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quinta-feira, 30 de junho de 2011

O TESTEMUNHO MAIS LINDO - A OBEDIENCIA A DEUS



Eram aproximadamente 22:00 horas quando um jovem começou a se dirigir para casa.
Sentado no seu carro, ele começou a pedir:
- 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo.
Eu irei ouvi-lo.
Farei tudo para obdecê-lo'
Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho:
- 'Pare e compre um galão de leite'.
Ele balançou a cabeça e falou alto:
- 'Deus? É o Senhor?'.
Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa.
Porém, novamente, surgiu o pensamento:
- 'Compre um galão de leite'.
'Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite'.
Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil...
Ele poderia também usar o leite.
O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa.
Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido:
- 'Vire naquela rua'.
Isso é loucura...
- pensou
- e, passou direto pelo retorno.
Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua.
No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua.
Meio brincalão ele falou alto
- 'Muito bem, Deus. Eu farei'.
Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar.
Ele brecou e olhou em volta.
Era uma área mista de comércio e residência.
Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança.
Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam
escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro
lado que estava acesa.
Novamente, ele sentiu algo:
- 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'.
O jovem olhou a casa.
Ele começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se. -' Senhor, isso é loucura.
Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'.
Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Finalmente, ele abriu a porta...
- ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas.
Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem.
Eu quero ser obediente.
Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui'.
Ele atravessou a rua e tocou a campainha.
Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança.
A voz de um homem soou alto:
- 'Quem está aí? O que você quer?'
A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir.
Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta.
Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pe na sua soleira.
- 'O que é?'.
O jovem entregou-lhe o galão de leite.
- 'Comprei isto para vocês'.
O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto.
Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha.
O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava.
Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:
- 'Nós oramos.
Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado.
Não tínhamos mais leite para o nosso bebê.
Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite.
Sua esposa gritou lá da cozinha:
- 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite...
Você é um anjo?'
O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e
colocou-o na mão do homem.
Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face.
Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.

Fonte: Recebi pelo Orkut

Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DIVISÃO DA BIBLIA EM CAPITULOS E VERSICULOS




A divisão em Capitulos e Versiculos

- A Bilia foi dividida em capitulos pelo bispo catolico Stephen Langhton entre 1234 e 1242.

- Os Massoretas dividiram o Antigo Testamento em versiculos em 1445 pelo Rabino Nathan.

- O Novo Testamento foi dividido em versiculos por Robert Stephanus em 1551 na Reforma Protestante.


Fonte: http://aprender.buzzero.com


Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira

ABATIDOS, MAS NÃO DESTRUIDOS


"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;” (2 Corintios 4.7-10)

Senadora Marta Suplicy disfarçará PLC 122 mudando nome e número para facilitar aprovação



  A senadora Marta Suplicy disse neste domingo, antes do início da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em São Paulo, que algumas mudanças devem ser feitas no Projeto de Lei (PL) 122, que criminaliza a homofobia. Segundo ela, a ideia é repensar o nome do projeto para fazer com que seu conteúdo seja aprovado.

  Estou tentando fazer um acerto para que não tenhamos tantos opositores ao projeto, mesmo que isso acarrete em algumas mudanças que não são boas. Estamos pensando em como fazer passar o conteúdo do PL 122, sem o número 122″, disse.

  Segundo a senadora, a mudança do nome ajudaria a tirar a “imagem demonizada” que foi associada ao projeto. “O nome ficou muito complicado de se aprovar, o que, no conteúdo, não é mais complicado. Temos um conteúdo mais ou menos acordado. O que está difícil de acordar é o que fazemos com esse número, porque demonizaram tanto que eles não sabem o que fazer agora para dizer que o demônio não é mais demônio”, declarou Marta Suplicy, referindo-se aos opositores do projeto. No conteúdo, a senadora explicou que a principal mudança prevista será no texto do Artigo 20 do PL. “Antes era bem complexo. Conseguimos um meio termo”, disse.
 
