sábado, 28 de fevereiro de 2015

HISTÓRIA DA IGREJA - PRIMEIRO SÉCULO DA ERA CRISTÃ

Primeiro século da Era cristã



A história da Igreja de Deus tem sido sempre, desde a era apostólica até o presente, a história da graça divina no meio dos erros dos homens. Muitas vezes se tem dito isso, e qualquer pessoa que examine essa história com atenção não pode deixar de se convencer que assim é.

Lendo as Epístolas do Novo Testamento vemos que mesmo nos tempos apostólicos o erro se manifestou, e que a inimizade, as contendas, as iras, as brigas e as discór­dias, com outros males, tinham apagado o amor no coração de muitos crentes verdadeiros.
Deixaram as suas primeiras obras e o seu primeiro amor e alguns que tinham principiado pelo espírito, pro­curavam depois ser aperfeiçoados pela carne.

Mas havia muito mais do que isso. Não somente exis­tiam alguns verdadeiros crentes em cujas vidas se viam muitas irregularidades, e que procuravam, pelas suas pa­lavras, atrair discípulos a si, como também havia outros que não eram de modo algum cristãos, mas que entraram despercebidamente entre os irmãos, semeando ali a discór­dia. Isto descreve o estado de coisas a que se referem os primeiros versículos do capítulo dois de Apocalipse, na carta escrita ao anjo da igreja em Éfeso.


TEMPOS DE PERSEGUIÇÃO
Porém estava para chegar um tempo de perseguição para a Igreja, e isso foi permitido pelo Senhor, na sua gra­ça, a fim de que se pudessem distinguir os fiéis.

Esta perseguição, instigada pelo imperador romano Nero, foi a primeira das dez perseguições gerais que conti­nuaram, quase sem interrupção, durante três séculos.

"Por que razão permite Deus que o seu povo amado so­fra assim?"Muitas vezes se tem feito esta pergunta, e a resposta é simples: é porque Ele ama esse povo. Podia ha­ver, e sem dúvida há, outras razões, porém a principal é esta - Ele o ama. "Porque o Senhor corrige o que ama ' e se o coração se desviar, tornar-se-á necessária a disciplina.

Com que facilidade o mal se liga, mesmo ao melhor dos homens! Mas, na fornalha da aflição, a escória separa-se do metal precioso, sendo aquela consumida. Ainda mais, quando suportamos a correção de Deus, Ele nos trata como filhos; e se sofremos com paciência, cada provocação pela qual Ele nos faz passar dará em resultado mais uma bên­ção para a nossa alma. Tal experiência não nos é agradá­vel, nem seria uma provocação se o fosse, porém, à noite de tristeza sucede a manhã de alegria, e dizemos com o salmista Davi: "Foi bom para mim, ter sofrido aflição".


PORQUE E QUE DEUS PERMITE A PERSEGUIÇÃO
Mas Deus permite, algumas vezes, que a malvadez leve o homem muito longe em perseguir os cristãos, a fim de fi­car manifestado o que está no seu coração, e por isso não é de estranhar que na alma do cristão que não tem apreciado esta verdade se levantem dúvidas e dificuldades, e que co­mece a queixar-se de o caminho ser custoso, e da mão do opressor ser pesada sobre ele. 

O Senhor porém não nos deixa na Terra para nós nos queixarmos das dificuldades, nem para recuarmos diante da ira dos homens: temos de servir ao Mestre e resistir ao inimigo, porém é somente quando estamos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder que podemos prestar esse serviço, ou resistir efetivamente a esse inimigo.
Esta história pretende indicar quão dignamente se fez isto nos tempos passados, porém se quisermos compreen­der a maneira como Deus tem tratado o seu povo, sempre nos devemos lembrar de que a milícia cristã é diferente de qualquer outra, e que uma parte da sua resistência é o so­frer.

As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim es­pirituais, e o cristão que se serve de armas carnais mostra sem dúvida que não aprecia o caráter do verdadeiro crente. Não pode ter apreciado com inteligência espiritual o cami­nho do seu Senhor, ou compreendido o sentido das suas palavras: "O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo pelejariam os meus servos".
A igreja militante é uma igreja que sofre, mas se empre­gar as armas carnais, deixa na verdade de combater.

No ousado e santo Estêvão temos um exemplo do ver­dadeiro crente militante. Foi ele o primeiro mártir cristão. E que grande vitória ele ganhou para a causa de Cristo quando morreu pedindo ao Senhor pelos seus perseguido­res! Davi, séculos antes da era cristã, disse: "O justo se ale­grará quando vir a vingança : lavará os seus pés no sangue do ímpio", porém Estêvão, que viveu na época cristã, orou:"Senhor, não lhes imputes este pecado". Isto foi um exemplo da verdadeira milícia cristã.

A primeira onda da perseguição geral que veio sobre a igreja fez-se sentir no ano 64, no reinado do imperador Nero, que tinha governado já com uma certa tolerância du­rante nove anos.
Neste tempo, o assassinato de sua mãe, e a sua indife­rença brutal depois de ter praticado aquele crime tão monstruoso, mostrou claramente a sua natural disposição, e indicou ao povo aquilo que havia de esperar dele. Desgra­çadamente, as tristes apreensões que muitos tinham a seu respeito tornaram-se em negra realidade.

ROMA INCENDIADA
Uma noite no mês de julho, no ano acima citado, os ha­bitantes de Roma foram despertados do sono pelo grito de "Fogo!" Esta terrível palavra fez-se ouvir simultaneamen­te em diversas partes da cidade, e dentro de poucas horas a majestosa capital ficou envolvida em chamas. A grande arena situada entre os montes Palatino e Aventino, onde cabiam 150.000 pessoas, em pouco tempo estava ardendo, assim como a maior parte dos edifícios públicos, os monu­mentos, e casas particulares.

O fogo continuou por espaço de nove dias, e Nero, por cujas ordens se tinha praticado este ato tão monstruoso, presenciou a cena da torre de Mecenas, onde manifestou o prazer que teve em ver a beleza do espetáculo, e, vestido como um ator, acompanhando-se com a música da sua li­ra, cantou o incêndio da antiga Tróia!

O grande ódio que lhe votaram em conseqüência deste ato, envergonhou-o e tornou-o receoso; e com a atividade que lhe deu a sua consciência desassossegada, logo achou o meio de se livrar dessa situação. O rápido desenvolvimento do cristianismo já tinha levantado muitos inimigos contra essa nova doutrina. Muita gente havia em Roma que esta­va interessada na sua supressão - por isso não podia haver nada mais oportuno, e ao mesmo tempo mais simples para Nero, do que lançar a culpa do crime sobre os inofensivos cristãos.

