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quinta-feira, 16 de junho de 2011

EGITO, ABRAÃO



Egito, Abraão

Quando Abraão chegou ao Egito, esta terra podia presumir de uma cultura de mais de um milênio de antigüidade. O começo da história do Egito se inicia usualmente com o rei Menes (3000 a.C.), quem uniu dois reinos, um do Delta do Nilo e outro do Vale [1]. Os governantes do primeiro e segundo período dinastia, tiveram sua capital no Alto Egito, perto de Tebas [2]. Os túmulos reais escavados em Abydos mostraram vasos de pedra, jóias, vasilhas de cobre e outros objetos enterrados com os reis, refletindo assim uma elevada civilização durante aquele primitivo período. Foi a primeira era do comércio internacional em tempos históricos.
A idade clássica da civilização egípcia, conhecida como o período do Antigo Reino (2700-2200 a.C.), e que compreende as dinastias III-VI, testemunha um número de notáveis logros.
Gigantescas pirâmides, as maravilhas dos séculos que seguiriam, provêem um amplo testemunho da avançada cultura destes primitivos governantes. A Pirâmide escalonada de Saqqara, a mais primitiva grande estrutura feita em pedra, foi construída como um mausoléu real por Inhotep, um arquiteto que também ganhou renome como sacerdote, autor de provérbios e mágico.
A Grande Pirâmide em Gizeh alcança um teto de 147 m por uma base de quase 40.000 m²  de base. A gigantesca esfinge que representa o Rei Kefrén da Quarta Dinastia é outra obra que não teve comparação. Os "Textos das Pirâmides", inscritos durante a Quinta e Sexta Dinastias sobre os muros das câmaras e salões, indicam que os egípcios em sua adoração ao sol se anteciparam à posteridade. Os provérbios de Pathotep, que serviu como Grande Vizir sob um Faraó da Quinta Dinastia, são realmente notáveis por seus conselhos práticos [3]. As seguintes cinco dinastias que governaram o Egito (2200-200 a.C.), surgiram num período de decadência. Decresceu o governo centralizado. A capital foi trasladada de Mênfis a Herakleópolis. A literatura clássica deste período reflete um governo débil e mutável.
Para o final deste período, a Undécima Dinastia, sob o agressivo Intefs e Mentuhoteps, se construiu um estado forte em tebas.
O Reino Médio (2000-2780 a.C.) marca a reaparição de um poderoso governo centralizado. Embora nativa para Tebas, a Dinastia Décimo Segunda estabeleceu sua capital perto de Mênfis. A riqueza do Egito aumentou de valor por um projeto de irrigação que abriu o fértil Fajum com seu vale para a agricultura. Simultaneamente uma enorme atividade em construir grandes edifícios se produziu em Karnak, perto de Tebas, e em outros lugares do país. Além de promover operações de mineração para a extração do cobre na península do Sinai, os governantes também construíram um canal que conectava o Mar Vermelho com o Nilo; isto os capacitou para manter melhores relações comerciais com a costa somali da África oriental.
Para o sul, Núbia foi anexada até a terceira cachoeira do Nilo, e ali se manteve uma colina comercial fortificada. Os objetos egípcios encontrados pelos arqueólogos na Síria, Palestina e Creta, testemunham as poderosas atividades comerciais dos egípcios na esfera do Mediterrâneo oriental.
Enquanto que o Antigo Reino é lembrado por sua originalidade e seu gênio na arte, o Reino Médio fez sua contribuição na literatura clássica. As escolas de Palácio treinavam oficiais em ler e escrever durante o próspero reinado dos Amenhemets e Sen-userts da Décimo Segunda Dinastia. Embora a massa permanecia na pobreza, resultava possível para o indivíduo médio naquela época de feudalismo entrar no serviço do governo por meio da educação, treinamento, e especial capacidade. Os textos de instrução escritos nos ataúdes de pessoas alheias à realeza, indicam que muitas pessoas então gozavam da possibilidade de entrar "na outra vida". "A história de Sinhué" é o mais fino exemplo da literatura procedente do antigo Egito destinado a entreter. "O Canto do Harpista" é outra obra mestra do Reino Médio, enriquece os homens para que gozem dos prazeres da vida [4]. Dois séculos de desintegração, declive e invasão, seguiram ao Reino Médio; conseqüentemente este período é bastante escuro para o historiador. As débeis dinastias XIII e XIV deram passo aos hicsos ou povo amurito. Estes intrusos, que provavelmente chegaram desde a Ásia Menor, destruíram os egípcios por meio de carros guerreiros tirados por cavalos e do arco composto, ambas armas desconhecidas para as tropas egípcias. Os hicsos estabeleceram Avaris no Delta como sua capital. Contudo, os egípcios foram autorizados para manter uma espécie de autoridade em Tebas. Pouco depois do 1600 a.C., os governantes de Tebas se fizeram poderosos o bastante como para expulsar aquele poder estranho e estabelecer a Dinastia XVIII, introduzindo assim o Novo Reino.


[1] O nome hebraico de Egito é Mizraim, que indica dois reinos por seu conceito dual.
[2] Manetho, um sacerdote do Egito, sob Ptolomeu Filadélfio (285-246), realizou um estudo e uma analise da história do Egito. Sua divisão da história do Egito em trinta dinastias se preserva nos escritos de Josefo (95 a.C.), Sextus Julius Africanus (221 a.C.) e Eusebius. Para uma lista completa de dinastias, ver Steindorf & Steele, "When Egypt ruled the east" (rev. Ed. University of Chicago Press, 1957), pp. 274-275.
[3] Para a história do Egito anterior a 1600 a.C., ver W. C. Hayes, "The Scepíer of Egypt, parte I (Nova Iorque, Harper and Brothers, 1953).
[4] Para sua tradução ver James B. Pritchard, "Ancient Near Eastern texts relating to the Old Testament" (Princeton University Press, 1955), p. 467.


Fonte: Samuel J. Schultz - A História de Israel no AT



Pesquisa: Pastor Charles Maciel Vieira


2 comentários:

  1. GRAÇA E PAZ PASTOR ,MAIS UM LUGAR PARA EU APRENDER ALGO DE DEUS

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  2. Obrigado, amigo e irmão Roberto, Deus te bendiga sempre e obrigado pelo comentario.



    Pr.Charles Maciel Vieira

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