  Para que o projeto seja aprovado, ela acredita que a luta não deve se concentrar na tentativa de convencer a bancada religiosa a mudar suas convicções, mas em atrair uma parte do Congresso Nacional que ainda não se manifestou sobre o PL 122. “É essa parcela do Congresso Nacional que tem que ser conquistada”.
A aprovação do projeto de lei é o principal tema da 15ª Parada do Orgulho LGBT que ocorreu hoje na avenida Paulista, em São Paulo.

Fonte: Terra
Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/


Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira

terça-feira, 28 de junho de 2011

O CHAMADO DE DANIEL BERG E GUNNAR VINGREN







Fonte: História Das Assembleias De Deus No Brasil - Emílio Conde - CPAD


Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira

RUA AZUZA - LOS ANGELES - CALIFORNIA - Pr. WILLIAM J. SEYMOUR







Fonte: História Das Assembleias De Deus No Brasil - Emílio Conde - CPAD


Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira

CANTARES DE SALOMÃO - O CANTICO DOS CANTICOS




O Cântico dos Cânticos

A inclusão do Cântico dos Cânticos nos livros poéticos permanece enigmática.
Isto resulta evidente pela ampla variedade de interpretações. Embora é impossível assegurar se este livro foi escrito por ou para Salomão, o título associa sua composição com o rei literário de Israel. O conteúdo sugere que este livro pertence a Salomão, cujo nome se cita cinco vezes após seu versículo de apertura.
Há numerosas interpretações desta composição poética. A visão alegórica de judeus e cristãos, a teoria dramática, a teoria do ciclo das bodas, a teoria da literatura do Adonis-Tammuz, e outros pontos de vista, tiveram ardorosos defensores através dos séculos [1]. Numa recente publicação, o Cântico dos Cânticos representa uma soberba antologia lírica com cantos de amor, da natureza, do cortejo amoroso e o matrimônio, que vão desde a era salomônica até o período persa [2]. Até o presente não há interpretação que goze de uma ampla aceitação entre os eruditos do Antigo Testamento.
O consenso dos eruditos aprova que esta composição tem uma elevada qualidade poética como expressão das cálidas emoções do amor humano. Incorporado como uma unidade no cânon judaico, merece consideração como um simples poema, antes que como uma coletânea de cânticos.
Partes componentes do livro são monólogos, solilóquios e apostrofes [3]. Uma caridade de cena —a corte real de Jerusalém, um jardim, um lugar no campo, ou um entorno pastoril— encaixa os componentes das diferentes partes deste poema, com as personagens apresentadas numa ação quase dramática. Devido que se têm perdido tantos detalhes neste cântico de amor, o intérprete se encara com numerosos problemas.
A interpretação literal parece a mais natural ao leitor. A figura principal parece ser uma donzela sulamita que é levada desde um entorno pastoril ao palácio real de Salomão. Conforme o rei galanteia a esta atrativa donzela, seus intentos são rejeitados. O esplendor do palácio e a chamada coral das mulheres da corte fracassam em impressioná-la.
Ela anela apaixonadamente seu antigo amor. Finalmente, seu conflito é resolvido, ao declinar as ofertas do rei e voltar para seu pastor herói.
Para uma interpretação deste livro poético, deste modo, a seguinte analise pode ser utilizada como guia:
                                                                                       
