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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Como o movimento pentecostal estadunidense contribuiu com a com a formação do pentecostalismo brasileiro


A partir de Los Angeles, e especialmente de Chicago, o pentecostalismo rapidamente se irradiou para vários outros países. O movimento entrou cedo na América Latina, primeiro no Chile (1909) e logo em seguida no Brasil (1910).

No início o crescimento nesses e em outros países foi lento, mas se intensificou a partir da década de 50. Desde os anos 70, o pentecostalismo também se expandiu na América Central, especialmente na Guatemala e El Salvador, onde representa respectivamente 30% e 20% da população. No Chile, cerca de 80% dos protestantes são pentecostais. Nesse país, o pentecostalismo marcou a nacionalização do protestantismo.

São muitas as razões da expansão pentecostal na América Latina: as vicissitudes históricas da obra evangelística e pastoral católica, o limitado trabalho das denominações protestantes, o misticismo das culturas ibero-americanas, os graves problemas econômicos, políticos e sociais.

A biografia de alguns homens que notadamente auxiliaram a formar a autonomia e formação do pentecostalismo, e inserir no campo religioso norte americano e brasileiro, tais como Charles F. Parkam e William Seymour, ambos do pentecostalismo norte americano, sendo que tal metodologia pode ser aplicada a outros pioneiros do pentecostalismo brasileiro como o Italiano Luiz Franciscon e os suecos Gunnar Wingren e Daniel Berg.

O Pai do reavivamento pentecostal do século XX, foi Charles Parkan, pois se tornou o primeiro entre os pioneiros do pentecostalismo a fazer a conexão de experiências com as manifestações do dom de falar em línguas e a teoria do batismo com o Espírito Santo, experiência esta identificada por eles como idêntica à que tiveram os apóstolos de Jesus no período da Festa de Pentecostes descrita em Atos 2.1-13.

O movimento pentecostal que chegou ao Brasil no início dos idos de 1910, veio dos Estados Unidos e tratava-se da expansão de um campo religioso em direção a outros que ainda não conheciam a mensagem.

Não tratava-se de uma coisa nova, mas somente a continuidade aos movimentos de reavivamento espiritual, santidade e fundamentalismo que daria sustentáculo para o evangelismo, com a à introdução do pentecostalismo no Brasil, tendo as mesmas origens criadas do movimento pentecostal.

Notadamente a Congregação Cristã do Brasil e Assembleia de Deus, porém o processo de divisão que foi iniciado nos anos 30 no nordeste onde nasceu a Igreja de Cristo e dois anos depois, também no nordeste a Igreja Adventista da Promessa. Nos anos 40 mais um movimento pentecostal autônomo, este originado de divisões entre metodistas de São Paulo, deu origem à Igreja do Avivamento Bíblico, tendo seu crescimento com o movimento de pregadores de curas divinas e milagres, oriundos da Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja Pentecostal o Brasil para Cristo e a Igreja Pentecostal Deus é Amor, entre uma multidão de pequenas novas igrejas e seitas e denominações.

Assim ante ao exposto, após consulta ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, os evangélicos representavam 15,4% da população. Em 2010, com um aumento de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões), chegaram a 22,2%. Em 1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%. Do crescimento de 15,4% para 22,2% evangélicos, os pentecostais foram os que mais cresceram: passaram de 10,4% em 2000 para 13,3% em 2010.[1]

Notadamente os pentecostais fazem parte do maior e mais antigo movimento no país, sendo grandiosa a contribuição do movimento pentecostal estadunidense contribuiu com a formação do pentecostalismo brasileiro.

[1] Dados Estatísticos do IBGE, consulta realizada em 17/12/2012

* Domingos Amauri Massa – Doutorando em Ministério pelo Seminário Teológico Servo de Cristo, Bacharel em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo.

por Domingos Massa *


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