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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PRESBÍTEROS - BISPOS (BÍBLIA)



    Presbíteros — Bispos. A primeira referência a anciãos ou presbíteros aparece em ligação com a igreja em Jerusalém (Atos 11.30). Não há referência a presbíteros em Antioquia (Atos 13.1), nem são mencionados nas cartas mais antigas dos apóstolos. Paulo e Bamabé, entretanto, em sua primeira viagem missionária, ordenaram presbíteros em todas as igrejas que eles fundaram (Atos 14.23). É claro que os presbíteros, aos quais Paulo se dirigiu em Éfeso (Atos 20.17ss.), e aqueles citados na primeira epístola de Pedro e na epístola a Tito, tiveram um papel importante a desempenhar na vida da igreja. Nesse estágio da história da igreja, os termos presbyteros e epís- copos eram usados de forma permutável. Paulo, por exemplo, chama os presbíteros da Igreja de Éfeso (Atos 20.17) e então se dirige a eles como bispos ou guardiães (v.28). Semelhantemente, Pedro exorta os presbíteros das igrejas a cumprirem o seu ofício de bispos, ou superintendente, dignamente (I Pe 5.1,2). As qualificações para o presbiterato são descritas na primeira carta de Paulo a Timóteo (l Tm 3.1-7). Uma das funções principais dos presbíteros era a superintendência pastoral geral da igreja. Os presbíteros também possuíam certos poderes executivos (Hb 13.17) e se afadigavam na palavra e no ensino (1 Tm 5.17). Eles visitavam os doentes (Tg 5.14) e também tinham a responsabilidade de ordenar outros (Tt 1.5). Um fato interessante é que, assim como o termo “ancião” era familiar àqueles que haviam crescido num ambiente judaico, também o termo “bispo” ou “supervisor” era freqüentemente usado pelos gregos para descrever o supervisor de um clube religioso ou sociedade. Da mesma forma, deve-se notar que os presbíteros possuem as funções tanto de pastores (Atos 20.28; I Pe 5.2) como de mestres (l Tm 3.2; Tt 1.9). As funções principais do presbítero eram as de pregar o Evangelho, fazer a superintendência pastoral e exercer liderança espiritual. Não há instruções claramente descritas acerca de quem tinha o poder de presidir a Ceia do Senhor ou de batizar. De fato, há uma notável ausência de instruções precisas no NT sobre tais assuntos. Parece que os vários ministérios cresceram conforme as situações demandavam e o Espírito de Deus dirigia. Uma coisa é certa — não há referência no NT a nenhum ministro cristão representando como um sacerdote que apresentasse oferta sacrifical. A igreja como um todo é considerada como um sacerdócio (I Pe 2.5, 9) e o Senhor é citado como o grande Sumo Sacerdote. A função do sacerdote que oferecia sacrifícios no AT não era mais requerida, uma vez que o grande sacrifício do Calvário já havia acontecido. Ainda que o NT dê suporte à idéia de certos homens sendo separados para ministérios específicos, ele não encoraja o surgimento de uma casta clerical com funções sacerdotais. Ao mesmo tempo, o NT toma claro que alguma forma de ministério é essencial para a estabilidade e vida da igreja. Não existem regras rígidas e fixas. Há, ao contrário, uma constante espera em Deus e prontidão em ouvir a voz do Espírito Santo e obedecer ao que é ouvido. Nos primeiros dias do Cristianismo parece ter havido uma variedade considerável de ministérios na igreja.


Fonte: Enciclopédia da Bíblia Volume 3 - Merril C. Tenney (Editora Cultura Cristã)

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