I. A donzela sulamita na corte real                                           Ct 1.1-2.7
   Boas-vindas pelas damas da corte                                    Ct 1.2-4
   A resposta da donzela                                                    Ct 1.5-6
   Réplica das damas da corte                                             Ct 1.8
   Fala o rei                                                                     Ct 1.9-11
   A donzela se dirige às cortesãs                                        Ct 1.12-14
   O rei fala à donzela                                                       Ct 1.15
   O apostrofe da donzela                                                  Ct 1.16-2.1
   Fala o rei                                                                     Ct 2.2
   A donzela às damas da corte                                           Ct 2.3-7
II. A donzela num palácio campestre                                       Ct 2.8-3.5
   Lembranças de seu amante campestre                             Ct 2.8-17
   Um sonho                                                                    Ct 3.1-5
III. A chamada do rei                                                                   Ct 3.6-4.7
   A pompa real – entra o rei                                              Ct 3.6-11
   O rei corteja a donzela                                                   Ct 4.1-7
IV. A donzela reflexiona                                                              Ct 4.8-6.3
   Alegados de seu amante pastor                                       Ct 4.8-5.1
   Um sonho                                                                    Ct 5.2-6.3
V. A súplica renovada do rei                                                       Ct 6.4-7.9
   As ofertas de amor do rei                                               Ct 6.4-13
   A apelação das damas cortesãs                                       Ct 7.1-9
VI. A reunião da donzela e seu amante                                   Ct 7.10-8.14
   Seu anelo pelo pastor amante                                         Ct 7.10-8.4
   O regresso da donzela                                                   Ct 8.5-14

Embora a interpretação literal fala de amor humano, a providencial inclusão deste Lv no cânon judaico, sem dúvida tem uma significação espiritual. o mais verossímil é que os judeus reconhecessem isso ao ler o Cântico dos Cânticos anualmente na Páscoa, que lembrava os israelitas o amor de Deus para eles em sua libertação do cativeiro egípcio. Para os judeus, o amor material representa o amor de Deus por Israel como está indicado por Isaias (50.1; 54.4-5), Jeremias (3.1-20), Ezequiel (16 e 23) e Oséias (1-3). O vínculo entre Israel (a donzela sulamita) e o pastor amante (Deus), era tão forte que nenhuma apelação de palavra (rei) podia separar a Israel de seu Deus. no Novo Testamento, esta relação tem um paralelo entre Cristo e sua Igreja [4]. Baseado na interpretação literal, o Cântico dos Cânticos tem sido assim a base de uma aplicação espiritual, tanto no Antigo como no Novo Testamento.



[1] Para discussão ver H. H. Rowley, The Servant of the Lord and Other Essays on the Old Testament, pp. 187-234. Rowley o considera como uma coleção de canções de namorados. Para uma discussão recente advogando por uma interpretação "natural", ver Meredith Kline. "The Song of Songs". Chrlstianity Today, tomo III, n.° 15, 27 abril, 1959, pp. 22 e ss
[2] Ver Robert Gordis, The Song of the Songs (Nova York: Jewish Theological Serminary, 1954), p. X.
[3] Monólogo - Solilóquio: obra dramática em que fala uma única personagem. Apóstrofe: figura que consiste em interromper o discurso para dirigir-se veementemente a uma ou várias pessoas ou coisas personificadas. (N. da T. Fonte: Enciclopédia Encarta de Microsoft).
[4] No Novo Testamento esta mesma relação se anota em Mt 9.15, Jo 5.39, 2 Co 11.2; Ef 5.23-32; Ap 19.7; 21.2,9; 22.17