Tácito, um historiador pagão, que não era de modo al­gum favorável ao cristianismo, fala da conduta de Nero da seguinte maneira:
"Nem os seus esforços, nem a sua generosidade para com o povo, nem as suas ofertas aos deuses, podiam pagar a infame acusação que pesava sobre ele de ter ordenado que se lançasse fogo à cidade. Portanto, para pôr termo a este boato, culpou do crime, e infligiu os mais cruéis casti­gos, a uns homens... a quem o vulgo chamava cristãos", e acrescenta: "quem lhes deu esse nome foi Cristo, a quem Pôncio Pilatos, procurador do imperador Tibério, deu a morte durante o reinado deste.

"Esta superstição perniciosa, assim reprimida por al­gum tempo, rebentou de novo, e espalhou-se não só pela Judéia, onde o mal começara, mas também por Roma, para onde tudo quanto é mau na terra se encaminha e é praticado. Alguns que confessaram pertencer a essa seita foram os primeiros a ser presos; e em seguida, por informa­ções destes prenderam mais uma grande multidão de pes­soas, culpando-as, não tanto do crime de terem queimado Roma, mas de odiarem o gênero humano".
É quase escusado dizer que os cristãos não nutriam ó-dio algum pela humanidade, mas sim pela terrível idola­tria que prevalecia em todo o Império Romano; e só por este motivo eram considerados como inimigos da raça hu­mana.

CRUÉIS TORMENTOS DOS CRENTES
Não se sabe quantos sofreram por essa ocasião, mas de certo foram muitos, e eram-lhes aplicadas todas as tortu­ras que um espírito engenhoso e cruel podia imaginar, para satisfazer os depravados gostos do imperador.

"Alguns foram vestidos com peles de animais ferozes, e perseguidos pelos cães até serem mortos, outros foram cru­cificados; outros envolvidos em panos alcatroados, e de­pois incendiados ao pôr do sol, para que pudessem servir de luzes para iluminar a cidade durante a noite. Nero ce­dia os seus próprios jardins para essas execuções e apresen­tava, ao mesmo tempo, alguns jogos de circo, presenciando toda a cena vestido de carreiro, indo umas vezes a pé no meio da multidão, outras vendo o espetáculo do seu car­ro". Hegesipo, um escritor do II século, faz algumas refe­rências interessantes sobre o apóstolo Tiago, que acabou a sua carreira durante esse período, e fornece um detalhado relatório do seu martírio, que podemos inserir aqui.

"Consta que o apóstolo tinha o nome de Oblias, que significava justiça e proteção, devido à sua grande piedade e dedicação pelo povo. Também se refere aos seus costu­mes austeros, que sem dúvida contribuíram para aumen­tar a sua fama entre o povo. Ele não bebia bebidas alcoóli­cas de qualidade alguma, nem tampouco comia carne. Só ele teve licença de entrar no santuário. Nunca vestiu roupa escolhendo ele aquela posição por se achar indigno de so­frer na mesma posição em que sofreu o seu Senhor. Paulo que sofreu no mesmo dia foi poupado a uma morte tão do­lorosa e lenta, sendo degolado. "A estes santos apóstolos", acrescenta Clemente, "se ajuntaram muitos outros, que tendo da mesma maneira sofrido vários martírios e tormentos, motivados pela inveja dos outros, nos deixaram um glorioso exemplo.

"Pelos mesmos motivos, foram perseguidos, tanto mu­lheres como homens, e tendo sofrido castigos terríveis e cruéis, concluíram a carreira da sua fé com firmeza."

MORTE DE NERO
O miserável Nero morreu às suas próprias mãos, no ano 63, cheio de remorsos e de medo; depois da sua morte a igreja teve descanso por espaço de trinta anos. Contudo durante esse tempo Domiciano (que podia quase levar a palma a Nero, quanto à intolerância e crueldade) subiu ao trono; e depois de quatorze anos do seu reinado, rebentou a perseguição geral.

Tendo chegado aos ouvidos do imperador que alguém, descendente de Davi, e de quem se tinha dito: "Com vara de ferro regerá todas as nações", vivia na Judéia, fez com que se procedesse a investigação, e dois netos de Judas, o irmão do Senhor Jesus, foram presos e conduzidos à sua presença.

Quando ele, porém, olhou para as suas mãos, calosas e ásperas pelo trabalho, e viu que eram uns homens pobres, que esperavam por um reino celeste, e nada queriam saber do reino terrestre, despediu-os com desprezo. Diz-se que eles foram corajosos e fiéis em testemunhar a verdade pe­rante o imperador, e que, quando voltaram para sua terra natal, foram recebidos com amizade e honras pelos irmãos.

PERSEGUIÇÃO A JOÃO
Pouco se sabe a respeito desta perseguição; mas esse pouco é sem dúvida interessante. E entre os muitos márti­res que sofreram, encontra-se João, o discípulo amado de Jesus, e Timóteo, a quem Paulo escreveu com tão afeiçoa-da solicitude. Diz a tradição que o primeiro foi lançado, por ordem do tirano, numa caldeira de azeite fervente mas, por um milagre, saiu de lá ileso. Incapaz de o ferir no corpo, o imperador desterrou-o para a ilha de Patmos, onde foi obrigado a trabalhar nas minas. Foi ali que ele es­creveu o livro de Apocalipse, e teria sem dúvida terminado ali mesmo a sua vida, se não fosse a inesperada morte do imperador, assassinado pelo próprio administrador da sua casa, no dia 18 de Setembro de 96 d.C. Sendo então o após­tolo João posto em liberdade, voltou para Éfeso, onde es­creveu a sua história do Evangelho e as três epístolas que têm o seu nome.

Parece que ali, como sempre, foi levado em toda a sua vida pelo amor, e quando morreu, na avançada idade de cem anos, deixou, como legado duradouro, este simples preceito: "Filhinhos, amai-vos uns aos outros". Frase sim­ples esta, e pronunciada há muitos anos, mas qual de nós tem verdadeiramente aprendido o seu sentido?

