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quinta-feira, 16 de junho de 2011

A ROTA DO EXODO




A rota para o monte Sinai

A viagem de Israel para o Canaã por via da península do Sinai foi divinamente ordenada.
Não havia dúvida do caminho direto —um caminho em bom uso utilizado para propósitos comerciais e militares— e que os deveria levar a terra prometida numa quinzena. Para uma desorganizada multidão de escravos liberados, o desvio sinaítico não só tinha uma vantagem militar, senão que também os provia de tempo e oportunidade para sua organização.
O incrementado conhecimento arqueológico e topográfico tem dissipado as antigas disputas a respeito da historicidade [1] deste caminhar rumo ao sul, inclusive apesar de que algumas identificações geográficas sejam ainda incertas. A imprecisa significação de nomes de lugares tais como Sucote, Etã, Pi-Hairote, Baal-Zefom e Migdol, dá margem a diversas teorias que concernem à rota exata [2]. Os Lagos Amargos podem ter estado relacionado com o Golfo de Suez, pelo que este canal lamacento poderia ser "mar das Canas" (Yam Suph) [3]. É muito provável que os egípcios tivessem uma linha de fortificações mais ou menos parecidas com o Canal de Suez para protegê-los dos invasores asiáticos.
O ponto exato da passagem das águas por Israel é de importância secundária, pólo fato que esta massa de água, além de ter afogado os egípcios perseguidores, subministrou uma infranqueável barreira entre os israelitas e a terra do Egito. Um forte vento do leste abre as águas para a passagem das gentes de Israel. Embora isto possa ter similar em algum fenômeno natural [4], o elemento tempo claramente indica uma intervenção sobrenatural realizada em seu favor (Êx 14.21). A proteção divina foi aparente também quando a coluna em forma de nuvem os ocultou dos egípcios e evitou que estes os atacassem antes que as águas se abrissem. Após esta triunfal libertação, Israel tinha razão para dar graça a Deus (Êx 15).
Uma jornada de três dias através do deserto de Sur levou Israel a Mara onde as águas amargas se converteram em águas doces. Avançando rumo ao sul, os evadidos acamparam no Elim, onde desfrutaram da comodidade de doze mananciais de água e de setenta palmeiras. No deserto de Sim, Deus miraculosamente os proveu de maná, que lhes serviu de alimento diário até que entraram no Canaã. As codornas também foram subministradas em abundância quando os israelitas tiveram necessidade de carne. Em Refidim aconteceram ter coisas significativas: a água que brota da rocha quando Moisés a toca com sua vara, Amaleque foi rejeitado pelo exército israelita sob o mando de Josué enquanto Moisés orava, e Moisés delegando seus deveres de administração aos anciãos, de acordo com o conselho de Jetro [5].
Em menos de três meses, os israelitas chegaram ao Monte Sinai (Horebe). Ali permaneceram acampados por aproximadamente um ano.




[1] Albright ressalta que o egiptólogo Alan Gardiner, que rejeitou a historicidade da rota do Êxodo, retirou suas objeções em 1953. ver "From Stone Age to Christianity", p. 1.
[2] Sucote significa "tabernáculos", e é usada mais de uma vez como nome de um lugar. Etã se refere a "muros", Pi-Hairote significa "casa das marismas" (terreno baixo e alagadiço nas beiras do mar ou dos rios); Migdol quer diser "fortaleza". Ver L. H. Grollenberg "Atlas of the Bible" (Nova Iorque: Nelson & ES, 1956), p. 48.
[3] M. F. Unger, "Archaeology and Old Testament", pp. 137-138.
[4] Como referência a subseqüentes observações de sucessos similares, ver Free, cit., pp. 100-101.
[5] Ver Êx 17-18.


Fonte: Samuel J. Schultz - A História de Israel no AT



Pesquisa: Pastor Charles Maciel Vieira


2 comentários:

  1. Pi-Hairote. Esse lugar serve de alegoria pra nós. E por quê? Veja: Deus retirou o Seu povo do Egito, através do Seu servo, Moisés. Este era um símbolo de Cristo; faraó, do diabo. O Egito é o mundo; Canaã, a eterna Pátria. Assim, Deus quer nos retirar do mundo e nos encaminhar para a Canaã celestial. Mas nos faz parar em frente ao Mar Vermelho, o símbolo de todas as impossibilidades humanas, lá no Pi-Hairote. Para quê? Seu objetivo era e é para nós também, fazer-nos desaprender de crer no visível, de crer no crível, de crer no possível, e nos levar para a Sua atmosfera, ensinando-nos a depositar a fé em Suas promessas. O que havia logo depois daquele mar? Aos olhos humanos, apenas um deserto, mas para Deus havia tudo. E Ele intentava capacitar o povo a ver, pela fé, o que Seus olhos viam – um oásis. O Pi-Hairote ainda existe, e sua lição ainda está vívida. Deus quer que creiamos nEle plenamente, não fundamentados em coisas visíveis, tangíveis, lógicas. A lógica não concebe a travessia do Mar Vermelho. Deus quer que entendamos e nos lancemos em Suas mãos na confiança de que Ele “chama as coisas que não são como se já fossem”. Romanos 4:17.
    Até hoje nenhuma cura ocorreu sem a presença da fé, e jamais ocorrerá, pois “sem fé é impossível agradar a Deus”. Hebreus 11:6. Você pode estar pensando que o Mar Vermelho simboliza as nossas dificuldades temporais, mas não é, pois essas coisas não constituem um problema para Deus, a nossa incredulidade nEle, sim. Pi-Hairote é o convite para permitirmos que Deus mude radicalmente a nossa vida, substituindo a natureza que herdamos do primeiro Adão pela natureza do segundo Adão, e assim sermos recriados “conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Romanos 8:29.
    Que Deus te ilumine e faça refletir sobre essa mensagem, entregando o teu coração para que o Salvador o refaça, dando-te o poder de ser feito filho de Deus. João 1:12.

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