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domingo, 15 de abril de 2012

A VERIFICAÇÃO DAS ESCRITURAS



1. Elas reivindicam inspiração.
O Antigo Testamento declara-se escrito sob uma inspiração especial de Deus. A expressão "e Deus disse", ou equivalente, é usada mais de 2.600 vezes. A história, a lei, os salmos e as profecias são declarados escritos por homens sob inspiração especial de Deus. (Vide Êxo. 24:4; 34:28; Jos. 3:9; 2 Reis 17:13; Isa. 34:16; 59:21; Zac. 7:12; Sal. 78:1; Prov. 6:23.) Cristo mesmo sancionou o Antigo Testamento, citou-o e viveu em harmonia com os seus ensinos. Ele aprovou a sua veracidade e autoridade (Mat. 5:18; João 10:35; Luc. 18:31-33; 24:25, 44; Mat. 23:1,2; 26:54) e o mesmo fizeram os apóstolos. (Luc. 3:4; Rom. 3:2; 2 Tim. 3:16; Heb. 1:1; 2 Pedro 1:21; 3:2; Atos 1:16; 3:18; l Cor. 2:9-16.).
Arroga-se o Novo Testamento uma inspiração semelhante? Quanto à inspira­ção dos Evangelhos é garantida pela promessa de Cristo de que o Espírito traria à mente dos apóstolos todas as coisas que ele lhes havia ensinado, e que o mesmo Espírito os guiaria em toda verdade. Em todo o Novo Testamento ele se declara uma revelação mais completa e clara de Deus do que aquela dada no Antigo Testamento, e com absoluta autoridade declara a ab-rogação das leis antigas. Portanto, se o Antigo Testamento é inspirado, a mesma inspiração deve ter o Novo. Parece que Pedro procura colocar as epístolas de Paulo no mesmo nível dos livros do Antigo Testamento, (2 Ped. 3:15,16), e Paulo e os demais apóstolos afirmam falar com a autoridade divina, (l Cor. 2:13; 14:31; l Tess. 2:13; 4:2; 2 Ped. 3:2; l João 1:5; Apõe. 1:1.)
2. Dão a impressão de serem inspiradas.
As Escrituras se dizem inspiradas; um exame delas revelará o fato de que seu caráter sustenta essa posição. A Bíblia, ao se apresentar em juízo, o faz com bom testemunho! Quanto a seus autores, foi ela escrita por homens cuja honestidade e integridade não podem ser postas em dúvida; quanto ao seu conteúdo, há nele a mais sublime revelação de Deus ao mundo; quanto à influência, tem trazido a luz salvadora às nações e indivíduos, e possui um poder infalível para guiar os homens a Deus e transformar-lhes o caráter; quanto à sua autoridade, desempe­nha o papel dum tribunal supremo em assuntos religiosos, de maneira que até mesmo os cultos falsos são obrigados a citar suas palavras para poderem impres­sionar o público.
Falam sobre coisas específicas. Notemos: (l) Sua exatidão. Nota-se a ausên­cia total dos absurdos que se encontram em outros livros "sagrados". Não lemos, por exemplo, que a terra saísse dum ovo, tendo transcorrido certo número de anos para a sua incubação, descansando ele sobre uma tartaruga; a terra rodeada por sete mares de água salgada, suco de cana, bebidas alcoólicas, manteiga pura leite coalhado, etc.
Escreve o Dr. D. S. Clarke: "Há uma diferença insondável entre a Bíblia e qualquer outro livro. Essa diferença deve-se à sua origem”. (2) Sua unidade. Contendo sessenta e seis livros, escritos por uns quarenta diferentes autores, num período de mais ou menos mil e seiscentos anos, abrangendo uma variedade de tópicos, ela, no entanto, demonstra uma unidade de tema e propósito que só se explica como tendo ela uma mente diretriz. (3) Quantos livros suportam serem lidos mesmo duas vezes? Mas a Bíblia pode ser lida centenas de vezes sem se poder sondar suas profundezas ou sem que se perca o interesse do leitor. (4) A sua assombrosa circulação, estando já traduzida em milhares de idiomas e dialetos, e lida em todos os países do mundo. (5) O tempo não a afeta. É um dos livros mais antigos do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. A alma humana nunca a pode dispensar. O pão é um dos alimentos mais antigos, e ao mesmo tempo o mais moderno. Enquanto os homens tiverem fome, desejarão o pão para o corpo; e enquanto anelarem por Deus e as coisas eternas, desejarão a Bíblia. (6) Sua admirável preservação em face de perseguição e a oposição da ciência. "Os martelos se gastam, mas a bigorna permanece”.