ASSASSINATO DE TIMÓTEO
Timóteo sustentou virilmente a verdade, na mesma ci­dade, até o ano 97, em que foi morto pela turba numa festa idolatra. Muitos homens do povo, mascarados e armados de paus, dirigiam-se para os seus templos para oferecer sa­crifícios aos deuses, quando este servo do Senhor os encon­trou. Com o coração cheio de amor, encaminhou-se para eles, e lembrando-se talvez do exemplo de Paulo, que pou­cos anos antes tinha pregado aos idolatras de Atenas, fa­lou-lhes também do Deus vivo e verdadeiro. Mas eles não fizeram caso do seu conselho, zangaram-se por serem re­provados e, caindo sobre ele com paus, bateram-lhe tão desapiedadamente, que expirou poucos dias depois.

E agora, lançando a vista por um momento para os tempos passados, encontram-se, de certo, na história destas primitivas perseguições, muitos exemplos para dar ânimo e coragem aos nossos corações. Em vista de tais sofrimen­tos, não se pode deixar de admirar o ânimo dos santos, e agradecer a Deus a graça pela qual eles puderam suportar tanto com tão sofredora paciência.

Nem a cruz, nem a espada nem os animais ferozes, nem a tortura, puderam prevalecer contra aqueles fiéis discípu­los de Jesus Cristo. Quem os poderia separar do seu amor? Seria a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fo­me, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Não! Em todas essas coisas eles foram mais do que vencedores por meio daquele que os amou. Não lhes dissera o Senhor que de­viam esperar tudo isso? Não tinha Ele dito aos seus discí­pulos, quando ainda estava entre eles: "No mundo ter eis aflições"? e não era bastante compensação para os seus so­frimentos, que duraram poucos anos, a brilhante esperan­ça da glória eterna que Ele lhes tinha dado?

Depois de mais alguns anos, tanto perseguidores como perseguidos teriam deixado este mundo, e passado para a eternidade; então - que grande mudança! Para os primei­ros, a escuridão das trevas para sempre; para os últimos, aquele "peso eterno de glória muito excelente". Que con­traste!

HERESIAS E DISSENSOES
Estando para terminar este capítulo, devemos notar a impossibilidade que temos em vista, por causa do pequeno espaço de que dispomos, de enumerar todas as heresias e dissensões que têm entristecido e dividido a Igreja de Deus desde o seu princípio; portanto, apenas nos propomos a lançar a vista para os atos que nos apresentem maior inte­resse, tanto pela sua especial astúcia, como pela sua gran­de influência.

O gnosticismo era um desses males, e foi talvez a pri­meira heresia que depois dos tempos dos apóstolos se de­senvolveu mais. Era um amontoado de erros que tinham a sua origem na cabala dos judeus, uma ciência misteriosa dos rabinos, baseada na filosofia de Platão, e no misticis­mo dos orientais. Um judeu chamado Cerinto, mestre de filosofia em Alexandria, introduziu parte do Evangelho nesta massa heterogênea da ciência (falsamente assim chamada) e sob esta nova forma foram enganados muitos crentes verdadeiros, e se originou muita amargura e dissensão.

Mas havia muito tempo que não se ocupavam com esse erro, nem com muitos que se lhe seguiram, e a Palavra de Deus, que é a única que contém as doutrinas inabalá­veis da Igreja, já tinha predito que "os homens maus e en­ganadores irão de mal a pior, enganando e sendo engana­dos" (2 Tm 3.13). Já o apóstolo Paulo tinha aconselhado o seu filho Timóteo a opor-se aos clamores vãos e profanos que só poderiam produzir maior impiedade (2 Tm 2.16); e se tinha referido, em linguagem inspirada pelo Espírito Santo, às "perversas contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade" (1 Tm 6.5): "Mas tu, ó homem de Deus", clamou ele, "foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, lança mão da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas" (1 Tm 4.11, 12).
O amado apóstolo já tinha combatido o bom combate e acabado a sua carreira e guardado a fé, e com a consciência que o esperava pronunciou palavras que deviam servir para animar a Igreja de Deus nos tempos futuros: "Pelo demais a coroa da justiça está-me guardada, a qual o Se­nhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também, a todos os que amarem a sua vinda" (2 Tm 4.7,8).


Fonte:  A Knight - História do Cristianismo
Pesquisa: Pastor Charles Maciel Vieira, Dr.Th.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Papa Francisco diz que fim da obrigação do celibato “está na agenda” da Igreja Católica


Uma das questões mais delicadas nas tradições católicas é a exigência do celibato para os sacerdotes, que precisam abdicar da possibilidade de construir uma família para seguir o ministério.

O papa Francisco, que já admitiu que a exigência do celibato não é um dogma de fé, mas apenas uma tradição da igreja, voltou a falar no tema essa semana.

Durante uma entrevista concedida na quarta-feira, 19 de fevereiro, o papa afirmou que o fim do celibato é um assunto para o qual ele tem dedicado parte de seu tempo.

“Isso está presente na minha agenda”, disse Francisco aos jornalistas. A possibilidade do fim do celibato obrigatório abre inúmeros debates sobre a liturgia católica, pois atualmente os padres ocidentais que se casam tornam-se impedidos de conduzir celebrações religiosas.

De acordo com informações do iG, a punição aos padres que se casam não é aplicada a padres dos países orientais, onde o rito da Igreja Católica permite que o sacerdote continue em sua função caso se case.


Em outras oportunidades, Francisco já havia dito que nutre um “apreço” pelo celibato, porém entende que o tema precisa ser revisto, afinal, para muitas pessoas parte dos casos de pedofilia e homossexualidade dentro da Igreja Católica se deve a isso.

“A Igreja Católica tem padres casados, católicos ​​gregos, católicos coptas e no rito oriental. Não é um debate sobre um dogma, mas sobre uma regra de vida que eu aprecio muito e que é um dom para a Igreja. Por não ser um dogma da fé, a porta sempre está aberta [à discussão]”, afirmou o papa em maio de 2014, durante a viagem de volta à Roma depois de sua visita a Israel.


Ameaça do Estado Islâmico à Igreja Católica leva Itália e Vaticano a reforçarem segurança do papa


A ameaça feita pelo Estado Islâmico à Igreja Católica e à Itália durante a execução dos 21 cristãos coptas egípcios na Líbia já mobilizou as autoridades para se prevenirem contra eventuais ações terroristas.

No vídeo divulgado com a decapitação dos egípcios, o homem que se dirige às câmeras diz estar “ao sul de Roma” para mandar “uma mensagem assinada com sangue à nação da cruz”.

