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sábado, 3 de novembro de 2012

O Pacto de Lausanne

Confira o pacto firmado por líderes evangélicos por ocasião do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em 1974, em Lausanne, Suiça - uma declaração de fé e um incentivo à evangelização.



Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações,
participantes do CONGRESSO INTERNACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL,
em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação e nos regozijamos na
comunhão que Ele nos tem proporcionado consigo e bem assim entre nós.
Sentimo-nos profundamente movidos pela obra que Deus realiza em nossos dias.
Nossas falhas nos levam a uma atitude de contrição e somos desafiados ao
contemplarmos a tarefa, ainda por terminar, de evangelizar. Estamos convictos de que
o evangelho representa as Boas Novas para todo o mundo e estamos decididos, pela
graça de Deus, a obedecer a comissão de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade
e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e
resolução, tornando público este nosso pacto.

I. O Propósito de Deus
Afirmamos a nossa crença no Deus eterno, Criador e Senhor do mundo. Pai, Filho e
Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele
tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como
servos e testemunhas, para promoverem o crescimento do Seu Reino, a edificação do
Corpo de Cristo e para glorificarem o Seu nome. Confessamos, envergonhados, que
muitas vezes renegamos a nossa vocação e falhamos em nossa missão, em razão de
nos termos conformado com o mundo ou por nós termos nos isolado
demasiadamente. Contudo, alegramo-nos no fato de que, embora conduzido em
vasos de barro, o evangelho continua sendo o mesmo tesouro precioso. O nosso
desejo é novamente dedicarmos à tarefa de tornar conhecido esse tesouro, no poder
do Espírito Santo.
( Is 40.28; Mt 28.19; Ef 1.11; At 15.14; Jo 17.6,18; Ef 4.12; Ico 5.10; Rm 12.2; 2Co 4.7
)

II. A Autoridade da Bíblia
Afirmamos a divina inspiração, veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Antigo
como do Novo Testamento, em sua totalidade, como a única Palavra de Deus escrita,
isenta de qualquer erro em tudo quanto afirma, e a única regra infalível de fé e prática.
Também afirmamos da Escritura Sagrada para efetuar o propósito de Deus na
salvação do homem. A revelação divina em Cristo é imutável. Através dela, o Espírito
Santo fala ainda hoje. Ele ilumina a mente do povo de Deus, em todos os meios
culturais, para perceberem a sua vontade em primeira mão, por si mesmos, e assim
revela a toda a Igreja, mais e mais da multiforme sabedoria de Deus.
( 2Tm 3.16; 2 Pe 1.21; Jo 10.35; Is 55. 11; 1Co 1.21; Rm 1.16; Mt 5.17,18; Jd 3;
Ef1.17,18; 3.10,18 )

III. A Natureza Ímpar e Universal de Cristo
Afirmamos que só existe um Salvador e um só evangelho, embora haja uma variedade
de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os
homens têm algum conhecimento de Deus através de sua revelação geral na
natureza. Mas contestamos que tal conhecimento possa salvar alguém, pois os
homens detém a verdade pela injustiça. De igual modo, rejeitamos como sendo
depreciativa a Cristo e ao evangelho toda a forma de sincretismo ou de diálogo que
implique em concordarmos que Cristo fale de modo igual através de todas as religiões
e ideologias. Jesus Cristo, o único mediador entre Deus e o homem. Não existe outro
nome pelo qual devamos ser salvos. A humanidade perece por causa do pecado, mas
Deus ama todos os homens, não querendo que nenhum deles se perca, mas que
todos cheguem ao arrependimento. Todavia, todos que rejeitam a Cristo recusam o
gozo da salvação e a si mesmos se condenam à eterna separação de Deus.
Proclamar a Jesus como “SALVADOR DO MUNDO” não é o mesmo que afirmar que
todas as religiões são do mundo pecador, é convidar a todos os homens a aceitá-lo
como Salvador e Senhor, através de uma entrega pessoal e honesta, acompanhada
de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome:
anelamos pelo dia em que todo o joelho se dobrará perante Ele e toda a língua o
confessará como Senhor.
( Gl 1.6; Rm 1.18-32; 1 Tm 2.5,6; At 4.12; Jo 3.16-19; 2 Pe 3.9; 2 Ts 1.7-9; Jo 4.42; Mt
11.28; Ef 1.20,21; Fp 2. 9-11 )

