
iniciações e para as reuniões ordinárias e formais. Reúne-se em Templos, onde
se encontram altares e um Livro Sagrado (que pode ser a Bíblia, ou, outro livro
considerado sagrado para qualquer religião). As Lojas são dirigidas por
ministros (veneráveis). As reuniões são abertas e fechadas com uma oração,
invocando a benção do Grande Arquiteto do Universo. Tem um conceito para a alma
humana que é eterna e que tem a sua salvação, ou, evolução através das boas
obras.
A
maioria dos maçons que participam dos rituais não compreende o seu verdadeiro
sentido oculto. Seguem a maçonaria apenas com uma participação irrefletida nos
rituais, apenas imitam o que os outros fazem ou mandam fazer. Para estes, a
maçonaria não é ocultista. Tais maçons desconhecem o significado misterioso de
muitos dos símbolos e rituais maçônicos. Segundo C. W. Leadbeater, em A Vida
Oculta na Maçonaria (pág. 275), “tudo na loja maçônica – os móveis, os
símbolos, a abertura e o encerramento da loja, os rituais e gestos tanto dos
três primeiros graus (Loja Azul ou Simbólica) quanto dos graus mais avançados –
está cheio de simbolismo derivado de antigas religiões pagãs”. Como exemplo, a
respeito da ressurreição de Hiram Abif, simbolizada no terceiro grau de
Mestre-Maçom, Clymer declara, em seu livro, Antiga Maçonaria Mística Oriental
(pág. 53): “Qualquer pessoa pode reconhecer no Mestre-Maçom, Hiram, o Osíris
dos Egípcios, O Mithra dos Persas, o Baco dos Gregos, o Atys dos Frígios, cuja
paixão, morte e ressurreição esses povos celebravam, da mesma forma que os
cristãos celebram até hoje a de Jesus Cristo. Aliás, este é o modelo eterno e
invariável de todas as religiões que se sucedem na Terra”.
A
maçonaria bebe livremente das fontes das religiões egípcias, cananitas,
babilônicas, gregas, da filosofia hermética (gnóstica), do zoroastrismo, do
islamismo, do misticismo, da Rosacruz, das religiões orientais e dos conceitos
hoje chamados a Nova Era.
O
conceito de Deus na maçonaria Será que o
“deus” da maçonaria é semelhante ao Deus da Bíblia? É difícil descobrir o nome
da divindade da maçonaria, visto que este é um segredo bem guardado. Para os
profanos, ou seja, os de fora, é descrito como o “Grande Arquiteto do Universo”
(G:.A:.D:.U:.). A intenção é justamente de parecer algo vago. Nos graus
inferiores a divindade é chamada de “Deus”, ou “Soberano Árbitro dos Mundos”,
ou como G:.A:.D:.U:. Dentro da Loja, quando se progride para os graus mais
elevados, a natureza de deus começa a tomar uma forma menos suave. O deus da
maçonaria é um deus “genérico”. Seu rótulo está em branco, de maneira que se
quiser escrever nele Alá, Krishna ou até Satanás, você pode, e nenhum maçom
objetará. Este é, evidentemente, o “deus-do-menor-denominador-comum”. Diz-nos
Albert Mackey, autoridade maçônica (Mackey’s revised encyclopedia of
Freemasonry, p. 409-410): “Pode estar certo [...] que Deus está igualmente
presente com o hindu piedoso no templo, o judeu na sinagoga, o muçulmano na
mesquita e o cristão na igreja”.
O princípio
maçônico é um Ser Supremo, e qualquer qualificação acrescentada é uma inovação
e distorção. O Monoteísmo… viola os princípios maçônico, pois exige a crença
num tipo específico de Divindade Suprema.
Deste
modo, se você disser ao satanista que ele não pode ser maçom porque o seu ser
supremo, o diabo, não é um deus de primeira linha, estará violando os
“princípios maçônicos”.