Embora os terroristas tenham se dirigido diretamente aos cristãos coptas, a quem acusam de “perseguirem muçulmanos”, a menção à capital italiana foi entendida como um recado ao Vaticano, um país independente, mas situado em Roma.

O local da execução dos cristãos coptas também foi visto como simbólico pelas autoridades, uma vez que a Líbia está ao sul da Itália, e muitos cidadãos do país atravessam o Mar Mediterrâneo em busca de asilo político no país.

Teme-se que os terroristas usem a mesma estratégia para chegar ao território italiano, e a partir daí, perpetrar ataques contra o país e o Vaticano.

Prevenção
O governo italiano adotou medidas extraordinárias de segurança, e o chefe da Guarda Suíça do Vaticano declarou que as forças da cidade-Estado estão em alerta máximo: “O que aconteceu em Paris com a revista Charlie Hebdo também pode ocorrer no Vaticano, e estamos prontos a intervir para defender Francisco”, disse Christoph Graf em entrevista ao jornal Il Giornale.

O comandante conta com 110 homens, além de outros 150 integrantes da gendarmeria vaticana, para proteger o Papa Francisco. “Pedimos a todos os guardas Suíços de estar mais atentos, observar atentamente o movimento de pessoas”, afirmou Graf, que destacou que essa medida não substitui as informações de inteligência, essenciais para a prevenção de ataques.


“Acho que o Papa não tem medo de nada, você pode ver como ele se move, e como gosta de estar perto das pessoas. E nós temos a difícil tarefa de garantir a sua segurança”, concluiu.

O senador italiano Felice Casson, secretário do Comitê de Segurança do governo italiano, afirmou que aproximadamente 4.800 soldados seriam acrescentados às forças que atuam em locais públicos, como forma de prevenir ataques. “O risco de um ataque realizado por um lobo solitário ou um desequilibrado é concreto”, disse o político, de acordo com informações da agência France Presse.


DAVID MIRANDA - IGREJA DEUS É AMOR - MORRE DAVID MIRANDA FUNDADOR DA IGREJA DEUS É AMOR 21/02/2015 - Aos 79 anos, morre em São Paulo, David Miranda, fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor


Aos 79 anos, morre em São Paulo, David Miranda, fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor

Na noite deste Sábado, morreu em São Paulo, aos 79 anos de idade, o missionário David Martins Miranda, fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor. O pastor David foi vítima de um infarto fulminante.

Em 1962 ele fundou a Igreja Deus é Amor que na atualidade possui mais de 11 mil templos espalhados pelo Brasil, e mais 136 outros em vários outros países.

Em 2004 inaugurou o majestoso templo “Glória de Deus” em São Paulo com capacidade para 60 mil pessoas.

O velório está sendo realizado no templo da Igreja Deus é Amor, na Avenida Estado. O sepultamento ocorrerá as 17 horas deste domingo (22).

Filho do agricultor Roberto Martins de Miranda e da dona de casa Anália Miranda Paraná, David Miranda mudou-se para São Paulo em abril de 1958, ainda jovem, onde se converteu ao pentecostalismo em 6 de Julho 1958 na Igreja Cristã Pentecostal Maravilhas de Jesus, dirigida na época pelo Pr. Leonel Silva.

Até a década de 1960, a grande maioria das igrejas pentecostais eram radicalmente contrárias à política, ao divórcio, à televisão e outras práticas, mas no final desta década muitas desses costumes foram abolidos e práticas modernas começaram a ser aceitas. Não conformado, David Miranda fundou um ministério em 1962, no bairro de Vila Maria, mudando-se posteriormente para a baixada do Glicério. O nome: Igreja Pentecostal Deus é Amor, segundo conta o Missionário em sua autobiografia, foi revelado pelo próprio Deus numa madrugada de oração.

Casou-se em 12 de Junho de 1965, com Ereni Oliveira de Miranda, com quem teve 4 filhos: Pr. David Miranda Filho, Pr. Daniel Miranda, Cantora Débora Miranda de Almeida e Léia Miranda.

Em 1979, David Miranda adquiriu o terreno que hoje abriga a Sede Mundial da IPDA. Em janeiro de 2004 foi inaugurada a nova Sede Mundial, chamado O Templo da Glória de Deus, em uma área de 70 mil metros quadrados, com capacidade total para 140.000 mil pessoas, reconhecido como um dos maiores Templos Evangélico do Mundo.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Egito reage ao assassinato de 21 cristãos e bombardeia instalações do Estado Islâmico na Líbia



O assassinato de 21 cristãos coptas egípcios pelo Estado Islâmico provocou uma reação imediata do governo do Egito e uma ação militar pontual como resposta à violência dos terroristas.

O presidente do país, general Abdel Fatah al-Sisi, declarou luto oficial de sete dias, e convocou o conselho de defesa para retaliar a execução dos cidadãos egípcios. Após a decisão sobre como reagir, a Força Aérea bombardeou áreas controladas pelos aliados do Estado Islâmico na Líbia.

Al-Sisi afirmou que os ataques aéreos foram uma resposta a “assassinos que não demonstram qualquer sinal de humanidade“, segundo informações do Jornal Nacional.

Um comunicado das Forças Armadas disse que os bombardeios foram feitos “contra quartéis, posições, lugares de concentração e treinamento, e armazéns de armas” dos jihadistas leais ao Estado Islâmico no território líbio, e a ação militar cumpriu seus objetivos “com exatidão”.

Ainda segundo o mesmo comunicado, os aviões da Força Aérea egípcia “voltaram sãos e salvos para suas bases” no país, e que o bombardeio foi “uma vingança ao sangue egípcio” derramado pelos terroristas, de acordo com a Folha de S. Paulo.

O bombardeio foi realizado com o consentimento dos militares da Líbia, que também participaram da ação militar. “Novos ataques aéreos serão realizados em coordenação com o Egito”, afirmou um representante do governo oficial do país, que está sediado na cidade de Tobruk, pois perdeu o controle da capital, Trípoli, para o Estado Islâmico.

Repúdio
O governo brasileiro manifestou reprovação à decapitação dos egípcios, mas omitiu em sua nota, a religião dos homens assassinados pelo Estado Islâmico, referindo-se a eles como “trabalhadores” ao invés de cristãos.


A fé professada por eles foi o principal motivo das mortes, com os terroristas frisando que tratava-se de uma mensagem à nação da cruz, uma referência aos bilhões de cristãos no mundo.


