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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

“Estado Islâmico é um culto apocalíptico”, diz Barack Obama, justificando ataques aéreos


O presidente Barack Obama comentou as atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e comparou as ações dos terroristas a mazelas de um apocalipse.

A menção de Obama aos extremistas islâmicos foi uma forma de justificar os ataques aéreos feitos pelas forças militares dos Estados Unidos em áreas da Síria e Iraque. De acordo com o presidente, não há escolhas fáceis para pôr fim à crise, mas também “não há espaço para acomodar um culto apocalíptico” como o Estado Islâmico.

Obama afirmou ainda que seu país não vai se desculpar pelo uso da força, pois as ações são tomadas dentro de uma coalizão militar ampla que pretende pôr fim às ações do grupo terrorista: “Fazemos isso com a determinação de garantir que nunca haverá um refúgio seguro para os terroristas que realizam esses crimes […] e temos demonstrado ao longo de mais de uma década de busca incessante à Al Qaeda que não vamos ser vencidos por extremistas”, afirmou o presidente.

Em críticas à ditadura do presidente da Síria, Bashar Al-Assad, Obama afirmou que governos como o dele são celeiros de ameaças: “Quando um ditador mata dezenas de milhares de seu próprio povo, isto não é apenas uma questão de assuntos internos de uma nação – que gera o sofrimento humano em uma ordem de magnitude que afeta a todos nós. Da mesma forma, quando um grupo terrorista decapita cativos, abate o inocente e escraviza as mulheres, isso não é problema de segurança nacional de um único país. Isto é um ataque à toda a humanidade”.

Demonstrando preocupação com o recrutamento feito pelo Estado Islâmico, Obama apontou que a “ideologia venenosa” do grupo “infecta muitos de nossos jovens”.

Chamando atenção para as oportunidades que a pobreza extrema representa para grupos extremistas, Obama parafraseou o papa Francisco, ao sugerir que “somos mais fortes quando nós valorizamos o menor entre nós, e o vemos como igual em dignidade para nós mesmos e nossos filhos e filhas”.


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