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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Dilma se reúne com líderes evangélicos para combater o zika vírus


A presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu na tarde de ontem, 18 de janeiro, com lideranças evangélicas no Palácio do Planalto para tratar do combate ao aedes aegypti e o vírus zika.

Na reunião, a presidente se concentrou em pedir ajuda aos pastores para que a população se una no combate ao mosquito que transmite dengue, chicungunya e zika, de acordo com a jornalista Mariana Alvim, de O Globo.

“O assunto [da reunião] não passa — ao menos diretamente — pela articulação com congressistas ou coisa parecida. O objetivo é arregimentar forças para o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Na semana passada, Dilma se reuniu com católicos, com o mesmo objetivo”, sintetizou Alvim.

Paulo Teixeira, colunista do Gospel+ e editor do Holofote, comentou a reunião da presidente com as lideranças evangélicas: “Certamente Dilma não tratou sobre o aborto. Dilma só não pede opinião dos evangélicos para tratar de assunto como aborto e questões que fazem apologia LGBT”, opinou, lembrando que entidades sociais, com apoio dos partidos de esquerda, trabalham para levar ao Supremo Tribunal Federal uma ação que resulte na liberação do aborto em casos de microcefalia. O vírus zika é apontado como responsável pelo surto de gestações em que o bebê tem um desenvolvimento craniano menor do que o necessário.

Pastor quer debater o aborto
O pastor Joel Zeferino, presidente da Aliança Batista do Brasil, defendeu um debate mais amplo sobre o aborto nos casos de microcefalia.

Em entrevista concedida ao Correio Braziliense, o pastor – que se reuniu com Dilma semanas atrás – disse que há espaço para admitir o aborto em alguns casos, e que as decisões devem partir, prioritariamente, das mulheres.

“Nós não temos uma posição em torno do aborto. Entendemos que tem que ser uma questão debatida com a sociedade, mas não dá para ignorar o assunto e é preciso empoderar as mulheres nessa discussão”, disse.

A psicóloga Marisa Lobo, colunista do Gospel+ e ativista pró-vida, criticou a postura do pastor: “Eu acho saudável até mesmo pedir para que as mulheres não engravidem nesse momento, porque você só está pedindo para adiar um projeto de ser mãe. Agora, um pastor que considera a legalização do aborto diante da infecção pelo zika vírus em mulheres gestantes – o que não dá a certeza que isso vá desenvolver microcefalia no bebê – é vergonhoso”, afirmou, em entrevista ao portal Guia-me.



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