“O Brasil manifesta sua indignação diante do brutal assassinato de 21 trabalhadores egípcios, alegadamente em território líbio, por membros do grupo autodenominado Estado Islâmico. A intolerância religiosa e o recurso à violência política merecem o mais veemente repúdio do governo e do povo brasileiro”, disse a nota divulgada pelo governo, de acordo com informações do Uol.


Maior líder muçulmano da Arábia Saudita pede a destruição de todas as igrejas cristãs


O sheik Abdul Aziz bin Abdullah, o grão-mufti da Arábia Saudita, maior líder religioso do país onde Maomé nasceu, declarou que é “necessário destruir todas as igrejas da região.”

Tal comentário do líder muçulmano foi uma resposta ao questionamento de uma delegação do Kuwait, onde um membro do parlamento recentemente também pediu que igrejas cristãs fossem “removidas” do país.

O grão-mufti salientou que o Kuwait era parte da Península Arábica, e por isso seria necessário destruir todas as igrejas cristãs de lá.

“Como acontece com muitos muftis antes dele, o sheik baseou sua fala na famosa tradição, ou hadith, que o profeta do Islã teria declarou em seu leito de morte: ‘Não pode haver duas religiões na Península [árabe]’. Isso que sempre foi interpretado que somente o Islã pode ser praticado na região”, explicou Raymond Ibrahim, especialista em questões islâmicas.

A importância dessa declaração não deve ser subestimada, enfatiza Ibrahim: “O sheik Abdul Aziz bin Abdullah não é um líder muçulmano qualquer que odeia as igrejas. Ele é o grão-mufti da nação que levou o Islã para o mundo. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemás  [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e Emissão de Fatwas.  Quando se trata do que o Islã prega, suas palavras são imensamente importantes “.

No Oriente Médio, os cristãos já estão enfrentando perseguição maior, incluindo a morte, nos  últimos meses. Especialmente nos países onde as facções militares islâmicas têm aproveitado o vácuo de poder criado pelas revoluções da chamada “Primavera árabe”, como Egito, Líbia e Tunísia, Jordânia, Marrocos, Síria e Iêmen.

Os cristãos coptas, por exemplo, que vivem no Egito há milênios estão relatando níveis mais elevados de perseguição de muçulmanos. No Norte de África, os muçulmanos prometeram erradicar o cristianismo em alguns países, como a Nigéria. No Iraque, onde os cristãos tinham algumas vantagens durante o governo de forte Saddam Hussein, populações cristãs inteiras fugiram. O Irã também tem prendido crentes e fechado igrejas mais do que de costume.

Ibrahim escreveu ainda em sua coluna: “Considerando a histeria que aflige o Ocidente sempre que um indivíduo ofende o Islã, por exemplo, uma pastor desconhecido qualquer,  imagine o que aconteceria se um equivalente cristão do grão-mufti, digamos o papa, declarasse que todas as mesquitas da Itália devem ser destruídas, imaginem o frenesi da mídia ocidental. Imediatamente todos os veículos gritariam insistentemente  “intolerância” e “islamofobia”, exigiriam desculpas formais e apelariam para uma reação dos políticos”.

O estudioso acredita que uma onda de perseguição sem precedentes está prestes a ser iniciada na região, que ainda testemunha Israel e Irã viverem ameaçando constantemente fazerem ataques. O resultado disso pode ser um conflito de  proporções globais.

 Traduzido e adaptado de Arabian Business e WND

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Convertido, Maguila fala sobre sua saúde debilitada: “A luta só para quando a gente morre”


O ex pugilista Adilson Rodrigues, o Maguila, 56 anos, falou sobre sua luta contra o Alzheimer e a importância que a fé tem em sua caminhada de vida.

A esposa de Maguila, Irani Pinheiro, resolveu falar sobre o estado de saúde do antigo boxeador após meses de sua internação. “Foi o momento que Deus escolheu, e a gente vai abrir isso para todo o público, e mostrar para o povo brasileiro continuar orando, porque essa força vem de Deus e o impossível é para Ele, não é para nós. E eu tenho certeza que Ele vai fazer o melhor”, disse Irani ao programa Domingo Show, da TV Record.

O apresentador Geraldo Luís fez uma homenagem ao ex atleta durante o programa, classificando como um dos “grandes heróis” do esporte brasileiro.

Além do Alzheimer, Maguila sofre com uma doença apelidada de “demência pugilística”, causada pelos incontáveis socos sofridos durante os combates e treinamentos.

Maguila afirmou que a inspiração para continuar lutando contra a doença vem de sua trajetória no esporte: “A luta só para quando a gente morre. Enquanto eu estiver vivo, eu estou lutando. Quero viver muito. Campeão é campeão, eu não paro de lutar”. Assista aqui.

O Evangelho
Sua esposa destacou que tem, ao lado dele, buscado entender os propósitos de Deus: “Cada um tem que passar por uma coisa nessa terra. Sei que o Maguila foi escolhido por Deus, e venceu. Algum sinal Deus está mostrando pra gente através dessa fase que estamos passando”, disse Irani.

A conversão de Maguila aconteceu em 2004, quando o ex pugilista passou a frequentar a Congregação Cristã no Brasil e lá foi batizado. O contato com o Evangelho veio através da esposa.

Numa entrevista concedida em 2011, o ex atleta contou que tinha uma visão preconceituosa da comunidade evangélica. “A primeira pessoa da família a ir em uma igreja evangélica foi minha esposa, isso há muito tempo. Depois foi meu filho Adilson Jr. Eu até nem gostava muito de crente, achava que eles eram muito arrogantes, muito certinhos e cheio de pose, mas um dia fui à igreja, vi, ouvi, fiquei e me batizei. E estou lá até hoje”, disse ao Jornal Palavra.

Na ocasião, disse que busca a Deus e lê a Bíblia Sagrada, mas tenta se manter longe da embriaguez da religião: “Olha não sou fanático. Não quero servir de exemplo para ninguém. Jesus é quem garante a salvação. Ele é quem deve ser o maior exemplo. Eu sou o mesmo Maguilão”.

Em abril do ano passado, a esposa do ex pugilista fez um apelo público pedindo orações pelo estado de saúde do marido, pois seu estado de saúde estava muito debilitado.


Pesquisadores dizem que Universo não surgiu no Big Bang. Ele sempre existiu


Uma nova linha de pesquisa sobre as origens do Universo reviu a Teoria do Big Bang, amplamente aceita no meio científico, e determinou que o modelo proposto pelo físico Georges-Henri Édouard Lemaître não pode ter existido.