3. Sente-se que são inspiradas.
"Mas será que você crê naquele livro?" Disse um professor de um colégio de Nova York a uma aluna que havia assistido às classes bíblicas. "Oh, sim," ela respondeu; "acontece que conheço pessoalmente o Autor." Ela declarou a mais ponderável razão de crer na Bíblia como a Palavra de Deus; a saber, o seu apelo ao nosso conhecimento pessoal, falando em tom que nos faz sentir sua origem divina.
A Igreja Romana assevera que a origem divina das Escrituras depende, em última análise, do testemunho da igreja, a qual se considera o guia infalível em todas as questões de fé e prática. "Como se a verdade eterna e inviolável de Deus dependesse do juízo do homem!" declarou João Calvino, o grande Reformador. Ainda, declarou ele: Assevera-se que a igreja decide qual a reverência que se deve às Escrituras, e quais os livros que devem ser incluídos no cânone sagrado. Esta interrogação: "Como saberemos que vieram de Deus as Escrituras, a não ser que haja uma decisão da igreja?" é tão tola quanto a seguinte pergunta:
"Como discerniremos a luz das trevas, o branco do negro, o amargo do doce?”.
O testemunho do Espírito é superior a todos os argumentos. Deus, na sua Palavra, é a única testemunha fidedigna concernente a si mesmo: da mesma maneira a sua Palavra não achará crença verdadeira nos corações dos homens enquanto não for selada pelo testemunho do seu Espírito. O mesmo Espírito que falou pelos profetas deve entrar em nossos corações para convencer-nos de que esses profetas fielmente entregaram a mensagem que Deus lhes confiam. (Isa. 59:21.)
Que este então seja um assunto resolvido: aqueles que são ensinados internamente pelo Espírito Santo depositam confiança firme nas Escrituras; que as Escrituras são a sua própria evidência; que elas não podem legalmente estar sujeitas às provas e aos argumentos, mas sim que obtenham, pelo testemunho do Espírito, a confiança que merecem.
Sendo assim, por que aduzimos evidências externas da exatidão das Escritu­ras e de seu merecimento geral? Fazemos isto primeiramente, não para poder crer que são certas, mas sim porque sentimos que são certas; em segundo lugar, é natural motivo de alegria poder apontar evidências externas das coisas que cremos no coração; finalmente, estas provas servem de veículo e receptáculo, por assim dizer, pelos quais podemos expressar em palavras a nossa convicção íntima, e dessa maneira "estando sempre preparados para responder a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (l Ped. 3:15).
4. Provam ser inspiradas.
 O Dr. Eugene Stock disse: Quando era menino, li uma história que me mostrou os diferentes meios pelos quais podemos ter certeza de que esta grande biblioteca de Livros Sagrados, a que chamamos Bíblia, é realmente a Palavra de Deus, e sua revelação aos homens. O escritor da história havia explicado três classes de evidências — a histórica, a interna e a experimental. Então ele contou como certo vez enviou um menino a um químico para comprar uns gramas de fósforo. O menino voltou com um pacotinho; seria mesmo fósforo? O menino relatou que foi à drogaria e pediu fósforo. O químico foi as prateleiras, tirou uma substância dum frasco, colocou-a num pacotinho e lho deu. O menino o levou diretamente à casa. Esta foi então a evidência histórica de que no pacotinho havia fósforo. Ao abrir-se o pacotinho, notava-se que o conteúdo parecia ser fósforo e cheirava também a fósforo. Essa foi a evidência interna. Quando ateou fogo à substância houve fortíssima combustão! Essa foi a evidência experimental!
As defesas intelectuais da Bíblia têm seu lugar; mas, afinal de contas, o melhor argumento é o prático. A Bíblia tem produzido resultados práticos. Tem influen­ciado a civilização, transformado vidas, trazido luz, inspiração e conforto a milhões e sua obra ainda continua.

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