IV. A Natureza da Evangelização
Evangelizar é divulgar as Boas Novas de que Jesus Cristo morreu pelos nossos
pecados e ressuscitou dentre os mortos, segundo as Escrituras, e que como Senhor e
Rei Ele agora oferece perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos que
se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à
evangelização, e assim é também o diálogo que tem por propósito ouvir
conscientemente, para melhor compreender. Mas a evangelização em si é a
proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o propósito de
persuadir os homens a se chegarem a Ele individualmente e assim reconciliados com
Deus. Na proclamação do convite do evangelho, não temos o direito de ocultar o preço
do discipulado. Jesus continua a requerer de todos que desejam segui-Lo que se
neguem a si mesmos, tomem a sua cruz e identifiquem-se com a sua nova
comunidade. Os resultados do evangelho incluem obediência a Cristo, inclusão no
seio de igreja e serviço fidedigno no mundo.
( 1 Co 15.3,4; At 2.32-39, Jo 20.21; 1 Co 1.23; 2 Co 4.5; 5.11,20; Lc 14.25-33; Mc
8.34; At 2.40,47; Mc 10.43-45 )

V. A Responsabilidade Social Cristã
Afirmamos que Deus é tanto Criador como juíz de todos os homens. Portanto,
devemos participar dessa solicitude divina pela justiça e reconciliação em toda a
sociedade humana, e pela libertação do homem de toda forma de opressão. Sendo o
ser humano feito à imagem de Deus, toda pessoa, independentemente de raça,
religião, cor, cultura, camada social, sexo ou idade, possui uma dignidade intrínseca,
razão pela qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Quanto a isso,
também, externamos o nosso arrependimento por nossa negligência por termos, às
vezes, considerado a evangelização e a ação social como mutuamente incompatíveis.
Embora a reconciliação do homem com o homem não signifique reconciliação deste
com Deus, nem a ação social, evangelização, e nem a emancipação política salvação,
contudo, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos
parcelas do nosso dever cristão.
Ambos são expressões necessárias das nossas doutrinas acerca de Deus e do
homem, do nosso amor para com o próximo e da nossa obediência a Jesus cristo. A
mensagem da salvação implica também em uma mensagem de juízo sobre toda a
forma de alienação, opressão e discriminação, e não devemos ter medo de denunciar
o mal e a injustiça onde quer que prevaleçam. Quando alguém recebe a Cristo, nasce
de novo no seu reino e, consequentemente, deve buscar não somente manifestar
como também divulgar a sua justiça em meio a um mundo ímpio. A salvação que
afirmamos usufruir deve produzir em nós uma transformação total, em termos de
nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
( At 17.26,31; Gn 18.25; Is 1.17; sl 45.7; gn 1.26,27; tg 3.9; Lv 19.18; Lc 6.27,35; Tg
2.14-26; Jo 3.3-5; Mt 5.20; 6.33; 2 co 3.18; Tg 2.20 )