Em resumo, a “hipótese do átomo primordial”, apelidada de Teoria do Big Bang, usa elementos da Teoria da Relatividade, desenvolvida por Albert Einstein, para sugerir que a explosão de um ponto infinitamente denso tenha gerado expansão de matéria e criado o Universo como se conhece hoje.

Agora, pesquisadores da Universidade Benha, do Egito, revisaram a teoria, inserindo correções quânticas na Teoria da Relatividade de Einstein, e chegou à conclusão de que o Universo não começou, mas sempre existiu.

“A singularidade do Big Bang é um problema para a relatividade, porque as leis da física já não fazem sentido pra ela”, disse Ahmed Farag Ali, pesquisador coautor do estudo ao lado de Saurya Das, da Universidade de Lethbridge, no Canadá.

A dupla de cientistas mostrou que esse problema pode ser resolvido se acreditarmos em um novo modelo, no qual o Universo não teve começo – e não terá fim. Nesse ponto, a tese dos pesquisadores se assemelha ao princípio de eternidade apresentado na Bíblia e item descritivo de Deus, aquele que “É, Foi e sempre há de Ser”.

Segundo informações da revista Galileu, os físicos se apressaram em explicar que o estudo não eliminou a singularidade de Big Bang. O trabalho do físico David Bohm – que nos anos 1950 explorou o que acontecia se substituíssemos a trajetória mais curta entre dois pontos numa superfície curva por trajetórias quânticas – foi usado como inspiração.

Ali e Das aplicaram as trajetórias Bohminanas a uma equação que explica a expansão do universo dentro do contexto da relatividade geral, e a partir disso, criaram um novo modelo que contém elementos da teoria quântica e da relatividade geral.

Agora, a dupla espera que essa nova tese se mantenha mesmo quando uma teoria completa da gravitação quântica for formulada. Para Ali e Das, o Universo tem um tamanho limitado, e essa possibilidade abre espaço para a conclusão de que sua idade seja infinita, pois essa linha teórica combina com outras medições de constantes cosmológicas e de densidade.


“É satisfatório saber que essas correções podem resolver tantos problemas de uma vez”, afirmou Das.

O próximo passo dos físicos é analisar perturbações anistrópicas no Universo, levando em consideração a matéria escura e a energia escura. No entanto, eles acreditam que os próximos cálculos não afetarão os resultados atuais, apenas os complementarão.


Câmara desarquiva projeto de Marco Feliciano que obriga ensino do criacionismo nas escolas


Um projeto de lei de autoria do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) que prevê a obrigatoriedade de ensino da doutrina criacionista nas escolas básicas públicas e privadas foi desarquivado no último dia 11 de fevereiro.

A medida só foi possível devido à eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados. O projeto 8099 foi arquivado ao final de 2014, logo após sua apresentação, por não ter sido apreciado em comissões da Casa.

Reeleito com quase 400 mil votos, Feliciano argumenta que os estudantes não podem ser ensinados apenas a partir da perspectiva da Teoria da Evolução, pois é preciso ter “noções de que a vida tem sua origem em Deus, como criador supremo de todo o Universo”.

Apesar do parecer contrário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) sobre o projeto e seu pedido de arquivamento, Feliciano espera concluir a tramitação em comissões da Câmara e sua votação no plenário até o fim de 2018, de acordo com informações das agências de notícias.

“Os argumentos criacionistas são baseados em crenças acerca de uma entidade de fora do mundo natural”, afirmou Helena Nader, presidente da SBPC, em crítica ao projeto do pastor Marco Feliciano.


Ela ainda acrescentou que a ciência só investiga fenômenos da natureza, e que Deus, autor da criação segundo as tradições bíblicas, seria uma entidade de “outro mundo”.

A questão da educação no Brasil é um tema de tensão entre os parlamentares das bancadas evangélica e católica, e os parlamentares de partido de esquerda, como PT, PC do B e PSOL, por exemplo. A área é vista como chave para disseminação de ideais e filosofias que representam os objetivos dos esquerdistas, considerados anticristãos pelos deputados das bancadas religiosas.

Agora em Camarões, Boko Haram incendeia igrejas e decapita dezenas de cristãos


Extremistas do Boko Haram perpetraram um ataque em uma cidade camaronesa em retaliação a uma ofensiva militar da Nigéria em parceria com o Chade, que resultou na morte de 250 militantes do grupo.

A ofensiva do Boko Haram, que expandiu suas ações para além das fronteiras nigerianas, contou com mais de 800 homens, e deixou 90 pessoas mortas e outras 500 feridas, de acordo com informações das agências de notícias.

Os terroristas muçulmanos invadiram a cidade de Fotokol e disparando tiros, e na sequência, incendiou “igrejas, mesquitas e vilarejos”, de acordo com o ministro de Comunicação do Camarões, Issa Tchiroma Bakari.

“Eles mataram jovens que resistiram a se unir a eles para lutar contra as forças camaronesas”, disse o ministro. “Consideramos o Boko Haram um câncer, e se a comunidade internacional não colocar seu foco sobre essa doença, ela vai se espalhar não só pela África Central, mas por outras regiões, por todo o continente”, acrescentou Bakari.

A proporção que o grupo extremista originário da Nigéria está tomando levou autoridades do continente africano a planejar a criação de uma força militar multinacional para combate-lo. A União Africana seria a responsável pela reunião e organização militar.


A força seria formada por 7.500 homens da Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benin, e contaria com apoio operacional, logístico e bélico da França. O presidente do país europeu, François Hollande, inclusive já havia se manifestado favoravelmente à ação.

O Boko Haram pretende erradicar o cristianismo na Nigéria e ocupar o norte do país, formando um califado, espécie de governo que seria regido pela interpretação dos extremistas da Lei Sharia, um código de conduta do islamismo.


Obama declara guerra ao Estado Islâmico e pede autorização para enviar tropas contra os terroristas


O presidente Barack Obama pediu ao Congresso dos Estados Unidos a autorização para uma operação militar contra os terroristas do Estado Islâmico, e se aprovado, o pedido deverá significar o início de uma guerra.

O pedido de Obama aconteceu após a confirmação da morte de uma norte-americana voluntária em ações humanitárias que havia sido sequestrada pelos terroristas. Anteriormente, outros cidadãos do país já haviam morrido pelas mãos do Estado Islâmico.

