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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Estado Islâmico usa crianças como escudo humano e banco de sangue vivo, diz ONU


Os crimes de guerra cometidos pelo Estado Islâmico agora envolvem o uso de crianças como escudos humanos, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Dentre as barbaridades, os jihadistas do Estado Islâmico estariam forçando crianças realizarem ataques suicidas. Para que elas aceitem e cumpram a missão sem questionamentos, os extremistas estariam dopando-as.

Laurent Chapuis, assessor regional de proteção à criança da ONU, afirmou que os extremistas islâmicos estariam recrutando crianças e adolescentes para atuar na linha de frente dos confrontos, e assim servir como peões na guerra que visa estabelecer um califado no Oriente Médio.

Há também o trabalho infantil forçado, em que crianças são obrigadas a realizar atividades domésticas e transportar água e remédio para os feridos, segundo informações do Christian Post.

No Iraque, o Escritório da ONU para os Direitos Humanos publicou um relatório assegurando que além de serem usadas como escudo, as crianças estariam servindo como bancos de sangue vivos, sendo obrigadas a fornecer sangue para extremistas que de alguma forma foram feridos em combate.

Por fim, o Estado Islâmico teria criado uma força-tarefa de propaganda de seu regime e as crianças estariam sendo usadas para divulgar “a causa”. Em um dos casos relatados, militantes forçaram crianças muito doentes que estavam internadas em um hospital a segurarem a bandeira do Estado Islâmico enquanto posavam para fotos.

Um adolescente de 15 anos que havia sido obrigado a combater pelo Estado Islâmico afirmou que as crianças vem sendo dopadas com pílulas anti-ansiedade: “Essa droga faz com que você perca a sua mente. Se eles te derem um cinto de suicídio e disserem para você se explodir com ele, você vai fazer”, contou o jovem Mufleh.

“O que é surpreendente para mim é quando atendemos as mães que dizem: ‘Nós não sabemos o que fazer. Nossos filhos são voluntários e não podemos impedir’”, disse Ivan Simonovic, secretário geral da ONU para os Direitos Humanos, corroborando a versão do adolescente.


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