VI. A Igreja e a Evangelização
Afirmamos que Cristo envia os seus redimidos ao mundo, assim como o Pai o enviou,
e isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. É necessário que
larguemos os nossos “guetos” eclesiásticos e que impregnemos a sociedade nãocristã.
O serviço de evangelização abnegada figura como tarefa mais urgente da
Igreja. A evangelização mundial requer que a Igreja toda leve a todo mundo o
evangelho integral. A Igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o
mundo e é o instrumento escolhido por Deus para a divulgação do evangelho.
Todavia, uma igreja que prega a cruz deve também levar as marcas da cruz. A Igreja
torna-se pedra de tropeço para a evangelização quando ela trai o evangelho ou
quando lhe falta a fé viva em Deus, o amor genuíno pelas almas, ou quando deixa de
ser escrupulosamente honesta em todas as coisas, inclusive nas áreas de promoção e
finanças. A Igreja é a comunidade do povo de Deus e não uma mera instituição. Ela
não deve ser identificada com nenhuma cultura em particular, nem com qualquer
sistema social ou político, e nem com ideologias humanas.
( Jo 17.18; 20.21; Mt 28.19,20; At 1.8; 20.27; Ef 1.9,10; 3.9-11; Gl 6.14-17; 2Co 6.3,4;
2Tm 2.19-21; Fp 1.27 )

VII. A Cooperação na Evangelização
Afirmamos que o propósito de Deus é que haja, na Igreja, unidade visível de
pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade,
posto que a união de forças robustece o nosso testemunho, assim com a desunião
solapa o evangelho da reconciliação. Reconhecemos, porém, que a união puramente
oriunda de organização pode se apresentar de várias formas, sem, contudo,
necessariamente contribuir para a intensificação da evangelização. Todavia, nós é que
compartilhamos da mesma fé bíblica, devemos estar estreitamente unidos pelos laços
da comunhão fraternal, da obra e do testemunho. Confessamos que o nosso
testemunho, às vezes, tem sido desvirtuado pelo individualismo culposo e pela
desnecessária duplicação de esforços. Dispomo-nos a buscar uma união mais
profunda em torno da verdade, do culto a Deus, da profunda fé em torno da verdade,
do culto a Deus, da santidade e da nossa missão. Recomendamos encarecidamente,
que se estabeleça uma cooperação regional e funcional para melhor implemento da
missão da Igreja, para cuidar de planejamento estratégico, para encorajamento mútuo
e para compartilhar recursos e experiências.
( Jo 17.21,23; Ef4. 3,4; Jo 13.35; Fp 1.27; Jo 17.11-23 )

VIII. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização
Regizijamo-nos com o advento de uma nova era de missões. O papel proeminente das
missões ocidentais está rapidamente declinando. Deus está levantando, de entre as
igrejas, jovens novos, e grandes recursos para a evangelização do mundo,
demonstrando de modo evidente que a responsabilidade da evangelização cabe a
todo Corpo de Cristo. Todas as igrejas devem, portanto, estar perguntando a Deus e a
si mesmas o que devem fazer para evangelizar a sua área e para enviar missionários
a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa
responsabilidade missionária e do papel que devemos desempenhar. Dessa forma
haverá um crescente esforço conjugado da parte das igrejas, que revelará com maior
clareza a natureza universal da Igreja de Cristo. Agradecemos a Deus pelas
instituições ora empenhadas na tradução da bíblia, na educação teológica, na
comunicação em massa, na literatura evangélica, na evangelização, nas missões, na
renovação da Igreja em outros campos especializados. Também elas devem praticar
uma autocrítica contínua, visando avaliar a eficácia de seus esforços no cumprimento
da missão da igreja.
( Rm 1.8; Fp 1.5; At 13.1-3; 1Ts 1.6-8 )

IX. A Urgência da Obra Missionária
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa
cerca de dois terços da humanidade, ainda não foram evangelizados. Sentimo-nos
envergonhados da nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma
reprimenda para nós e para toda a Igreja. Há, no momento, todavia, em muitas partes
do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o Senhor Jesus Cristo.
Estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem
fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos
programas visando a evangelização total do mundo. Uma redução do número de
missionários estrangeiros e de verba para o trabalho missionário num país
evangelizado pode, às vezes, ser necessária para ensejar o crescimento da igreja
nacional na área da autoconfiança e, ao mesmo tempo, para transferir recursos para
regiões não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários
entre todos os continentes, num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo
deve ser o de conseguir, por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo,
que toda pessoa tenha oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as Boas
Novas. Não podemos esperar alcançar esta meta sem sacrifício. Todos nós sentimos
repugnância ante a pobreza de milhões de seres humanos e ficamos perturbados ao
saber das injustiças que a provocam. Nós, que vivemos em condições de abastança,
aceitamos como obrigação a observância de um viver simples, a fim de contribuirmos
mais generosamente tanto para assistência social como para a evangelização.
( Jo 9.4; Mt 9. 35-38; Rm 9.1-3; 1Co 9.19-23; Mc 16.15; Is 58.7,7; Tg 1.27; 2.1-9; Mt
25.31-46; At 2.44,45; 4.34,35 )