Fonte: Samuel J. Schultz - A História de Israel no AT


Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira

LIVRO DE ECLESIASTES - A PESQUISA DA VIDA




Eclesiastes – A pesquisa da vida

A filosofia de seu autor e fascinantes experiências são a base profunda do livro do Eclesiastes. Falando como "Cohelet" ou como "Pregador", estabelece em prosa e em verso suas pesquisas e conclusões.
Embora este livro esteja associado com Salomão, a questão do autor do mesmo continua sendo um enigma. Escreveu Salomão o Eclesiastes, ou o fez o rei israelita anônimo que representou o epítome [1] da sabedoria? [2] Tampouco está estabelecida a data de sua escritura.
Quem quer que fosse seu autor, utiliza passagens clássicas de outros livros do Antigo Testamento [3]. Trata-se de um profundo tratado, que junto com Jó e os Provérbios está classificado como a literatura da sabedoria dos judeus. era lido publicamente na festa dos Tabernáculos, e incluído pelos judeus nos "Megilloth" ou livros utilizados nos dias festivos. A ênfase do autor sobre o gozo da vida, fazia deles uma leitura apropriada na estação anual das diversões [4].
O Eclesiastes representa uma expressão das vicissitudes do homem, suas venturas e seus fracassos. O autor não apresenta uma filosofia sistemática como Aristóteles, Espinoza, Hegel ou Kant, com seu desenvolvimento, senão que faz uma cuidadosa pesquisa e exame sobre a base das observações e experiências, das que obtém conclusões. Como um todo, limita suas pesquisas às coisas feitas "debaixo o sol", uma  frase a qual recorre com freqüência. Outra expressão, "tudo é vaidade" (todo é vapor ou fôlego), que expressa em vinte e cinco ocasiões, dá a avaliação do autor das coisas mundanas que ele considera. Em sua fiel deliberação, se volta para Deus.
Para um analise e para ajuda da leitura do Eclesiastes, considere-se o que se segue:

I. Introdução                                                                                 Ec 1.1-11
     Proposição do tema e propósito                                      Ec 1.1-3
     O contínuo ciclo da vida e os acontecimentos                     Ec 1.4-11
II. Um exame das coisas temporárias                                     Ec 1.12-3.22
     A sabedoria como objetivo da vida                                  Ec 1.12-18
     O prazer como objetivo                                                 Ec 2.1-11
     O paradoxo da sabedoria                                               Ec 2.12-23
     A sabedoria de Deus e o propósito da Criação                   Ec 2.24-3.15
     A responsabilidade do homem para com Deus                   Ec 3.16-22
III. Uma analise da relação econômica do homem               Ec 4.1-7.29
     A vida do oprimido é vã                                                Ec 4.1-16
     Vaidade da religião e das riquezas                                   Ec 5.1-17
     A capacidade para o gozo é dada por Deus                       Ec 5.18-6.12
     A temperança prática em todas as coisas                         Ec 7.1-19
     O homem caído de seu estado original                             Ec 7.20-29
IV. As limitações da sabedoria do homem                              Ec 8.1-12.14
     A analise do homem limitada a esta vida                          Ec 8.1-17
     A vida está feita para o gozo do homem                          Ec 9.1-12
     A sabedoria é prática e benéfica                                     Ec 9.13-10.20
     Conselho para a juventude                                            Ec 11.1-12.7
     Conclusão: o temor de Deus                                          Ec 12.8-14