Sabemos
que o deus da bruxaria é Lúcifer. Assim, quando alguém é convidado a fazer
parte da maçonaria, é visitado por dois maçons que o interrogam com diversas
perguntas, sendo que uma delas é se acredita num Ser Supremo. Se ele for um
bruxo ou um cristão, isto não vem ao caso, o que importa é que ele acredite num
Ser Supremo, seja ele Deus ou o Diabo. Nas Lojas encontramos muitos adoradores
de Lúcifer que atingem grau elevado nos rituais. Então,
quando a maçonaria afirma que o Deus adorado por todos os homens é o Deus da
maçonaria, isto não pode ser verdade. A maçonaria tem um conceito distinto de
Deus, que discorda de quase todos os conceitos específicos de outras religiões. A
maçonaria ensina, no grau do Arco Real (do Rito de York) que o nome verdadeiro
de Deus é Jabulom. O
candidato aprende claramente no seu manual maçônico que o termo “Jabulom” é um
termo composto para Jeová (Jah), Baal (Bul ou Bel) e On (uma possível
referência a Osíris). Neste nome composto é feita uma tentativa de mostrar
mediante uma coordenação de nomes divinos… a unidade, identidade e harmonia das
idéias hebraicas, assírias e egípcias sobre deus, e a harmonia do Arco Real com
essas religiões antigas. Bal era
uma divindade tão maligna que encontrar o nome do Deus único, verdadeiro e
santo, Jeová, ligado ao de Baal e On nos ritos maçônicos é blasfêmia. Quem quer
que estude a malignidade de Baal no Antigo Testamento pode ver isso claramente.
(2ºRs 17.16,17; Jr 23.13 e 32.35). Deus não é
uma combinação de todos os deuses. A Bíblia nos ensina que só o Deus cristão é
o Deus único e verdadeiro, e não uma associação de todos os deuses (2ªCr 6.14,
Is 42.8 e Dt 4.39). Cristo
na maçonaria Se
encontrarmos um conceito tão artificial e vago de Deus, o que esperar do Seu
Filho, o nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo? Se
buscarmos na literatura maçônicas informações acerca de Jesus Cristo
descobre-se uma ausência quase total de dados a esse respeito. Embora nas
reuniões maçônicas sejam feitas orações, é expressamente proibido orar em nome
de Jesus, para não ofender a sensibilidade religiosa dos maçons que são membros
de outras religiões que negam ser Jesus a única encarnação de Deus e Salvador
do mundo. Por exemplo, a natureza e missão únicas de Cristo são negadas pelos
hindus, budistas, muçulmanos, judeus, etc. A fim de não ofender essas pessoas,
ela ofende os cristãos.
Em nenhum
lugar da literatura maçônica você vai encontrar Jesus chamado de Deus ou de
Salvador do mundo, que morreu pelos pecados do homem. Retratá-Lo dessa forma
iria “ofender” os homens a maçonaria não quer ofender ninguém. A maçonaria
ensina que Jesus era apenas homem.
A
maçonaria exclui completamente, todos os ensinos bíblicos específicos sobre
Cristo, tais como a Sua encarnação, missão redentora, morte e ressurreição. A
maçonaria “exclui cuidadosamente” o Senhor Jesus Cristo das Lojas e Capítulos,
repudia sua mediação, rejeita a sua expiação, nega e não reconhece o seu
evangelho, desaprova a sua religião e igreja, ignora o Espírito Santo, e
estabelece para si mesma um império espiritual, uma teocracia religiosa, em
cujo ápice coloca o G:.A:.D:.U:. – o deus “genérico”, e do qual o Deus vivo,
único e verdadeiro, é expulso deliberadamente.
A Bíblia
ensina claramente que Jesus Cristo é Deus: “No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo
se fez carne e habitou entre nós…” (Jo 1.1,14).
Ver: Tt 2.13; 10.30,33,38; 14.9,11; 20.28; Rm 9.5; Cl 1.15; 2.9; Fp 2.6; Hb
1.3; 2ªCo 5.19; 1ªPe 1.2; 1ªJo 5.2; Is 9.6.