X. A Evangelização e a Cultura
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia
nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas
profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas à cultura local. A
cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Uma vez que o homem é
criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e bondade. Pelo fato de o
homem ter caído, toda a sua cultura (usos e costumes) está marcada pelo pecado e,
parte dela, é de inspiração demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade
de uma cultura sobre outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de
verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, qualquer que
seja a cultura em questão. As organizações missionárias, muitas vezes, têm
exportado, juntamente com o evangelho, a cultura de seu país de origem, e tem
acontecido de igrejas ficarem submissas aos ditames de uma determinada cultura, em
vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo devem, humildemente, procurar
esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos
dos outros. As igrejas devem se empenhar em enriquecer e transformar a cultura local,
tudo para a glória de Deus.
( Mc 7.8,9,13; Gn 4.21,22; 1Co 9.19-23; Fp 2.5-7; 2Co 4.5 )

XI. A Educação e a Liderança
Confessamos que, às vezes, temos nos empenhado em conseguir o crescimento
numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização do
trabalho pastoral. Também reconhecemos que algumas das nossas missões têm sido
muito remissas em treinar e incentivar os líderes nacionais a assumir as justas
responsabilidades. Todavia, apoiamos integralmente os princípios que regem a
formação de uma igreja de fato nacional e ardentemente desejamos que toda igreja
tenha líderes nacionais que revelem estilo cristão de liderança, não em termos de
domínio, mas, sim, de serviço. Reconhecemos a grande necessidade de melhorar a
educação teológica, especialmente em se tratando de líderes de igrejas. Em toda
nação e em toda cultura, há necessidade de um eficiente programa de ensino e
treinamento, para pastores e leigos, em doutrina, discipulado, evangelismo, trabalho
pastoral e serviço. Esse treinamento não deve depender de uma metodologia
estereotipada; esta deve ser desenvolvida por iniciativa local, e segundo as normas
que a Bíblia apresenta.
( Cl 1.27,28; At 14.23; Tt 1.5,9; Mc 10.42,45; Ef 4.11,12 )

XII. O Conflito Espiritual
Cremos que estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e
potestades do mal, que buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de
evangelização mundial. Reconhecemos a necessidade de nos revestirmos da
armadura de Deus e entrar nessa batalha com as armas da verdade e da oração.
Percebemos a atividade do nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da
Igreja, mas também dentro dela, na existência de falsos evangelhos que torcem as
Escrituras e colocam o homem na posição de Deus. A situação demanda vigilância e
discernimento para salvaguardar o evangelho genuíno. Reconhecemos que nós
mesmos não estamos imunes ao mundanismo, quer de pensamento ou de ação, isto
é, não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo: embora
tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento
da Igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado.
Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir um aumento de
números, temos comprometido a mensagem, manipulando os nossos ouvintes pelo
uso de técnicas de pressão, e ficado excessivamente preocupados com as
estatísticas, ou até mesmo as utilizado desonestamente: tudo isso é mundanismo. A
Igreja precisa estar no mundo, mas o mundo não pode estar na Igreja.
( Ef 6.12; 2Co 4.3; Ef 6.11, 13-18; 2 co 10.3-5; 1 Jo 2.18-26; 4.1,3; Gl 1.6-9; 2 Co 2.17;
4.2; Jo 17.15 )