Segundo Obama, a mobilização militar contra os extremistas tornará “os Estados Unidos mais fortes” na luta contra de derrotar a ideologia terrorista. “Não tenha dúvida de que essa é uma missão difícil e continuará difícil por algum tempo. Mas nossa coalizão está na ofensiva e o Estado Islâmico está na defensiva. O Estado Islâmico vai ser derrotado”, disse o presidente.

Esse é o primeiro pedido de autorização para ir à guerra feito desde que George W. Bush solicitou ao Congresso o aval para invadir o Iraque em 2002, como consequência dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Se a declaração de guerra ao Estado Islâmico feita por Obama for aceita pelos congressistas, a ação militar poderá durar até três anos, e se necessário, poderia ser renovada. A investida contra os extremistas só seria concluída pelo próximo presidente, que assume em 2017.


De acordo com a revista Veja, Barack Obama afirmou aos congressistas que a concessão de mais poderes para combater o Estado Islâmico “mostraria ao mundo que estamos unidos em nossa determinação” para derrotar os jihadistas, que representam “uma ameaça ao povo e à estabilidade do Iraque, Síria e Oriente Médio, e à segurança dos Estados Unidos”.

Por fim, o presidente afirmou que “se não for controlado, o Estado Islâmico representará uma ameaça para além do Oriente Médio, incluindo a pátria americana”, concluiu, fazendo menção aos planos dos terroristas de atacar cristãos em todo o mundo.


Eduardo Cunha retoma projeto que proíbe adoção de crianças por casais gays e recebe elogios


O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu que irá reenviar o projeto de proibição de adoção de crianças por casais homossexuais à pauta da Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara definiu que a discussão sobre o assunto deverá ser feita através de uma Comissão Especial. A proposta conhecida como Estatuto da Família pretende estabelecer legalmente que somente as relações entre homem e mulher e eventuais filhos sejam reconhecidas como família.

De maneira indireta, isso poderia resultar na proibição de adoção de filhos por casais homossexuais. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, Eduardo Cunha comprou a briga com parlamentares do PT e com ativistas gays, e deverá usar todas as cartas políticas à mão para levar adiante o projeto.

Há poucos dias, Cunha já havia causado furor em feministas ao dizer que, durante seu mandato à frente da Câmara, nenhuma proposta de legalização do aborto seria levada à discussão. A postura foi elogiada por diversos líderes cristãos e também pela jornalista Rachel Scheherazade.

A Comissão Especial goza de um artifício legal que faz com que a tramitação do projeto seja mais ágil, pois a votação definitiva da proposta será feita entre os parlamentares que integrarem o colegiado.

Os integrantes da bancada evangélica já se mobilizam para que apenas parlamentares favoráveis ao projeto sejam nomeados para os cargos chave dessa Comissão Especial.

Estatuto do Nascituro
Apelidado de “bolsa-estupro” por oposicionistas, o projeto do Estatuto do Nascituro prevê auxílio para as mulheres que tenham engravidado em consequência de um abuso sexual. A ideia do projeto é oferecer uma alternativa ao aborto, que nesses casos, é permitido por lei.

O texto do projeto diz que é dever do Estado garantir “todos os direitos do nascituro, em especial o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento e à integridade física e os demais direitos da personalidade”.

Apoiado pelos parlamentares das bancadas evangélica e católica, o projeto havia tido sua tramitação dificultada por apoiadores do aborto, mas agora deverá voltar à discussão pelas mãos do presidente da Câmara.

Elogios
Eduardo Cunha vem sendo elogiado por lideranças cristãs por assumir uma postura franca e objetiva sobre temas polêmicos.

O blogueiro Danilo Fernandes, editor do Genizah, publicou um artigo com observações sobre as primeiras ações do parlamentar à frente da Câmara, e disse que “basta um político cristão em posição de poder para iniciar o combate à iniquidade”.


Fernandes listou as ações de Cunha neste começo de mandato e ponderou sobre questões políticas relevantes que serão alteradas de agora em diante: “Em pouco tempo, o nobre deputado já logrou […] colocar a Dilma e o PT de joelhos, lembrando-lhes que, em um estado democrático de direito, os poderes são independentes e o Legislativo não é lacaio do Executivo; Rasgou um dos principais instrumentos de chantagem e coerção  de parlamentares  – o processo de liberação de emendas ao orçamento -; Está colocando pressão forte na realização da tão necessária reforma política; Anunciou que não deixará passar qualquer tentativa de legalização do aborto; Jogou pá de cal no projeto criminalizando a homofobia (a falsa homofobia); Abriu a CPI do Petrolão; e informou que retoma o projeto de lei que impede casais gays de adotarem crianças”.

Por fim, Fernandes observou que Cunha contará com o apoio dos cristãos que se propõem a protagonizar na sociedade: “Até aqui o tem ajudado o Senhor. Até aqui contará com as orações e o apoio dos crentes verdadeiros que defendem a vida, a família e não fazem pacto com a mentira e a corrupção”.


Martinho Lutero vira boneco e brinquedo bate recorde mundial de vendas


Um boneco do teólogo Martinho Lutero, um dos fundadores do protestantismo, se tornou o brinquedo vendido mais rapidamente na história.

A fabricante de brinquedos Playmobil criou um boneco alusivo ao teólogo e todo o estoque foi vendido em 72 horas. O departamento comercial da empresa foi pego de surpresa com o sucesso: “É a venda mais rápida que já tivemos”, disse Anna Ermann, porta-voz da companhia em entrevista à agência estatal “Deutsche Welle”.

A Playmobil fez sucesso no Brasil nos anos 1980, com seus bonequinhos de plástico desmontáveis. A versão de Martinho Lutero traz o teólogo vestido com as roupas da época, carregando uma Bíblia em alemão e uma pena que simula uma espada.

As 34 mil unidades do boneco Lutero foram vendidas e um novo lote foi encomendado, de acordo com informações do jornal O Globo.

O Centro de Turismo de Nuremberg divulgou um comunicado dizendo que o brinquedo serve como um “embaixador miniatura da reforma protestante”.

Estima-se que 95% das unidades tenham sido vendidas na própria Alemanha, e o sucesso imediato já despertou interesse de comerciantes espanhóis, italianos e suecos.

A Playmobil recebeu um pedido de fãs da marca que usaram o Facebook para pedir que o boneco de Lutero ganhe uma miniatura do castelo de Wartburg. No entanto, a empresa descartou a hipótese.

O lançamento do boneco é uma homenagem ao 500º aniversário do lançamento das “95 teses sobre o poder e a eficácia da indulgência”, publicação considerada o pílar da Reforma Protestante, e que gerou sua excomunhão da Igreja Católica em 1521.