Todos
esses ensinamentos sobre Jesus na Bíblia provam que a maçonaria está errada
naquilo que ensina a respeito d’Ele. Como pode então o cristão que afirma crer
em Jesus como seu Salvador continuar aceitando a religião falsa (maçonaria) que
nega seu Senhor? O próprio Jesus não disse: “por que me chamais Senhor, Senhor,
e não fazeis o que vos mando?” (Lc 6.46). O próprio Jesus advertiu: “Mas aquele
que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está
nos céus” (Mt 10.33). Ele também disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos
céus” (Mt 7.21). Em resumo,
a maçonaria se opõe ao Deus cristão. Portanto, estes ensinamentos são
deliberadamente antagônicos à fé cristã.
Plano
de Salvação da maçonaria A
maçonaria ensina que a salvação e a morada na “Loja Celestial” pode ser obtida
mediante as boas obras praticadas pelos maçons. Isso é bíblico? Através de
vários símbolos, ensina a maçonaria uma doutrina de “salvação por obras”. O
neófito (candidato) maçônico é repetidamente informado de que Deus será
gracioso e recompensará aqueles que edificarem o seu caráter e fizerem boas
obras. Um
exemplo: “A Espada Apontada para um Coração Desnudo” é considerado como “uma
lembrança penetrante de que Deus nos recompensará de acordo com o que fizermos
nesta vida”. Do mesmo modo, “O Olho-Que-Tudo-Vê, simbolizando Deus, penetra os
recessos mais íntimos do coração humano e irá recompensar-nos de acordo com os
nossos méritos”.
Em todos
os rituais a maçonaria mostra como alcançar o céu. Ensinam isto mediante o uso
do avental de “aprendiz” que traduz pureza, vida e conduta. O Landmark nº 20
declara que de cada maçom “é exigida a crença em uma vida futura”. A
imortalidade da alma é uma das doutrinas mais importantes da confraria. Ensinam
isto na lenda de Hiram ABIF do terceiro grau, [simbolizando] a imortalidade da
alma. Através de todos os seus escritos, eles dizem que estão ensinando a
imortalidade da alma ao maçom, mais a palavra de Deus nos diz que a única
maneira de ter vida eterna é através da Pessoa de Jesus Cristo. Nenhum ritual
maçônico jamais indicou que Jesus é o caminho da Salvação. “Disse-lhe Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (Jo
14:6). Disse Pedro a respeito de Cristo: “E em nenhum outro há salvação, porque
também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos”. (At 4.12).
O conceito
maçônico de salvação é aquele que a Bíblia chama de “outro evangelho”. Ele é
tão contrário ao caminho da salvação de Deus que a Escritura o colocou sob a
maldição divina: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos
chamou à graça de Cristo para outro evangelho”. “O qual
não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho
de Cristo”. “Mas,
ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que
já vos tenho anunciado, seja anátema”. (Gl 1.6–8).
A salvação
vem unicamente pela graça (favor imerecido) de Deus e não por qualquer coisa
que a pessoa possa fazer para ganhar o favor de Deus, ou pela sua retidão
pessoal. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós,
é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. (Ef 2.8,9).
Dando
a César o que é de César Devo
acrescentar que muitos dos maçons são pessoas de boa vontade, boa índole,
muitos são sinceros, muitos são bem intencionados, muitos são religiosos, porém
estão enganados. Diz-nos a Bíblia que “há caminhos que ao homem parece direito,
mas o fim dele são os caminhos da morte”. (Pv 14.12). Também digo que tenho
muitos amigos que fazem parte da Maçonaria, mas isto não quer dizer que
corrobore ou concorde com eles.
Conclusão Pelo
exposto, concluímos que a maçonaria é uma falsa religião, contrária aos
ensinamentos da Palavra de Deus e entra em conflito especialmente com os
ensinamentos cristãos. A maçonaria é contrária ao Deus único e verdadeiro, é
oposta à pessoa e obra de Jesus Cristo, é oposta à salvação pela graça, e
contradiz toda doutrina básica cristã. Como pode
então o cristão ser membro, viver de acordo e promover os ensinamentos da
maçonaria? Os maçons
cristãos devem decidir hoje se vão permanecer maçons e negar o seu Senhor,
Jesus Cristo, ou se farão a vontade do Pai celestial e deixarão a maçonaria.