XIII. Liberdade e Perseguição
É a obrigação estabelecida por Deus que todo governo assegure condições de paz,
justiça e liberdade para que a Igreja possa obedecer a Deus, servir ao Senhor Jesus
Cristo e pregar o evangelho sem impedimentos. Por conseguinte, oramos pelos líderes
das nações e apoiamos a eles que garantam a liberdade de pensamento e
consciência, e liberdade de praticar e propagar o cristianismo de acordo com a
vontade de Deus, conforme consta também da Declaração Universal de Direitos
Humanos. Também externamos nosso profundo cuidado por nossos irmãos que
sofrem por causa do testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela
libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação.
Deus nos ajudando, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e
permanecer fiéis ao evangelho, seja qual for o preço a pagar. Não nos esquecemos de
que Jesus nos advertiu de que a perseguição é inevitável.
( 1Tm 1.1-4; At 4.19; 5.29; Cl 3.24; Hb 13.1; Lc 4.18; Gl 5.11; 6.12; Mt 5.10-12; Jo
15.18-21 )

XIV. O Poder do Espírito Santo
Cremos no poder do Espírito Santo. O Pai enviou seu Espírito para dar testemunho do
Seu Filho; sem esse testemunho, o nosso seria em vão. A convicção de pecado, a fé
em Cristo, o novo nascimento e o crescimento, tudo é a obra Sua. Além disso, o
Espírito Santo tem profundo interesse missionário. Consequentemente, a
evangelização deve surgir espontaneamente de uma igreja quando ela está cheia do
Espírito Santo. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito
renovar a Igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder.
Portanto, convocamos todos os cristãos a orarem por uma tal visitação do soberano
Espírito de Deus, para que seu fruto se manifeste em todo o seu povo e todos os seus
dons possam enriquecer o Corpo de Cristo. Só então a Igreja toda se tornará um
instrumento em suas mãos para que a terra, toda ela, ouça a sua voz.
( 1Co 2.4; Jo 15.26,27; 16.8-11; 1Co 12.3; Jo 3.6-8; Co 3.18; Jo 7.37-39; 1 Ts 5.19; At
1.8; Sl 85.4-7; 67.1-3; Gl 5.22,23; 1Co 12.4-31; Rm 12.3-8 )

XV. O Retorno de Cristo
Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente à terra, em poder e glória, a
fim de consumar a salvação e o juízo. Essa promessa de sua vinda representa mais
incentivo à evangelização, pois lembramo-nos de que disse que o evangelho deve
primeiramente ser pregado a todas as nações. Cremos que o período intermediário
entre a ascensão de Cristo e seu retorno deve ser usado para o cumprimento da
missão do povo de Deus, que não poderá parar esta obra enquanto não vier o Fim.
Também nos lembramos das advertências de que apareceriam falsos cristos e falsos
profetas como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um
sonho orgulhoso e autoconfiante a idéia de que o homem possa, algum dia, construir
uma utopia nesse mundo. A nossa confiança cristã é esta, que Deus aperfeiçoará o
seu Reino, e com grande anelo esperamos por esse dia, e pelo novo céu e nova terra,
onde haverá justiça, e onde Deus reinará eternamente. Enquanto isso, nos
rededicamos ao serviço de Cristo e dos homens, alegremente nos submetendo à sua
autoridade sobre nossa vida.
( Mc14.62; Hb9.28; Mc 13.10; At 1.8-11; Mt 28.20; Mc 13.21-23; Jo 2.18; 4. 1-3; Lc
12.32; Ap 21. 1-5; 2Pe 3.13; Mt 18.18 )

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, comprometemo-nos solenemente diante de
Deus e mutuamente entre nós a orar, a planejar e a trabalhar juntos pela
evangelização da totalidade do mundo. Convocamos outros a se unirem conosco. Que
Deus nos ajude pela sua graça e, para sua glória a sermos fiéis a este pacto! Amém!
Aleluia!

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