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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Ameaça do Estado Islâmico à Igreja Católica leva Itália e Vaticano a reforçarem segurança do papa


A ameaça feita pelo Estado Islâmico à Igreja Católica e à Itália durante a execução dos 21 cristãos coptas egípcios na Líbia já mobilizou as autoridades para se prevenirem contra eventuais ações terroristas.

No vídeo divulgado com a decapitação dos egípcios, o homem que se dirige às câmeras diz estar “ao sul de Roma” para mandar “uma mensagem assinada com sangue à nação da cruz”.

Embora os terroristas tenham se dirigido diretamente aos cristãos coptas, a quem acusam de “perseguirem muçulmanos”, a menção à capital italiana foi entendida como um recado ao Vaticano, um país independente, mas situado em Roma.

O local da execução dos cristãos coptas também foi visto como simbólico pelas autoridades, uma vez que a Líbia está ao sul da Itália, e muitos cidadãos do país atravessam o Mar Mediterrâneo em busca de asilo político no país.

Teme-se que os terroristas usem a mesma estratégia para chegar ao território italiano, e a partir daí, perpetrar ataques contra o país e o Vaticano.

Prevenção
O governo italiano adotou medidas extraordinárias de segurança, e o chefe da Guarda Suíça do Vaticano declarou que as forças da cidade-Estado estão em alerta máximo: “O que aconteceu em Paris com a revista Charlie Hebdo também pode ocorrer no Vaticano, e estamos prontos a intervir para defender Francisco”, disse Christoph Graf em entrevista ao jornal Il Giornale.

O comandante conta com 110 homens, além de outros 150 integrantes da gendarmeria vaticana, para proteger o Papa Francisco. “Pedimos a todos os guardas Suíços de estar mais atentos, observar atentamente o movimento de pessoas”, afirmou Graf, que destacou que essa medida não substitui as informações de inteligência, essenciais para a prevenção de ataques.


“Acho que o Papa não tem medo de nada, você pode ver como ele se move, e como gosta de estar perto das pessoas. E nós temos a difícil tarefa de garantir a sua segurança”, concluiu.

O senador italiano Felice Casson, secretário do Comitê de Segurança do governo italiano, afirmou que aproximadamente 4.800 soldados seriam acrescentados às forças que atuam em locais públicos, como forma de prevenir ataques. “O risco de um ataque realizado por um lobo solitário ou um desequilibrado é concreto”, disse o político, de acordo com informações da agência France Presse.


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