Ao fazer
parte da Loja, o maçom cristão está apoiando “outro evangelho”, um falso
sistema de salvação que engana os homens quanto à maneira de serem salvos.
Se você
for um verdadeiro crente em Jesus Cristo, ao compreender isso, deve obedecer a
advertência bíblica em 2ªCo 6.17: “Por isso, retirai-vos do meio deles,
separai-vos, diz o Senhor”.
Séculos
atrás, o profeta Elias desafiou o povo de Deus que havia abandonado o Deus
verdadeiro e caído no triste pecado da idolatria. Ele os advertiu: “Até quando
coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se á Baal,
segui-o” (1ºRs 18.21). Esta pergunta continua verdadeira para os cristãos
maçons de hoje. Siga a Deus ou siga a maçonaria.
O guarda-roupa do
indivíduo que vivia nos tempos bíblicos era básico. Uma tanga (talvez)
era usada por baixo da túnica, e também se usava alguma forma de cobertura para
a cabeça. Calçados e casaco eram opcionais. As pequenas variações nesse padrão
durante os dias bíblicos ficavam no terreno das cores, material e estilo, em
vez de nas provisões básicas, pois roupas desse tipo se adaptavam melhor a um
clima relativamente quente. Paulo usava a túnica presa na cintura por um cinto,
como uma metáfora para o estilo de vida do povo escolhido de Deus (Cl 3.12), e
todos compreendiam que ele falava do que era básico.
A roupa de baixo,
quando usada, era uma tanga ou saiote. Pedro usava a tanga quando ficava
"nu" ou "despido" no barco de pesca da família (Jo 21.7).
Jesus foi crucificado usando apenas a tanga, porque os soldados já haviam
removido sua túnica (Jo 19.23).
A Túnica
A túnica era a peça
essencial, sendo feita de dois pedaços de material, costurado de forma que a
costura ficasse horizontal, à altura da cintura. Quando eram tecidas litas no
material do tear, elas caíam verticalmente no tecido acabado. A túnica era como
um saco em muitos aspectos. Havia uma abertura em V para a cabeça, e cortes
feitos nas duas laterais para os braços. A túnica era geralmente vendida sem a
abertura em V, para provar que era realmente nova. O material podia ser lã,
linho ou até algodão, segundo as posses do usuário. As túnicas feitas de pano
de saco ou pelo de cabra eram muito desconfortáveis por causarem irritação na
pele. Só eram então usadas em épocas de luto ou arrependimento.
As túnicas masculinas
eram quase sempre curtas e coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e
eram azuis, com bordados no decote em "V", o que em alguns casos
indicava a aldeia ou região do usuário. A túnica usada por Jesus deve ter sido
da última moda, por não ter a costura central. Teares preparados para acomodar
o comprimento total da túnica só foram inventados nos seus dias (veja Jo 19.23).
A túnica era presa à
cintura por um cinto de couro ou tecido áspero. O cinto tinha às vezes uma
abertura, para colocar um bolso onde guardar dinheiro ou outros pertences
pessoais (Mc 6.8). O cinto era também útil para enfiar armas ou ferramentas ( 1
Sm 15.13). Quando os homens precisavam de liberdade para trabalhar ou correr,
levantavam a barra da túnica e a prendiam no cinto, tendo assim maior liberdade
de movimento. isso era chamado de "cingir os lombos", e a frase
tornou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro recomenda, por exemplo,
discernimento claro, aconselhando os cristãos a cingirem o seu entendimento ( 1
Pe 1.13). As mulheres também levantavam a barra da túnica - no caso delas -
para levarem coisas de um lugar para outro. Não eram usadas roupas de dormir no
fim do dia; o cinto era afrouxado e a pessoa deitava-se com a sua túnica.