De forma cética, o autor propõe esta questão: que é o mais valioso como objeto da vida? Como na natureza, assim na vida do homem existe um repetido ciclo sem fim (1.4-11). Neste mundo não existe nada de novo. Com esta introdução, o autor afirma a futilidade de qualquer coisa que exista debaixo do sol.
Explorando os valores da vida, Cohelet busca a sabedoria; mas isto incrementa a tristeza e a dor (1.12-18). Buscando a satisfação em uma vida variada e equilibrada, continua com sua investigação. Como um homem culto, busca misturar o prazer, o riso, o gozo pelos jardins, as mansões, o vinho e a música numa harmoniosa pauta de vida, porém todo é fútil (2.1-11). Num sentido, é paradoxal buscar a sabedoria, já que o homem sábio tenta agir à vista de um futuro que lhe é desconhecido. Por que ao viver como o ignorante, que vive o dia? (2.12-23). Porém Deus tem criado e desenhado todas as coisas para o gozo do homem. No ciclo sem fim da vida, existe um propósito para todas as coisas, que Ele tem feito (2.24-3.15), e em última instância, é responsável ante d. (3.16-22).
Que finalidade tem a situação econômica do homem na vida? Quem goza mais da vida —o que cumpre com as responsabilidades que lhe foram indicadas, como um servo ordinário (4.1-3), ou o industrioso, agressivo indivíduo que procura somente ganhar riquezas e popularidade (4.4-16)? O praticar a religião como uma questão de rotina ou o fazê-lo hipocritamente, não é vantajoso. Os ganhos da vida podem trazer a ruína incluso a um rei, já que tudo está sujeito ao que Deus tem previsto por a natureza (5.1-17). A capacidade de gozar as abundantes provisões de Deus, procede precisamente do próprio Deus (5.18-6.12). o aplicar a sabedoria e a temperança em todas as coisas resulta prudente. Desgraçadamente, nenhuma criatura finita consegue uma pauta equilibrada do viver, embora Deus tenha criado o homem bom no princípio (7.1-29).
Nenhum homem alcança a perfeita sabedoria nesta vida. Não conhecendo o futuro, a analise da vida do homem está definitivamente limitada. Quando a morte o destrói, seja justo ou malvado, não tem remédio nem ajuda (8.1-11). Apesar do fato de que a morte chega a todos por igual e que o universo se mostra indiferente às normas da moral, é, contudo, questão de sabedoria o temer a Deus (8.12-17). O homem não pode compreender a vida —e a morte é inevitável—, mas isto não deveria impedir que goze da vida em toda sua plenitude (9.1-12). A sabedoria, porém, deveria ser aplicada em todas as coisas. Valioso e exemplar é o caso do homem pobre, cuja sabedoria salvou a toda uma cidade (9.13-18). A temperança em todas as coisas deveria regular o gozo do homem pela vida. Uma pequena loucura pode acarretar muita dor e privar de numerosos benefícios (10.1-20).
Certos princípios e práticas devem guardar-se na mente. Partilhar os dons da vida com outrem, inclusive apesar de desconhecermos o futuro (11.1-6). A filosofia epicúrea do viver somente o presente fica assim apresentada. Permitir a juventude gozar da vida até o máximo, e contudo lembrar que no final se encontra Deus (11.7-10). Com uma prudente alegoria da idade madura, a juventude fica advertida de lembrar a seu Criador nos primeiros anos de sua vida.
O deterioro de seus órgãos corporais e faculdades mentais pode anular e torná-lo incapaz de levar a Deus em consideração (17.1-2) [5]. A admoestação final para o homem está expressada nos últimos dois versos. O dever do homem é temer a Deus e guardar seus mandamentos, a base para sua responsabilidade para com Deus (12.8-14).



[1] Epítome: compêndio de uma obra extensa (N. da T. Fonte: Enciclopédia Encarta de Microsoft).
[2] A congruência de Salomão para tal experiência ou pesquisa está baseada em referências tais como 1 Rs 2.9; 3.12; 5.9-13; 10.2; Ec 1.16; 2.7. Parece ficcionalmente autobiográfico.
[3] Comparar Gn 3.19 com Ec 12.7; Dt 4.2 e 12.1 com Ec 4.14; Dt 23.22-25 com Ec 5.3; 1 Sm 15.22 com Ec 4.13; e 1 Rs 8.46 com Ec 7.20.
[4] Ver Robert Gordis. Koheleth - The Man and his World (Nova York: Block Publishing Co., 1955), p.121.
[5] Ibid. pp. 328-339.

Fonte: Samuel J. Schultz - A História de Israel no AT


Pesquisa: Pr. Charles Maciel Vieira


LIVRO DE PROVERBIOS - UMA ANTOLOGIA DE ISRAEL





Os Provérbios – Uma antologia de Israel

O livro dos Provérbios é uma soberba antologia de expressões sábias [1]. Provocativo em estimular o pensamento, um provérbio ressalta uma simples verdade, evidente por si mesma. No uso popular, teve com freqüência uma desfavorável conotação [2]. A literatura dos Provérbios, contudo, representa a sabedoria do sentido comum expressada de uma forma breve e simples. No transcorrer do tempo, um provérbio —mashal em hebraico— não somente se converteu em um instrumento de instrução, senão que ganhou um uso extensivo como tipo de discurso didático.
A coleção de provérbios preservada no livro de tal nome, contém repetidas rubricas de origem em suas diversas partes. Indicativos de suas numerosas divisões neste livro são estes encabeçamentos:

1) Os provérbios de Salomão, Provérbios 1.1
2) Os provérbios de Salomão, 10.1
3) As palavras do sábio, 22.17
4) Provérbios de Salomão copiados pelos homens de Ezequias, 25.1
5) As palavras de Agur, 30.1
6) As palavras do rei Lemuel, 31.1

Uma breve consideração destas anotações deixa aparente que o livro dos Provérbios é, em sua forma presente, um resumo que abrange séculos de tempo transcorrido. Inclusive, ainda que a maior parte desta coleção está associada com Salomão, resulta obvio que se adicionaram certas partes durante ou posteriormente ao tempo de Ezequias (700 a.C.).
A associação da sabedoria com Salomão está bem testemunhada em Reis e Crônicas.
Os relatos históricos deste grande rei o retratam como o compêndio da sabedoria na glória de Israel em seu período mais próspero. Em humilde dependência de Deus, começou seu reinado com uma oração em solicitude da sabedoria. Em seu amor por Deus, sua preocupação por emitir sempre o juízo justo, e a sábia administração de seus problemas domésticos e estrangeiros, Salomão representa a essência da sabedoria prática (1 Rs 3.3-28; 4.29-30; 5.12).
Sobressaindo por cima de todos os homens sábios, ganhou tal fama internacional que governantes estrangeiros —entre a mais notável, a rainha de Sabá— foram para expressar sua admiração e buscar sua sabedoria (2 Cr 9.1-24).
Versátil em seus trabalhos literários, Salomão fez discursos sobre matérias de comum interesse, tais como plantas e a vida animal. Com o crédito de ter composto 3000 provérbios e cinco cantos, as partes do livro dos Provérbios que lhe são atribuídas não são senão uma amostra de suas palavras de sabedoria [3]. A relação entre o livro dos Provérbios e a sabedoria de Amen-en-opete tem restado como problema para ulterior estudo. Já que a fama de Salomão em sabedoria prevaleceu por todo o Crescente Fértil, parece razoável considerar seriamente que a sabedoria egípcia estivesse influenciada pelos israelitas [4]. A dívida de Amen-en-opete aos Provérbios parece mais verossímil, se Griffith está no certo ao datar em aproximadamente o 600 a.C., quando os sábios já tinham sido ativos em Israel por vários anos.
Pode muito bem ser que os Provérbios 1-24 sejam, seguramente, dos tempos salomônicos, e proporcionem uma base para a adição de outros provérbios pelos homens de Ezequias (25-29) [5]. Aqueles homens, provavelmente, editaram a coleção inteira nos capítulos precedentes. A identidade de Agur e Lemuel e a data para a adição dos dois capítulos finais, permanecem desconhecidas ainda em nossos dias.
Uma variedade de formas poéticas e ditados cheios de sabedoria são aparentes nos Provérbios. Os primeiros nove e os dois últimos capítulos são extensos discursos, enquanto que as seções restantes contêm versos curtos, constituindo cada uma, uma unidade.
O paralelismo, tão característico na poesia hebraica, se usa efetivamente nestes provérbios [6]. Em paralelismo "sinônimo", o pensamento é repetido na segunda línea do dístico [7], exemplificado em 20.13:
"Não ames o sono, para que não empobreças;
abre os teus olhos, e te fartarás de pão".
Freqüentemente, a segunda línea será "antitética" [8], expressando um contraste. Note-se o exemplo de 15.1:
"A resposta branda desvia o furor,
mas a palavra dura suscita a ira"
Num paralelismo "sintético" ou "ascendente", a idéia expressada na primeira línea está completada na segunda. Esta progressão do pensamento está competentemente ilustrada em 10.22:
"A bênção do SENHOR é que enriquece;
e não traz consigo dores"
Enquanto muitas partes dos Provérbios estão completas em si mesmas, o livro como unidade merece uma séria consideração para o leitor principiante. Isto conduz por si à perspectiva seguinte:

I. Introdução                                                                                 Pv 1.1-7
II. Contraste e comparação da sabedoria e da insensatez Pv 1.8-9.18
     a. O anelo da sabedoria                                                Pv 1.8-2.22
        Ela guarda de más companhias                                    Pv 1.8-19
        É desprezada pelos ignorantes                                     Pv 1.20-23
        Libera do mal a homens e mulheres                             Pv 2.1-22
     b. A bênção prática da sabedoria                                    2.1-35
        Deus faz prosperar o sábio                                         Pv 3.1-18
        Deus protege o sábio                                                 Pv 3.19-26
        Deus abençoa o sábio                                                Pv 3.27-35
     c. Os benefícios da sabedoria na experiência                     Pv 4.1-27
     d. As advertências contra os caminhos da insensatez          Pv 5.1-7.27
        Evitar a mulher estranha                                            Pv 5.1-23
        Evitar tratos e negócios desatinados                             Pv 6.1-5
        Os perigos da preguiça e do engano                             Pv 6.6-19
        O desatino do adultério                                              Pv 6.20-7.27
     e. A personificação da sabedoria                                     Pv 8.1-9.18
        A sabedoria tem grandes riquezas                                Pv 8.1.31
        Bênçãos asseguradas ao possuidor da Sabedoria            Pv 8.33-36
        O convite ao banquete da sabedoria                             Pv 9.1-12
        O convite da insensatez                                              Pv 9.13-18
III. Máximas éticas                                                                      Pv 10.1-22.16
     a. Contraste do reto e o incorreto na prática                     Pv 10.1-15.33
     b. Admoestação para temer e obedecer a Deus                 Pv 16.1-22.16
IV. As palavras do sábio                                                              Pv 22.17-24.34
     a. Os caminhos da sabedoria e da insensatez                    Pv 22.17-24.22
     b. Advertências práticas                                                Pv 24.23-34
V. Coleção dos homens de Ezequias                                         Pv 25.1-29.27
     a. Reis e súbditos temerão a Deus                                  Pv 25.1-28
     b. Advertências e lições morais                                       Pv 26.1-29.27
VI. As palavras de Agur                                                               Pv 30.1-33
VII. As palavras de Lemuel                                                         Pv 31.1-31

O título deste livro em sua maior parte se aplica em forma de curtos aforismos em 10.1-22.16, que estão caracterizados como provérbios. A introdução em 1.1-7, contudo, inclui a inteira coleção em sua declaração de propósitos. Embora projetado como guia para a juventude, tais provérbios oferecem a sabedoria para todos. sua nota predominante é "o temor de Deus", e a sabedoria tem como clave uma reta relação com Deus. o conhecimento pessoal de Deus é o fundamento para um reto viver. Uma reverência para Deus no diário viver é a verdadeira aplicação da sabedoria.
Um conceito de discussão entre a sabedoria e a insensatez é resumido em 1.8-9.18. está disposta na relação entre mestre e aluno ou pai e filho, com o que escuta ao que freqüentemente se dirige como "meu filho". Da escola da experiência procedem palavras de instrução à juventude,que se adentra nos misteriosos e desconhecidos caminhos da vida.
A sabedoria está personificada. E fala com uma lógica irrefutável. Discute com a juventude para considerar todas as vantagens que oferece a sabedoria, e adverte a gente jovem contra as sendas da estultícia, ressaltando realisticamente os perigos dos crimes sexuais, más companhias e outras más tentações. Numa chamada final, a sabedoria se estende e convida à mesa de um banquete. A ignorância conduz à ruína e à morte; porém os que se decidem pela sabedoria têm assegurado o favor de Deus.
Os provérbios de Salomão preservados em 10.1-22.16 consistem em 375 versos, cada um dos quais normalmente constitui um dístico. A imensa maioria são antitéticos, enquanto que alguns são comparações ou declarações complementares. Vários aspectos da pauta da conduta do sábio e do ignorante situam-se em primeiro plano. A riqueza, a integridade, a observância da lei, o discurso, a honestidade, a arrogância, o castigo, as recompensas, a política, o suborno, a sociedade, a família e a vida nela, a reputação, o caráter; quase todas as frases da vida estão situadas em sua adequada perspectiva.
As palavras da sabedoria em 22.17-24.34 contêm aforismos instrutivos, a maior partes dos quais são maiores que os dísticos da seção precedente. Os perigos da opressão, a etiqueta na mesa real, a insensatez de ensinar aos tolos, o temor de Deus, as mulheres, as bebedeiras e os benefícios da sabedoria recebem consideração neste discurso entre mestre e discípulo.
Os provérbios coletados pelos homens de Ezequias estão agrupados juntos em 25-29. provavelmente a derrota de Senaqueribe e o reavivamento religioso nos dias de Ezequias estimularam o interesse neste propósito literário [9]. Não resulta ilógico supor que Isaias e Miquéias estivessem entre esse grupo de homens. Estes provérbios proporcionam conselho para os reis e súbditos, com especial atenção à pauta de conduta dos estultos. Nas oportunidades que oferece a vida, o estulto exibe sua estultícia, enquanto que o homem sábio demonstra as formas da sabedoria.
Os dois últimos capítulos são unidades independentes. Agur, um autor desconhecido, fala das limitações do homem e da necessidade de condução por parte de Deus, por Sua Palavra.
Como coisa característica das antigas formas de literatura, propõe questões retóricas, falando nelas de diversos problemas da vida, concluindo com conselhos práticos.
O capítulo final abre com as instruções de Lemuel, o correspondente aos reis. Num acróstico alfabético, louva a inteligente e industriosa ama de casa —a mãe consagrada a seu lar e a seus filhos é digna do maior louvor.



[1] Um total de 915 provérbios. Ver Julius H. Greenstone, Proverbs (Filadelfia: Jewish Publication Society of America, 1950), p. XII.
[2] Ver Nm 21.27; 1 Sm 10.12; Is 14.4; Jr 24.9; Jó 17.6, etc.
[3] Os 374 provérbios em Pv 10.1-22.16 podem representar somente uma coletânea feita nos dias de Salomão.
[4] Ver R. O. Kevin, The Wisdoin of Amenemopt and its Possible Dependence upon Hebrew Book of Proverbs (Filadelfia, 1931). Amen-en-opete está datado durante o período 1000-600 a.C. Para ulterior estudo, ver Pritchard Ancient Near Eastern Texts, pp. 421-424 e D. Winton Thomas, Documenls from Old Testament Times, pp. 172-186.
[5] Ver E. J. Young, op. cit., pp. 301-302.
[6] Ibid., pp. 281-286.
[7] Dístico: trata-se de uma composição poética ou estrofe de dois versos que expressam um conceito cabal. Resulta sinônimo de "pareado", ainda que este último termo seja mais utilizado em poesia moderna, enquanto que se utiliza o termo "dístico" em versificação antiga. (N. da T. Fonte: Enciclopédia Encarta de Microsoft).
[8] Antitético,a: que denota antítese. Antítese: figura poética que consiste em contrapor duas palavras ou frases de significação contrária, por exemplo: "os livros estão sem doutor e o doutor sem livros". (N. da T. Fonte: Enciclopédia Encarta de Microsoft).
[9] Greenstone, op. cít., p. 262.


Fonte: Samuel J. Schultz - A História de Israel no AT


Pesquisa: Pr.Charles Maciel Vieira