Para Astid Mühlmann, diretora do departamento do governo alemão responsável pelas celebrações, os alemães valorizam muito o legado de Lutero: “A educação pesou. Existe muito interesse em olhar para trás, para nossa História, pais querendo ter certeza que os filhos cresçam sabendo quem ele era e por que teve tanto impacto na maneira como a sociedade europeia evoluiu”, resumiu.

Martinho Lutero, pastor e professor de Teologia, viveu de 1483 a 1546 e tornou-se o grande mentor da reforma protestante na Alemanha ao desafiar a autoridade do papa Leão X e traduzir a Bíblia Sagrada do latim. Essa iniciativa inspirou outros países, posteriormente e deu origem às igrejas protestantes, e posteriormente, evangélicas pentecostais.

Japão cria "cidades inteligentes" à prova de terremotos


María Roldán.

Fujisawa (Japão), 12 fev (EFE).- Bancos que se transformam em fornos improvisados, esgotos que escondem banheiros e painéis solares que proporcionam eletricidade durante emergências - assim são as "cidades inteligentes" no Japão, um país sempre alerta perante os desastres naturais.

Os moradores da cidade de Fujisawa, 51 quilômetros ao sul da capital japonesa, veem como o terreno que era um complexo industrial da tecnológica Panasonic torna-se pouco a pouco uma área residencial infestada de casas-protótipo coroadas com painéis solares e ruas transitadas por veículos elétricos.

Entre as fileiras de casas, milimetricamente edificadas segundo a legislação do lugar, várias lonas cobrem o que em breve serão novas residências. Até agora, apenas 25% do projeto urbanístico foi construído, e ali moram unicamente 128 dos três mil inquilinos que o complexo espera abrigar.

Tudo na área está projetado para economizar energia, aproveitar a luz solar e deixar fluir a agradável brisa característica das dunas Shonan, que oferecem uma privilegiada vista do icônico monte Fuji quando o tempo ajuda.

Em 1961, a Panasonic, com sede em Osaka (centro do Japão), estabeleceu ali sua primeira fábrica no leste do país asiático. Quando em 2007 decidiu considerar um novo uso para o terreno, fez isso pensando em "contribuir para sociedade".

Assim surgiu a "Fujisawa Sustainable Smart Town (SST)", tomando como base os conceitos de uma "cidade inteligente", sem esquecer as particularidades do Japão, que está situado sobre o chamado Anel de Fogo, uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo que sacode o país asiático com relativa frequência.

Os dois modelos residenciais disponíveis são construídos com "materiais resistentes a terremotos" e vêm "totalmente equipados" para consumir menos, o que encarece seu preço "entre 10% e 20% com relação às casas convencionais", explicou Hiroyuki Morita, chefe da divisão Business Solution da Panasonic.

Seu preço vai desde os 50 milhões de ienes (US$ 422 mil) da casa básica até os 110 milhões de ienes (US$ 928,5 mil) que custa para adquirir um modelo maior pensado para dar cobertura a várias gerações.

Entre seu potencial poupador, destacam-se os painéis solares do telhado e as células complementares que geram eletricidade para poder usar luz e água quente.

Esta combinação permite que as famílias "não tenham que pagar para uma companhia elétrica, porque eles mesmos a produzem".

De fato, se gerada em excedente, "podem vendê-la para ganhar dinheiro", esclareceu a porta-voz da corporação Yayoi Watanabe, enquanto mostra os geradores situados na parte traseira de uma das casas.

As famílias podem ter acesso aos dados sobre o consumo e a produção através de um site próprio e da Smart TV que foram incorporadas às casas, nas quais, entre outras coisas, é possível ver as câmeras de segurança instaladas por todo o complexo.

O equipamento da Fujisawa SST vai além. A cidade está bem equipada para casos de emergência, e inclui elementos funcionais como bancos que se transformam em fornos e painéis solares comunitários que tanto residentes como vizinhos próximos ao lugar podem usar em caso de emergência.

Oficialmente inaugurada em novembro do ano passado, pelas ruas desta "cidade sustentável" japonesa passaram mais de 900 visitantes, enquanto seu crescimento continua.

Trata-se de uma das pelo menos 18 iniciativas de "smart city" que o setor privado impulsiona no Japão, e que se somam aos 14 projetos dependentes do Ministério da Economia japonês, que aplica seus planos nas cidades de Yokohama, Toyota, Keihanna (Kioto) e Kitakyushu (Fukuoka).EFE


Netanyahu pede que judeus europeus imigrem para Israel após ataque na Dinamarca


O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pediu neste domingo aos judeus europeus que imigrem para Israel depois do atentado contra a principal sinagoga de Copenhague, que deixou um morto.



"Novamente um judeu europeu perdeu a vida por ser judeu e este tipo de atentado se repetirá", advertiu Netanyahu.



Ele assegurou que seu país "preparado para acolher uma imigração em massa procedente da Europa".



Um jovem judeu perdeu a vida no início deste domingo no lado de fora da sinagoga de Krystalgade, a mais importante da idade de Copenhague, supostamente vítima do mesmo homem que mais cedo havia atacado um centro cultural onde era realizado um debate sobre Islã e liberdade de expressão, matando outro homem.




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A VERDADE DO CÉU DOS LOUCOS E O TUMOR CEREBRAL TERRENO



Como ando filosofando teologia e falando coisas sérias, resolvi compartilhar algumas pérolas que escrevi no facebook.com

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"A verdade é a essência do Evangelho, a base da construção, do edifício espiritual, então, mesmo alguém desterrado, diz a Bíblia que: "os loucos não errarão o caminho". Se eu chegar na nova Jerusalém e me disserem que eu fui um excelente calvinista ou aminiano na Terra, acharei que errei de Reino ou fui ludibriado por uma extensão de uma interpretação sistematizada ou teológicamente bíblica, mas com um teor humano tipo tumor cerebral, que não pode ser mexido, senão existe o risco de morrer. Então, prefiro hoje deixar que Jesus mexa no meu tumor cerebral, porque para mim, se doer, machucar, se entrar em coma, sei que me levantarei para a vida e a verdade, e chamarei de Palavra de Deus, que tem o poder de santificar e mudar todas as coisas, onde não existe judeu, nem grego, mas Eclésia, Reino, Eternidade com Deus e em Deus". (Pr.Charles Maciel Vieira, Dr.Th.)