O Manto
Quando o indivíduo era suficientemente rico para comprá-lo, ou quando o frio
exigia, um manto (ou capa) era usado sobre a túnica. Os mantos eram feitos de
duas formas. No campo, onde o calor era determinante, eles enrolavam material
pesado de lã ao redor do corpo, costurando-o na altura dos ombros e abrindo
fendas para a passagem dos braços. O manto era a única forma de proteção para
muitos, portanto, mesmo recebido como penhor de um empréstimo, ele tinha de ser
devolvido ao dono antes do anoitecer para que pudesse agasalhar-se na friagem
da noite (Êx 22.26,27). pela mesma razão um tribunal judeu jamais daria um
manto como recompensa.
O outro tipo de manto era como um vestido frouxo com mangas largas. Quando
feito de seda era um traje de gala, e o indivíduo rico jamais sairia de casa
sem ele. os fariseus usavam franjas azuis na orla de seus mantos, a fim de que
os outros vissem que eles guardavam a lei registrada em Números 15.38,39. Em
vista de essa prática tender ao exibicionismo, ela foi condenada por Jesus (Mt
23.5). A mulher que sofria de hemorragia quis provavelmente tocar essa
extremidade do manto de Jesus (Mt 9.20).
Calçados
Os pobres quase sempre andavam descalços, mas outros usavam sandálias simples.
A sola era feita de um pedaço de couro de vaca cortado na forma do pé. Ela era
ligada ao pé por uma tira comprida que passava através da sola, entre o dedo
maior e o segundo dedo do pé, e era amarrada ao redor do tornozelo (Lc 3.16).
Um outro modelo prendia alças feitas ao redor da sola com uma tira, cruzando-as
por sobre o pé. Chinelos eram também usados.
Chapéus
A maioria dos homens
parece ter usado uma cobertura no alto da cabeça: um pedaço de material dobrado
em forma de tira com um dos lados virado para cima, de modo a dar uma aparência
de turbante. As mulheres usavam um quadrado de material dobrado para proteger
os olhos e que caía sobre o pescoço e ombros, como proteção completa contra o
sol, o qual era mantido no lugar por um cordão trançado. Um véu transparente
era usado algumas vezes sobre a cabeça para que a mulher não mostrasse o rosto
em público. Só o marido podia ver a face da esposa. Rebeca ocultou assim o
rosto antes de casar-se com Isaque ( Gn 24.65). Na cerimônia de casamento o véu
era retirado do rosto da noiva e colocado no ombro do noivo, com a declaração:
"O governo está sobre os seus ombros" (Is 9.6).
Limpeza das Roupas
As roupas eram lavadas,
permitindo que a água limpa de um regato passasse pela trama do tecido
removendo a sujeira; ou colocando as roupas molhadas sobre pedras chatas e
esfregando a sujeira. Davi usou a ideia de lavar roupas como símbolo da ação
necessária para limpar o seu pecado (Sl 51.2). O sabão era feito de óleo de
oliva ou um álcali vegetal.
Vestuário Básico
Bem poucos podiam
adquirir roupas devido ao seu alto preço. Os pobres só tinham uma muda de
roupa. Portanto era comum trocar uma pessoa por um par de sapatos (Am 2.6), e
foi praticamente revolucionário dizer ao povo que desse as túnicas de reserva
como fez João Batista (Lc 3.11). É interessante ver que na sua codificação da
lei no século I d.C., os judeus fizeram uma lista de roupas que podiam ser
resgatadas de uma casa incendiada no sábado - interessante porque a lista
indica o valor das roupas e menciona peças familiares na época. A lista está
dividida em duas seções, para homens e mulheres ( as crianças usavam versões
menores das roupas dos adultos).
Muitos dos nomes das
peças são gregos, mas os padrões básicos são exatamente os mesmos. As roupas
tinham tamanha importância que rasgá-las em pedaços era um sinal de intenso
sofrimento ou luto (Jó 1.20).
Ornamentação
Além das roupas, eles
usavam muitos outros recursos, tais como maquiagem, enfeites e tratamento de
cabelo. Esse aspecto era tão importante para as mulheres da época do Novo
Testamento que as cristãs foram advertidas a se enfeitarem com um espírito
manso e tranquilo ( 1 Pe 3.3,4). os cosméticos eram feitos com kohl (carbonato
verde de cobre) ou com galena ( sulfeto negro de chumbo) (Ez 23.40).
Isaías descreve com
detalhes a ornamentação usada em sua época (Is 3.18-21). Muitos dos brincos,
braceletes e pingentes eram engastados com pedras preciosas, mas é extremamente
difícil identificar a natureza exata das pedras nas linguagens antigas. Óleos eram
usados como base para pigmentos que coloriam os dedos das mãos e dos pés. Os
cosméticos poderiam ser aplicados com os dedos ou com uma pequena espátula de
madeira. os homens usavam frequentemente um anel no dedo ou uma corrente ao
redor do pescoço, mas esses anéis serviam mais para selar do que como
decoração. Nos dias do Antigo Testamento, o cabelo era um item importante,
sendo raramente cortado.
Curiosidades
Roupas
masculinas/Roupas femininas
Deuteronômio 22.5. Em vista da
túnica ser tão básica, ela era idêntica para homens e mulheres, exceto que a do
homem era geralmente mais curta ( na altura do joelho) e a da mulher mais longa
( na altura do tornozelo) e azul. A proibição de trocar as roupas teve sua
origem no estímulo sexual que fazia parte da religião cananita.
O "casaco colorido
de José"
Gênesis 37.3. José ganhou uma túnica
feita de muitas peças. As peças adicionais eram provavelmente mangas compridas
que atrapalhavam quando havia serviço a fazer. (Quando as mulheres usavam
mangas longas e largas, elas as amarravam atrás do pescoço, para que os braços
ficassem livres). Isso indicava que José não devia fazer trabalho pesado; ele
era o herdeiro escolhido para governar a família.
O manto e a túnica
Mateus 5.40; Lucas
6.29. Jesus não entendera mal e não estava se contradizendo. No primeiro
caso, Jesus falava sobre o tribunal que podia tirar a túnica, mas não a capa da
pessoa. No segundo caso, um ladrão iria roubar primeiro a roupa de cima, que
era valiosa.
Cobrindo a cabeça das
mulheres
1 Coríntios 11.10. As mulheres
andavam com a cabeça coberta e usavam véu fora de casa. Só as prostitutas
mostravam a face e exibiam os cabelos para atrair os homens. Paulo diz então
aos cristãos que se uma mulher não usar véu na igreja, deve ter a cabeça
raspada; mas é melhor que cubra a cabeça. Mesmo quando os cristãos têm
liberdade para a prática da sua fé, não devem contrariar os bons costumes.
A armadura de Deus Efésios 6.10, 11. Paulo se refere à roupa usada pelo soldado. Ele
combina a profecia de Isaías sobre a armadura de Deus ( Is 59. 16, 17) com o
que sabe sobre o soldado romano. Por baixo da armadura do soldado estava uma
vestimenta básica para "ficarem firmes", de modo que a armadura
(casaco e saia de couro cobertos com placas de metal) pudesse ajustar-se por
cima. os soldados romanos tinham sandálias pregadas com tachas grandes que
firmavam seus pés no chão. Paulo usa a descrição para dizer que o diabo não
poderá derrubar os cristãos se eles forem estritamente honestos, absolutamente
justos em seus tratos e não se deixarem perturbar facilmente. Acrescente a isso
uma salvação que os capacita a viver segundo o padrão de Deus, com acesso ao
que Deus disse e confiança nEle, e o cristão estará bem protegido.
Os trajes do sacerdote Êxodo 28. Os sacerdotes usavam uma roupa de linho sobre a parte de cima
da túnica, talvez para mantê-la limpa, chamada estola ( 1 Sm 2.18, 19). O sumo
sacerdote usava roupas especiais, mas continuava seguindo a provisão básica. A
túnica era azul, a estola ricamente bordada, e havia nesta uma espécie de bolsa
incrustada de jóias contendo dois discos para determinar a vontade de Deus, ao
serem lançadas sortes. A capa era branca. Ele usava um turbante especial na
cabeça.
Referência Bibliográfica: GOWER, Ralph; Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, 1 ed, 2002, Casa
Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro.